Lembrança
Há momentos em que a saudade é suprida pelas lembranças. Mas, em outros momentos, as lembranças aumentam imensuravelmente a saudade.
E lá estava, sentada na cama em meio a tantas lembranças, sonhos fracassados e medos absurdos. E assim la estava, em meio ao caos, estava sorrindo!
Mãe quero ver teu sorriso ao me
ver partir, pois se eu não voltar
terei ele como lembrança.
Mãe quero teu abraço, porque
estou inseguro.
Mãe hoje preciso do teu carinho,
do teu afago à acalmar minha
ansiedade diante das responsabilidades.
Mãe hoje quero teu beijo à abençoar
meus caminhos e de teu abraço para
não sentir-me sozinho.
Mãe hoje chamei teu nome mesmo
sem saber falar; e lhe pedi o alimento
para minha alma que são tuas canções
de ninar.
Mãe quero teu afeto para no mundo
acreditar.
Mãe sinto teu amor desde que em teu
ventre estava a morar.
Hoje moro em teu colo, para no futuro
no colo te carregar.
Mãe confio em ti desde o primeiro
abraço, desde o primeiro ninar, e
quando eu os olhos fechar quero
contigo sonhar.
Te amo mais que tudo e o tudo é
pouco perto do que posso te amar.
Mamãe minha, minha vida, sou bobo
diante de ti e daqui não quero sair.
Feliz seja minha mamãe
Envelhecer
Antes, os sonhos vinham
Agora nem todos mais vem
As lembranças não partiam
E as saudades a gente tem
Estou vivendo num quelho
A casa está vazia, também
Estou velho!
Luciano Spagnol
Ser criança
Na magia de ser criança
Pouco foi o tempo
Calça curta na lembrança
Saudade ao vento...
(Traz à alma alento!)...
Pés no chão jogando biloca
Banho na chuva, diversão
Finca, guaraná com pipoca
Queimada, nas mãos o pião...
(Eita! Como é bão!)...
O simples da ingenuidade
O complexo da pureza
Faz da infância felicidade
E da recordação certeza...
(Que não volta mais!)...
Tempos nunca demais
Com gostinho de querer
Outros iguais
Acompanha o nosso viver...
(Ser criança nosso primeiro aprender!)...
Chapéu de palha
Debaixo do chapéu de palha
Na aba da saudade, lembrança
Na copa rezas de acerto e falha
Da vida, nunca sem esperança
Este chapéu de palha, roceiro
Que não larga do caipira berço
Sempre riscando o fado roteiro
E na fé aduzindo trilha e terço
Chapéu de palha, cultor matuto
Do caboclo do cerrado, do chão
Do vento árido e do pó enxuto
Que traz o sal e feito ao coração
Tal chapéu de palha, tão original
Que compõe o poetar de emoção
Canta o sertão na sua arte capital
Trajando a alma capiau de tradição
(Chapéu de palha, remate vital!)
Quando a lembrança de algo se transforma em saudade, é que percebemos a verdadeira realidade do fato.
Mais que agrado
Como é bom ter satisfação
Tornar a alegria na lembrança
Lembrar dia a dia a emoção
Emocionar com está aliança
Chorar de prazer e paixão
Estar apaixonado nesta usança
Usar como regra está recordação
Recordar no viver está dança
Dançar no ritmo do coração
Amar e ser amado com confiança
Como é bom ter está adição
Mais que agrado. Bonança.
Retratos
Os retratos respiram
A cada suspiro dado
Do abstrato saíram
Em lembranças neles ornados
Tem cheiro, textura, inspiram
Nostalgia do saudoso passado
Tão breve e que ontem esvaíram
Hoje somente no peito calado
Em tanto silêncio, que construíram
Uma saudade no amor contemplado
Dos que partiram
E tão lembrados
Lá vou eu com a saudade na mão
Sendo levado ao sabor do fado
Respingando as lembranças pelo chão
Triste tormento este suspiro calado
Saudade em silêncio
Hoje é celebração em lembrança
Da tua ausência, forte presença
Que no peito floresce em dor,
Lança atravessada no meu amor, sentença
De tua falta, do teu total silêncio
Que na saudade se lamenta
Mãe não morre, ausenta!
Tire do bau todas as lembrancas..todas as fantasias...lembre..
relembre..invente..crie novas brincadeiras..faca sua crianca interior pular para fora deste peito,deste esconderijo e venha ser feliz porque a vida e feita apenas de breves momentos felizes que criativa e intencionalmente inventamos! Nisto reside a verdadeira FELICIDADE...
Volte a ser criança
não ligue se o tempo passar
guarde suas lembranças
e tente outra dança
sem medo de errar