Lembrança
Faz tempo
Sei, já faz tanto tempo...
tantos anos, já se foram
lembranças esquecidas
palavras, jamais ditas.
Faz mesmo muito tempo
foram muitos desencontros
palavras ríspidas, infelizes
dores deixadas na alma.
Sei, faz muito tempo...
tantas lágrimas derramadas
suspiros, olhares gélidos
dias sofríveis, eu sei...senti.
Faz mesmo muito tempo
que este amor resiste
ele ainda clama pela vida
vive ele em minha vida.
Sei, já faz tanto tempo
que eu o amo assim
faz mesmo muito tempo
que te tenho em mim.
Eu dou valor aos momentos com quem eu já passei, por que mesmo que as pessoas mudem, as lembranças sempre estarão guardada na minha mente!
De cada pessoa, uma saudade sem igual.
De cada momento uma lembrança que marcou. Em cada beijo um sabor especial.
No gesto simples de ternura,candura;
de um doce amor que ficou.
Em cada colheita bonança.
Em cada adulto um pouco de criança (28.12.17).
Ribeirão das Neves,MG.
Não apague lembranças más da memória uma historia de sucesso só é contada com desafios que foram superados.
tem poema que é só lembrança
tem poema que não me veste mais
perdeu o cheiro, o gosto, o tempo
virou vulto de um amor qualquer
tem poema que não se encaixa mais
perdeu a graça, a vontade de ficar
virou um estranho no meio da multidão
tem poema que não me traduz mais
perdeu a lógica, ficou invisível, se esvaziou
virou pó, se enterrou, mergulhou no coração.
Joguei fora um ano inteiro
de janeiro a lembranças que veio
deixei escorrer pelo ralo as mágoas
as que lembrei e que pude chorá-las
deitei fora minha vida, uma carcaça de espectros
Neste universo insólito e frio
a quem veio a mim sem motivo?
a terna e cruel sentinela, essa me espera acordada
escadas negras acabadas com cinzas
somente o sim e a coragem, vamos a viagem?
Não em alerta, qual a resposta certa se não há opção?
Vamos conhecer o lado de lá, qual será a verdade, aqui já não é
E nada se escuta...
Um vazio, o vazio o delgado fio
Corre o tempo, corre a corda... então vá inocente
E se for que seja breve mas não volte, se voltar que seja forte
limpe os olhos e pague o homem, deixe a honra solvente
atrás não irei, o caminho escolhido é seu, sozinho não vá
mas deixe cá uma duzia de companheiros em festa
leve lá uma orquestra de loucos, cantem alto que parto em breve.
Não sonho mais.
Não sei o que fazer ou aonde ir.
Não tenho aonde ir.
Só tenho lembranças, nada mais.
Não sou escritor, poeta ou qualquer coisa assim.
Não sei o que quero ser.
Apenas existo agora.
Não tenho nada.
Não tenho dinheiro, sonhos, mulher, família, rumo
Não penso em suicídio, na realidade eu o condeno.
Aprecio a vida, mas não a minha.
Não sei o que fazer.
Sou só mais um em meio a 7,6 bilhões.
Única coisa que sinto é saudades de sentir e ter algo relevante.
Fracassado? talvez.
Só sei fingir tudo muito bem.
Passeio do Pensamento
Vai pensamento voa longe e traz
de distantes lembranças, aquelas que à
nós fazem bem.
Traz contigo aquelas voltas dadas sempre
abraçado a alguém.
Não te esqueças dos lugares preferidos,
aquele aonde o amor dormia, e nós sempre
o íamos acordar.
Caminha pelo tempo.
Dá asas à tua imaginação pensamento,
carrega-te do que vivido foi, principalmente
aquilo que muito amamos, e que sempre queremos
lembrar.
Que tragas só coisas boas, as más jogues no
mar.
Em síntese, que junto a ti venha o que de melhor
possas trazer.
Faz a nossa vontade.
Não tragas nada de triste, traz rostos de alegria,
conversas de um apego real, beijos dados com amor.
Deixa de lado esquecida, coisas que fizeram parte
da vida, mas que não nos trazem saudades.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
LEMBRANÇA
A casa era branca como a lã branca. Nos fundos: o cachorro rottweiler, as mangueiras, carambolas, forno a lenha, varais, ruínas do cantinho deleitoso da finada Narda e o chiqueiro. Centro de Mucurici. Os coqueiros-imperiais a chilrear um canto melindroso acompanhados dos sinos de Fátima compunham as auras interioranas.As solidões de pores alaranjados já enterneciam o poeta da família. A casa era branca como a branca neve. Na varanda: verde-mato. Vértices e colunas prestes a desgarrar da construção. Vez em quando, sentíamos a noite. Branco-breu, sem fundos, sem varada, sem mato. Mas havia a cadeira de balanço e nela vovó sentava-se.
Lembranças registradas no coração nunca se apagam, e boas lembranças nos fazem recordar do que um dia vivenciamos.
E nas mais doces lembranças, ao olharmos para nossas conquistas, ficará para sempre a lição, que de fato vale a pena todo o esforço quando realmente estamos dispostos a nos sacrificar por aquilo que verdadeiramente queremos.
Você sabe o porquê da minha intensidade ?. Por que cada um cria uma forma de lembranças, e a intensidade é a minha, o reflexo se esvazia, pois eu perco minha visão igual você perde seu dinheiro. Então me sinta, assim te transbordarei com intenso amor.
A cada minuto um momento, a cada momento uma lembrança, a cada lembrança uma Historia pra contar, e a cada historia um passado vivido!
