Lembrança
o medo aninha-se na memória onde há lembranças implorantes, que reconhecem estar a cair no perdido...
Boas lembranças, quando possíveis, sempre pedem um "flash back". Afinal, ser feliz em exagero, ainda não virou pecado.
Passado aquele...
O tão temido e arruinado passado
Tantas lembranças que tento apagar
Tantos atos que não ouso recordar
Quero apenas me livrar para não me arruinar
Não pensavas que me arrependerias tanto
De algo que fiz sem pensar
E lembrar agora me faz mudar
Quero novos rumos para tomar
Novas histórias para contar
Coisas novas para pensar
E quem sabe um dia essa dor aliviar
A culpa não vai passar
Mas não vou me condenar
Cada ato que fiz vai me melhorar
E me fazer pensar que tudo
Tudo um dia há de mudar
Inclusive as pessoas a me condenar
Aprenderes que todos um dia vão errar
E devem se perdoar por saber
Que a dor ensina a chorar
E que o tempo ensina a amar
A fumaça que amanhã atravessará o pico mais alto da montanha deixará apenas como lembrança o apito do trem.
De nós, muito pouco restou. Alguns flashes de lembranças dispersos nessa névoa densa em meu olhar e, essa saudade insana que tanto teima em me torturar.
Até tentei ficar com outras pessoas. Mas, você não sai do meu pensamento, das minhas lembranças, dos meus rascunhos, das poesias, das músicas, das esquinas, do gosto das bebidas... Da minha vida.
AS MELHORES LEMBRANÇAS
Quero guardar comigo
Suas melhores lembranças
Nossos melhores momentos
Nossa amizade sincera
Nosso amor tão bonito
Até hoje vivido
Pois amor de um amigo
É o amor jamais esquecido
Quero lembrar de você
Com meu carinho
E jamais com rancor
Os nossos momentos vividos
Serão na minha mente
Guardados eternamente
Quero fechar meus olhos
E ver seu rosto alegre e sorrindo
Como se um filme fosse
Um filme de amor
Jamais esquecido
Assim que quero lembrar de você
Um amor de amigo
Mudanças
De um bem querer
Não restou somente
Dor e sofrer.
Ficaram lembranças
Sonhos, encantos
De doces momentos
Mas que, com o tempo,
Sofreram mudanças.
Mexeu com a cabeça
Ajudou com a bagunça
Que já se firmara
Nos dois corações.
O tempo é que firma
Afirma ou confirma
Se tanta emoção
É ou não
Pura ilusão.
QUIMERAS DOLOROSAS (soneto)
Estou solitário no cerrado sem cores
Nas lembranças tristuras guardadas
No peito vis nostalgias desmaiadas
De sortes desfolhadas e sem flores
As tardes de mesmices requentadas
Que a solidão arrefece aos arredores
Enquanto vão esgarçando as dores
Perdidas saudades hão em toadas
Quantos gemidos, quantos valores
Por estarem dolorosas nas ciladas
Largam as quimeras nos bastidores
E nas presunções alheias, estacadas
Que fazem da condição só temores...
Me vou arrastando entre vergastadas!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Em baú se guarda lembranças e não confiança, por tanto; Tirem a fé de seus guardados e deixem apenas fotografias
Vejo o mar em ventos
As rosas no mar
Pingos de lembranças
Caem de mansinho,
Escorrem no ar...
Vem vento e traz teu cheiro
Vem Lua e traz teu olhar.
Olhar que me canta
E me faz sonhar,
Sonhos, poesias...
Versos a rimar !
O destino pode fazer a distância geográfica ser apenas um aperitivo para as lembranças e gargalhadas ao encontro, amigo é irmão, conselheiro, é aquele que rir e chora com suas vitórias e derrotas. Ser amigo é entregar-se e nunca um status.
As peças que vida me pregou em formas de enigmáticas,
Me trazem lembranças que as vezes não quero lembrar
Aflora certas coisas que não quero reviver
Às vezes é melhor cala-se e se recolher para tentar entender...
Compreender muitas vezes o incompreensível
Compreender a vida e seus caminhos tortuosos....
Entre um pingo e outro,
Esculto a chuva caindo,
Em ritmo de melodia,
Me enchem de lembrança...
Pingos que cai! Parece que não tem fim,
Os minutos voam…
Deixa molhar! Essa chuva de Benção,
Que molha meu espirito e minha alma,
purificando toda minha mente.
Porque os meus pensamentos se incham pelo seu nome?
E pelas suas lembranças me levo a afagar?
Porque tem me tornado um peso te amar!
E te levar comigo é o maior dos meus sofrimentos
As minhas lembranças não matam os meus desejos
E aquilo que de ti tenho não me é suficiente
Cada foto de ti me encanto, toda vez um sussurro de espanto
A vontade de te ter em meus braços... em um eterno encontro
Você levou minha paz, minha sobriedade
Levou consigo a estabilidade e a minha comodidade
Arrastou para ti sem perceber tudo aquilo
Que eu trazia comigo antes de te conhecer
E agora nos becos escuros do meu eu
Grito incessantemente pela sua atenção
Estou doente e a única coisa que pode me curar
É o seu amor, minha eterna paixão.
São lembranças do passado
O sono já chegou
O tempo encerrado
De um sonho que já terminou
A obra já acabou
Foram anos vivendo assim
No coração sem ter amor
Agonia sem fim
Aconteceu em um dia qualquer
Sou a trombeta de repente
Foi embora mesmo sem fé
Na alma momento ausente
É preciso sempre se preparar
Ninguém sabe o que vai acontecer
Aprenda ao Divino respeitar
E ao seu semelhante compreender.
O que o vento não levou
Restou más lembranças,
de um passado que não era meu.
E toda vez que eu me deito,
lembro-me dos olhos teu!
E por mais que dói em mim,
ainda desejo o seu bem...
Nada disso teria mesmo acontecido
Se eu não tivesse ido além.
O vento não levou as lágrimas...
que um dia me traumatizaram.
E mesmo a perturbação,
das outras que hoje restaram.