Lembrança
LEMBRANÇAS
Já não disputa o assento da janela
Não conta os carros que ultrapassam apressados
Não ouve atento o causo do caipira falante
Não conversa com o senhor atencioso do banco da frente.
Hoje, entra despreocupado demais com o cansaço
Fica em pé para não amassar o terno
(Olhos apenas aos obstáculos da industrialização)
Fecha a janela para não sentir o vento que traz saudades
Aos causos reserva tempo nenhum
Nada conversa com os senhores 'suspeitos'.
Pobre homem! Pobre homem!
Não sabe quão infeliz é seu apático comodismo!
Nem parece aquele menino risonho, que outrora
Acenava, cheio de vida, da janela do ônibus.
As pessoas costumam ligar o cérebro aos mesmos assuntos, às mesmas lembranças, crenças e opiniões, e assim o viciam. O ser humano se auto-sabota, cria limites para ele próprio seguir e acreditar desprendendo-se das possibilidades para que assim possa seguir uma única direção, tornando-o um ser de capacidades limitadas capaz de exercer somente as mesmas pequenas coisas.
Não se prenda a uma única realidade, não estabeleça limites somente para as informações que deseja absorver, não é correto censurar o conhecimento. Seu cérebro é capaz de mais que isso, estamos fazendo uso de apenas uma pequena parte de nossos recursos mentais e, quanto mais nos limitarmos às possibilidades, menos usaremos.
Era tipo um sonho..
tipo uma lembrança boa...
Tipo um sei lá o que.. Mas que eu comecei a gostar.
Era o tipo de coisa que eu sabia exatamente o que fazer, mas nem tinha muita palavra pra falar.
Era tipo uma mistura de tudo, na chuva, no sol.. na cama, no sofá, no banheiro.. nos lugares que chamamos de nosso só por que, era tipo nosso mesmo.
Era o tipo de coisa, que te faz acordar sentindo borboletas no estomago.. e ensiste em continuar por que sempre quis algo tipo assim.
Então vou vivendo.. com essa nossa história acreditando ser tipo unica..
Por que pra mim... é!
Agora.
A vida quase que para,
Presa.
Lembranças de uma mente sem brilho
Brilham, como pontos de luz no escuro
Como estrelas vivas e loucas no céu.
Recordação... Recordação...
Traz à memória boas lembranças,
Daquele nosso tempo adolescente,
Eternas crianças,
Mas que por descuido da vida
Separaram-se,
ainda que a amizade não tenha sido em vão.
Recordação... Recordação...
Que o tempo não volta mais,
Que o tempo, impiedoso,
Deixou para trás,
Que os dias suplicam,
Só por mais um até breve,
Um adeus, momentâneo,
Que talvez nunca aconteça mais.
Recordação... Recordação...
Não sei se é sinônimo de nostalgia
Ou desse sentimento que agora
E mesmo outrora
Assaltou meu coração.
Simplesmente, recordação... recordação...
Me faz perder o juízo,
O sentido,
A razão.
As bonecas... Ensaio para a vida. Queridas lembranças do que ficou para trás. Os banhos a gente dava, as roupinhas mais lindas trocava, comidinha... Pronta para passear... Mágicos momentos que guardados com carinho no coração vão ficar.
Se um dia eu não sonhar com você,
Não sorrir de alguma lembrança deixada,
e nem sequer desejar vê-lo outro vez,
Nesse dia eu terei morrido.
Faça as pessoas que vivem ao seu redor felizes. Faça com que elas tenham apenas lembranças de felicidades ao seu lado. Faça com que sintam sua falta..
Eu tenho uma não velha lembrança...
Era domingo, não muito tarde, começo de crepúsculo.
Não pude evitar e então percebi que amava o seu sorriso, seu jeito, seus olhos, foi tranquilo, foi calmo e foi ali.
Eu não me limitaria e por ironia o tom da sua voz e seus ombros eu queria, me perguntava se então ali eu ficaria e se você permitiria.
Eu diria para vir aqui, sentar aqui, respirar o ar daqui e sentir o que se senti aqui.
Chega mais perto, nada se é concreto.
Eu aceito suas condições, a calçada ainda se encontra no mesmo lugar e lá eu te levaria e o universo conspiraria.
- Ao conto da lagoa e o sapo, que se descreve como bom e inesperado.
Fim de agosto
Últimos minutos. Toda vez é isso: INterrogações.
As lembranças passam correndo na cabeça: filme malfeito, errado, não escolhi assim.
As palavras reverberam feito sol de meio dia botando fogo no corpo inteiro.
Os olhinhos, meu bem, sempre mais claros do que nunca, sempre daquela luz do dia clareando cedo.
Permanecem as dúvidas, os infelizes traumas e mágoas, o medo de escolher o caminho.
Me encho mais ainda de imagens passando pelas retinas, as telas de projeção do coração. Toca "queixa" do lado de fora. Está escuro, de claro só minhas imagens do lado de dentro de mim, onde tem esse corre-corre, essacoisasempausa essas imagens borradas tudotãorápido que eu quase não vejo mais nada direito tudo passa correndodemais e eu nãoentendomaisnada sóconsi gosen tiresentir dói: mas ainda conta.
Sentir o que é velho, sempre, apesar da capa de coisa nova. Sentir é esse meu sentimento antigo, talvez mais velho do que eu – sabe-se lá como, talvez ele tenha nascido antes de mim -, esse sentimento antigo que só faz trocar de pele. De peles. São sempre as mesmas memórias repetidas e esquecidas cronicamente; são os mergulhos em diferentes e iguais poças; é jogar-se na vida como criança que ainda está aprendendo as consequências para suas ações, e repeti-las sempre, apesar da dor e da agonia do erro.
Memórias morrem na nossa retina, nós morremos na retina. Mas ainda conta: o coração continua batendo descompassado e desesperado pelo outro que também se esquece e nos esquece só pelo propósito de acontecer de novo.
Día de los muertos..
Penso no cemitério da vida.
E nas lembranças mais
e mais amareladas.
Homenagens aos idos,
saudades!