Lembrança
A verdadeira razão de um encontro...
Escolhi o encontro pra encontrar a razão
Preferi a paz como imersão.
A razão é a escolha pra encontrar o caminho com folhas que percorre o olfato e o olhar.
Trazendo lembranças que como as folhas nos banham o ar, perfumando o tempo que voa no vento e nos poe a lembrar...
Lembre-se Sempre de ser feliz !
Respire, Perceba, Aprenda...
O presente que a vida nos dá!
Seres humanos
Os anos vão passando...
Vamos acumulando conhecimentos e experiências
Nas estradas da vida vamos deixando para trás muitas coisas
Nesta longa viagem, as emoções são vivenciadas com vários temas musicais
Que se confundem com cada momento especial que passamos
O passado vem na velocidade da luz trazendo em nossas lembranças fatos, fotografias e músicas que vão acionando em cada momento, tudo que fazem parte do contexto que estão inseridos no roteiro do livro de nossas vidas, guardados no nosso pré-consciente que faz parte do inconsciente, porém se trata daquelas memórias que conseguimos às vezes trazer à tona, são situações, lembranças ou fenômenos que costumamos dar atenção ficando assim registrados em nossa memória
O pensamento gerando emoções e o sentimento que carregamos dentro de nós se manifesta mostrando que apesar de nossos erros e acertos...
Somos seres humanos.
Nós somos quando adultos
O reflexo dos sonhos das crianças
Que deixamos no passado
A felicidade não é o que temos ou o que somos
Mas o que preservamos de forma essencial
Construindo o futuro
Com as lembranças maravilhosas
Do passado.
O "E se..." é um juiz interno, feroz, implacável, direto e que martela a qualquer momento, sem cerimônias, bastando apenas uma referência com ou sem sentido, para surgir nos sentenciando.
Não quero pessoas cuspindo nas minhas cinzas e nem colocando flores, apenas sorrindo com sinceridade pelas boas lembranças que as obriguem a mostrar os dentes em meio a uma ou duas lágrimas raspadas com as mãos.
“A distância, a rotina, a correria do viver podem nos fazer esquecer temporariamente de quem gostamos ou porque gostávamos.
Porém só é preciso a oportunidade de um toque para que novamente este ser volte a povoar nossa mente. A pele não sofre de Alzheimer, ela sempre se lembrará ou de uma carícia ou uma cicatriz.”
O esquecimento é um grande aliado da ingratidão.
O antecessor nunca tem valor pouco importa as melhorias que deixou.
Tudo o que se entende como bom será atribuído a um bem aventurado que chegou.
Mas um dia a memória volta numa dessas voltas que o mundo dá ressuscitando quem por ali um dia passou com uma linda lembrança, dessas que não tem como não sorrir ou chorar.
Então na mesma hora um rastro de imagem e odor punirão a parte que não agiu e ficou.
Saudade: a medida secreta do amor
Teus olhos, agora estrelas,
não brilham menos por estarem distantes.
São vigias do meu sono,
um farol que ilumina a noite longa.
Tua voz é sussurro no vento,
um segredo guardado nas folhas secas,
canta memórias nos cantos esquecidos do dia,
um eco que não se apaga,
uma melodia que insiste em ficar.
A saudade não pede licença,
entra sem bater na porta.
Sons, cheiros, risos:
tudo rompe o silêncio da sala.
É o amor que ficou,
pedaços teus que não souberam partir,
estilhaços da tua presença,
que agora moram na ausência.
Sentir saudade é um pacto,
uma entrega,
o ensaio da presença que já não volta.
Dizer "sinto saudades de você"
é confessar: "eu te amo ainda".
A ausência é cheia demais,
carrega teu cheiro, tua risada,
o peso do que não foi embora.
Saudade é régua,
a medida secreta do amor,
o peso e a prova de tudo o que fomos.
Tesouro que o tempo não apaga,
que a ausência não rouba.
Saudade é o amor que persiste,
um grito surdo que ecoa,
buscando-te em cada esquina do tempo.
Se o amor é âncora,
a saudade é barco à deriva.
Navega sempre em busca do que perdeu.
Nem tanto ao mar,
nem tanto à rocha:
foi no equilíbrio das ondas
que minha saudade ancorou
no porto invisível do meu coração.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
Fantasia
Tudo que lembro de bonito não cabe
dentro de mim, então expando -me
e banho o céu com estrelas.
Márcia A. Prazeres
O ser humano é um animal dito racional e se gaba de sua racionalidade. Através da suposta racionalidade, oprime, maltrata, subjuga,mata e ridiculariza os menos inferiores que eles. Até fazem isso com os semelhantes de sua nova espécie, homo sapiens. Haverá um tempo que seremos uma mera lembrança esquecida nos anais do tempo e do espaço, uma página virada nos livros futuros de história!
“Não sou uma maquina do tempo, mas posso imaginar o futuro através dos sonhos e posso imaginar o passado através das lembranças.”
A memória não é feita de instantes, mas dos afetos que sentimos naquele passado momento.
Lembrança sem afeto é esquecimento
Não pense, escute.
Não pense, olhe.
Não pense, inale.
Não pense, toque.
Não pense, saboreie.
Depois, pense em todas as sensações
que se transformaram em lembranças
Se soubesse antes
que meu ontem hoje ia acabar
transformaria ele em memória
e me lembraria agora o que comi
no café da manhã
no almoço e no jantar
Vou me fingir de morto
para você me notar,
pois o ausente dos retratos
é aquele que é mais lembrado.