Lembranças
E essa confusão toda na minha cabeça? E minhas noites mal dormidas? E as lembranças? O que eu faço com tudo isso? Esquecer… é tão fácil falar.
Cala-te vício!
Oh vício!
Não gostava de guardar nada que lhe trouxesse miseráveis lembranças. Ela odiava abrir caixas do passado e encontrar rosas perfumadas e vagabundas por sinal. Além de espirrar feito doida, sentia náuseas. Só não sabia se era advindo da poeira ou da própria nostalgia abatedora. Costumava por fogo, literalmente em tudo. Até em sua pele. Mas isso não dependia dela... E sim de quem “acendia”. Entre um pesar e outro, lamentava-se sempre da vida, mas não angariava motivos. Então concluía que reclamava por não ter mesmo o que fazer. Costume. Metade mulher. Outra metade: também.
Oh vício! Não tomava café. Mas fumava. Fazia amor pela manhã. Vivia do mesmo se pudesse. Encontrava todos os dias “o homem de sua vida” e morria por cada um ao entardecer. Não sabia o que era alternatividade. Não gostava de pessoas estranhas, descompassadas, complicadas, amedrontadas, apáticas e pseudo-recalcadas. Não! Preferia morte a ter que suportar tais tipos. Mas sempre atraía aos montes as mais diferentes e variadas formas humanas. Todas com fardos bem maiores que o seu. Ajudava, pois, sempre a carregar.
Oh vício! Amava a luxúria. A cultivava nos jardins de sua casa. E não tinha vergonha nenhuma. Pelo contrário, orgulhava-se. As unhas vermelhas feito sangue, prolixa por natureza e com os passos largos. Tinha afobação, a vida não esperava ninguém. Entre os gostos e disparos, via a sua facilidade em ser "várias mulheres", cada uma com algo em destaque. Não se fazia única nunca. A não ser para quem realmente merecesse. Mas logo amanhecia e seus vícios... Bem, seus vícios assim repousavam e cresciam. Eles não tinham nenhuma pressa ao contrário dela, mesmo porque amanhã era outro dia. Dia de começar tudo outra vez.
Oh vício!
Você nunca vai feliz se viver de lembranças, porque o que na verdade importa não é o ontem, nem o amanhã, mas sim o agora.
E quando sinto o seu cheiro, me vem aquelas lembranças de tudo o que vivemos, e não contenho minhas lágrimas! Mas saiba, que quanto mais eu choro mais eu percebo que você não merece um pingo dos meus sentimentos, e que é por causa deles que eu vou te mostrar como sou capaz de te esquecer!
A vida traz lágrimas, sorrisos e lembranças. As lágrimas secam, os sorrisos acabam, mas as lembranças duram para sempre...
Em pensamento rápido que passam por minha cabeça, ficaram só nas lembranças...Assim também são as pessoas que passam por minha vida.
Os pingos de suor que escorreram de nossos corpos quente , são as lembranças da noite calorosa que envolveram desejo e delirios .
O eco da batida eletrônica emergia lembranças, o álcool feria meu orgulho, o meu corpo se rendia e ao mesmo tempo pedia pausa e eu não obedecia.
Uma dose, duas doses, três doses e o pouco tornava-se tudo e o tudo tornava-se pouco.
É possível fazer boas lembranças no lugar das más lembranças; O impossível é fazer com que essas novas lembranças superem o impacto das más, em nós.
Deixe para trás todas as lembranças não tão boas de sua vida. Assim, sobra espaço vazio, para as boas que virão.
"Sei que boas lembranças também podem doer muito no presente pelo simples fato de não existirem mais. Por só restar uma saudade… aquela vontade nostálgica de voltar pro passado e viver tudo de novo. Sei que dói. Mas dói tanto assim ao ponto de valer a pena apagá-las definitivamente da memória ? Apagar a memória não apaga o sentimento."
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