Lembrança
Corpo violado.
Na mente a lembrança de alguém
Que nunca, mas viria.
No coração um amor
Que só a ele pertencia.
Mas mesmo assim;
Tinha que permitir
A violência em seu ser
Foi à forma encontrada.
Deixar de viver.
Amar sorriso.
Trocou o sussurrar da voz de seu amado.
Pelas palavras frias de quem tanto lhe fez sofrer
Corpo violentado.
Sua voz queria dizer
O que a mente e o coração queria
Mas não podia
Este foi o destimo escolhido
Trocou o braço e o amor de sua vida
Pelos seus.
Mas este mau ainda não acabou.
Um dia quando perceber
Ela não terá vida para viver.
Amor para amar.
E nem o homem que tanto quis
Porque ela preferiu o matar
Do que lutar
Como sempre disse que faria.
Corpo violado, morto, sem amor e só dor.
Hoje eu entendi que o que eu preciso esquecer não é você, o que eu preciso esquecer são as lembranças que você deixou.
Não adianta você apagar todas as fotos ou bloquear em todas as redes sociais. Lembranças não se apagam, deixam de ser sentidas com o tempo.
Saudade
Saudade é quando eu saio de você e te esqueço aqui dentro.
Saudade é quando a lembrança fica com a cópia da chave do melhor momento.
Saudade é quando a alma continua dentro da gente, mesmo que o corpo tenha ido embora.
Saudade é quando o meu aqui vive aí, mas daqui mesmo.
Saudade é quando longe de você te sinto dentro de mim.
Saudade é o mesmo instante só que distante.
Saudade é quando sou o que um dia fomos.
Saudade é quando a alma gostaria de ser abraçada por aquele momento de novo e sente frio.
Saudade é quando o coração esquece que o amor acabou.
Saudade é quando o fim ficou pela metade.
Saudade é a memória amando.
Saudade é um sentimento que vive em cima da hora.
Saudade é a sobra da sua falta.
Saudade é odiar esquecer o que eu amo lembrar.
Saudade é quando o amor sente falta de ser de novo.
Saudade rasga a presença e na nudez da ausência costura a falta de voyeur.
Saudade é quando você olha pro rosto de qualquer outro e lembra dele.
Saudade dói porque vive pra matar o que continua dentro da gente.
Saudade é a parte do corpo que mais dói. Quando a saudade bate, ela me espanca. Estrangula meu coração e soca minha cara - sem dó.
Saudade é quando você quer voltar para o que nunca se foi.
Saudade ensina o que o amor não aprendeu.
Saudade deixa o coração em carne viva.
Saudade é quando o amor é enterrado vivo.
E a pior saudade que existe é da saudade de alguém.
Se as boas lembranças nos faz sorrir em paz, é porque independente do tempo ou distancia, o que foi bom permanece. Nem sempre a vida é como desejamos, mas podemos fazer com que ela tenha mais sentido enquanto podemos tentar.
Tenho tanto medo de perder o que fica na memória - sei que parece descomunal esquecer lembranças, mas elas vão embora com o tempo, ou a gente mesmo faz questão de dar a elas somente a passagem de ida.
Porque os dias passam, as horas voam e a distância aumenta, mas a lembrança que eu tenho do seu olhar pra mim, nunca será apagada.
Como é bom ter boas lembranças de momentos passados, até mesmo dos amores que não deram certo. Mas, o melhor de tudo é ver que ainda há pessoas que continuam fazendo parte de nossas vidas.
Olho para o rancho quando a noite cai. É a primeira noite de lua cheia e, para mim, as lembranças sempre virão. Sempre vêm. Prendo a respiração quando a lua começa sua lenta ascensão sobre as montanhas, o brilho leitoso contornando o horizonte. As árvores se tornam prata líquida, e embora eu deseje mergulhar nas memórias agridoces, viro-me para observar o rancho novamente.
Durante muito tempo, espero em vão. A lua continua sua lenta trajetória pelo céu. Uma a uma, as luzes da casa se apagam. Concentro-me ansiosamente na porta da frente, esperando pelo impossível. Sei que ela não vai aparecer, mas não consigo me forçar a ir embora. Inspiro lentamente, na esperança de chamá-la para fora. E quando finalmente, a vejo sair de casa, sinto um formigamento estranho na coluna, algo que nunca tinha experimentado antes. Ela para na escada, e então se vira parecendo olhar na minha direção. Congelo sem motivo, sei que é impossível ela me ver. De onde estou, observo Savannah fechar a porta silenciosamente atrás de si. Ela desce lentamente os degraus e vaga pelo jardim.
Ela para e depois cruza os braços, olhando para trás, para se certificar que ninguém a seguiu. Finalmente, parece relaxar. Então, sinto como se estivesse presenciando um milagre, como, bem devagar, ela ergue o rosto para a lua. Eu a vejo sorver a imagem da lua cheia, inundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos de novo.
Entre palavras e linhas. Poesia.
Entre dia e noite, lembranças.
A todo momento, ausência.
Na cabeça e no corpo, vontade.
De esperança ou espera: o tempo.
Bocas e quadris, encaixe.
Eu e você, saudade.
Eu vou tentar fugir do passado, esquecer todas as lembranças e voltar cada vez mais forte pra recomeçar.