Lei

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PELA ÓTICA DA ÉTICA

Na maioria das vezes, ética é a lei da consciência. É aquele sentimento que nos faz classificar o certo e o errado, sem qualquer influência das leis formais ou escritas. Quem tem ética sabe, por exemplo, que pelas leis formais poderia colher as frutas do quintal vizinho, que estejam em galhos pendentes para o seu quintal. Porém não as colhe, porque apesar das leis, as frutas não são suas. Para ele seria roubo. Legal, mas roubo.
A outra face da ética é a lei do bom senso. Raramente alguém tem. Ela se manifesta, entre outros casos, quando esse mesmo indivíduo que não colhe as frutas do vizinho, mesmo amparado por lei, também não exige que o vizinho corte o galho. Nem o corta ele próprio, e não é por medo, mas porque o galho não o prejudica e não vale a pena estremecer a convivência - ou a não convivência - por um detalhe sem relevância, em nome do mero exercício do direito.
Lei da consciência ou do bom senso, a ética sempre aponta o dedo para o indivíduo que a tem. Cabem a ele os cuidados com o outro, para que a vida em todos os setores da sociedade seja saudável. Nestes tempos em que a ética é artigo de luxo, quem a pratica faz contorcionismo para não se aviltar, pois exige muito esforço e caráter. Ainda assim vale a pena, pelo quanto a virtude o engrandece, apesar das injustiças e do muito que cede aos invasores, maledicentes, folgados e desonestos.
No dia em que não a ética, mas a sua falta for exceção, a justiça é que será regra. Tanto quanto será regra sermos felizes, porque viveremos no tal mundo igualitário, fraterno, bem melhor... Ou sustentável, como temos que nominar por força e lei da mídia, para que os textos e discursos contemporâneos mereçam espaços e acessos.

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Agora tens força
pra me derrubar...
É a vida. É a lei.
Foi de muito me dar,
que te amei dessa forma
com que te armei.

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MINHA NOVA LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Decidi que o que sinto requer o seu eco
e que não me darei ante a mão recolhida,
doravante não peco por sonhar sozinho
nem mergulho no caos ao encontro do nada...
Meu olhar quer espelho nos olhos de alguém,
quero chama por chama como troca justa,
nunca mais vou além do sentido que faça
esperar que um afeto me faça viver...
Decretei que suporto sentir solidão;
jamais foi o meu fim me acomodar comigo
e não perco meu chão porque não sou amado...
A partir da partida que repete a dor
deste amor que renasce como nunca sei,
minha lei é gostar um pouco mais de mim...

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MINHA LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Sei sonhar e saber que só é sonho,
mesmo assim acredito e me dou corda;
quem acorda e não sabe mais voltar
perde a vida por força de viver...
Reconheço a quimera, sempre a tive
como a grande verdade que me segue,
que me vive no espaço do meu tempo
e sustenta o desejo de seguir...
Minha lei é deixar que a vida flua,
ir pra lua, mentir pra ser verdade,
não ter lei, manual de como ser...
Também sei que uma sombra me rodeia,
faz a cama e seu sonho é me acordar
entre os choques reais de sua trama...

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DENTRO DA LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Ao brincar de brincar amenizo esta culpa
de querer sem querer e ferir o consenso,
mastigar o que penso da chama que sinto
se lhe vejo tão perto; ao alcance da pele...
Galanteios zelosos me acodem aos poucos,
fantasias verbais entre tons bem amenos,
pra pescar um sorriso entreaberto em seu lábio;
pelo menos o cheiro da hora impossível...
Linha tênue que marca e vigia o mau gosto;
há um posto em minh´alma que me policia;
filtra gestos, olhares, inconveniências...
A criança que brinca de propor miragem
sabe quando a viagem requer meia volta;
solta o sonho igual pipa; com linha e cabresto...

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IRMÃOS, GRAÇA E LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Tenho a imensa felicidade de ter vários irmãos, e cada um deles com as características plenas de um irmão. Pessoas de quem posso abusar de vez em quando, e que sabem que também podem abusar de mim, de vez em quando. Isso não quer dizer que não abusamos sempre um do outro, e que não há uma confusão ou outra, quando excedemos o de vez em quando. Mas as confusões logo acabam sem que ninguém humilhe ninguém por questões de superioridade, obrigação ou direito. Nada de hierarquia, porque entre irmãos não há hierarquia.
É exatamente nas confusões (que logo acabam) que vejo o grande encanto de ter vários irmãos e saber que entre nós não valem aquelas regras rígidas da sociedade que nos cerca, em nome da legalidade que muitas vezes é cruel, mesmo sendo legalidade. irmãos precisam saber que podem abusar um do outro; podem ser sem vergonha e descarados entre si, alheios à velha história do sob pena de... ou do tal de limite que tudo tem que ter.
Já existe à nossa volta um mundo cheio de pessoas que massacram e cobram virtudes além da realidade; reivindicam direitos e impõem deveres, quase sempre na medida exata de seus egos, conveniências, ambições pessoais e comandos. Uma sociedade que estabelece guetos pela hierarquia por posses, força física ou intelectual, preferências, admirações e simpatias. Se a família, ou mais especificamente os irmãos copiarem a sociedade externa para colar no seu meio, deixará de ser família. Deixarão de ser irmãos.
Irmãos não podem viver na lei... irmãos de sangue têm que viver na graça... ou a relação se torna uma desgraça.

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REVIVÊNCIAS

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Comecei outra vez quantas vezes nem sei,
minha lei sempre foi me replantar pro mundo,
foram muitas as mortes pra saber viver
como ainda pergunto se alcancei meu alvo...
Sou as peças montadas pelo meu caminho,
venho todo refeito, mas não sei pra quê,
cato espinhos cravados por todos os cantos
deste ser e não ser que me deixa sonhar...
Inventei muitas formas de lidar comigo,
quando eu e meu eu nos ferimos de nós
ou perdemos abrigo pra tanta incerteza...
Começar outra vez é a ordem do fim,
onde o nosso verdor apodrece no pé,
mas não é nossa hora de cair do galho...

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DUPLO CIDADÃO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Há muitas coisas que a lei permite, mas a ética não recomenda. Se você já não é um fora-da-lei, meus parabéns... mas tente, ainda, não ser um fora-da-ética.

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PRECONCEITUOSO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Discrimino pessoas que se forjam lei;
a verdade, a matriz e o espelho do mundo,
porque sei que ninguém alcançou esse grau
e ninguém está pronto para ser seguido...
É que sou imperfeito e discrimino gente
que se acha mais gente, seja por que for,
quem se traja de flor numa ilha de farpas;
o mais sábio, maduro, vivido e capaz...
Tenho mais preconceitos do que julgo ter,
mas alguns estão claros até para mim;
sou assim, por exemplo, com sonsos; fingidos...
As pessoas de toda e qualquer natureza,
que separam por classe, feição, etnia;
discrimino soberba e discriminação...

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FORA DA LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Foi um grande gostar sem espera nenhuma;
sem desejos a mais do que podia ter;
um amor gestual, de silêncios passivos
que faziam viver do que jamais vivi...
Era só meu gostar, nenhum laivo do seu,
mas valia o meu sonho de me refletir,
de me ver nesses olhos que nunca me viram
e sentir solidão sem sentir que sentia...
Meu gostar se feriu de se avultar demais,
não caber nos limites de minha vitrine
ou da paz inquieta de minha censura...
Gostei mais do que pude, por isso calei,
pois a lei da verdade que nos formaliza
não gostava do gosto desse meu gostar...

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A LEI DO AMOR AO AMOR DO PRÓXIMO

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Desconsideremos o pecado amoroso em sentimento. Ele não descumpre a lei do ato. A constituição dos feitos terminais. Da mesma forma, desconsideremos esse pecado em pensamento; em fantasias; em confissões meramente gestuais, ao sabermos que só teremos respostas também gestuais. Devidamente veladas e gestuais.
Não nos culpemos pela constatação de nossa humanidade. Do nosso poder de amar e sentir desejo além das grades e permissões sociais. Isso não é fraqueza. É realmente poder. É a constatação da força de nossa existência sobre todos os dogmas sociais, quiçá divinos – para quem crê no divino – ou da natureza em um todo.
A preocupação com o próximo nos recompensa com as confortáveis migalhas remotas. E não precisamos – nem devemos – ter drama de consciência por usufruirmos dessas migalhas que não causarão sofrimentos. O direito ao pecado platônico é a brecha piedosa da lei do amor ao próximo. E do amor pelo amor do próximo.

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PRECONCEITOPATIA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Você pode, sim, ser preconceituoso. Não há lei contra sentimentos, porque sentimento é doença de foro íntimo. O que você não pode é fazer seu sentimento romper as grades do foro íntimo e punir justamente o alvo. Se alguém tiver que sofrer ou ser punido pelo seu preconceito, seja na forma da lei ou na fôrma do silêncio, para não enfrentar a lei, esse alguém é você.

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FORA DA LEI

Demétrio Sena, Magé – RJ.

Você ama com muita hierarquia;
tem que ser do seu jeito; sem saída,
ou a vida se torna sem espaço
para duas versões de ser humano...
Poderia existir o um a um,
nossas vozes formarem um dueto,
termos algo em comum no coração
sem duelo de sonhos e vontades...
mas você nunca cede no placar,
quer ganhar e não pode ser de pouco,
porque sou desafio pro seu ego...
E me ama com tantas estratégias,
ordens régias, verdades formatadas,
que me faz parecer fora da lei...

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VIVENDO CONTRA NÃO VIVER

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Observando a ética e preservando a lei, decidi bem cedo jamais deixar de fazer o que me desse desejo; por mais estranho, incomum ou descabido que fosse. Como apesar de tudo, nunca desejei algo sobre-humano ou que me custasse dinheiro, até hoje cumpri meu propósito. Fiz tudo aquilo que o coração, muitas o impulso me levou a fazer.
É desnecessário dizer que foram muitos os erros cometidos. E não há como ninguém ter se magoado em alguns momentos, às vezes muito, mas nunca deixei de puxar para mim as consequências dos meus atos inconsequentes. Fato é que nunca fui de não fazer o que arbitrei para minha vida ou pelo menos para muitas fases do existir.
Sempre foi latente a minha caça de liberdade. A questão de não permitir buracos no tempo. Não deixar para trás as vontades; os projetos. Não ter sonhos limitados ao sono; à sonolência gerada pela preguiça de ousar. Houve ocasiões em que foi rotina quebrar a cara; muitas vezes ainda quebro, mas não tentar seria quebrar o espírito.
É por isso que trago nas veias, nos olhos, nos traços do meu rosto e até no eventual silêncio, este grito estampado. Esta inquietação contra o deixa estar, a resignação e a obediência. Minha forma íntima de ser evoluiu para não aceitar uma fôrma de ser. Uma imposição externa para o meu comportamento pessoal; particular ou público.
Cresci sem grades. Com limites talvez, porque limites têm a ver com o próximo. Quando existem para preservar o próximo, alguns limites me detêm. Grades, não. Minha formação é livre; democrática; indignada com preconceitos, mordaças e temores. Para mim, é difícil viver nestes tempos reinaugurados em primeiro de janeiro de 2019.

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TRATADOS DE AMOR, CARÁTER, GRAÇA E LEI

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SOBRE CONVERSÃO NÃO RELIGIOSA

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Ninguém se torna uma pessoa melhor quando se converte a uma crença, fé ou religião. Nem é pessoa pior enquanto não se converte. Nossa essência nos segue aonde vamos e o caráter de muitos é que se arquiva por temor do possível Deus, do inferno, e pelo interesse no céu que acende as mais acirradas ambições humanas. Os eventuais e sinceros arrependimentos, dramas de consciência e mudanças de comportamento ocorrem não pela conversão religiosa. Isso mora na índole dessas pessoas que se corrigiriam dentro ou fora de um grupo, mas por questões culturais nos habituamos a vincular um evento ao outro, seguindo as orientações massificadas ao nosso redor, desde o berço.
O arquivo do caráter mediante a fôrma (fôrma, mesmo) da conversão pode ou não ser mantido, a depender do quanto as propagandas dos dois extremos do além continuem convincentes para o indivíduo. Esse temor do possível Deus e do inferno; essa perspectiva ou ambição das ruas de ouro e cristal, dos muros de puro jaspe, as mansões celestiais e a glamorosa aposentadoria espiritual tende a ser bom para a sociedade só enquanto há medo e o suposto convertido cujo mau caráter se arquivou não se julga intimo, "assim com Deus" e, portanto, merecedor da impunidade pela hipocrisia de fazer o contrário do que prega, geralmente visando vantagens pessoais.
Tudo estritamente nos moldes da velha hipocrisia política e social neste plano, gerada pela pressa de conquistar aqui mesmo as vantagens e o poder que, segundo as falácias denominacionais, hão de se perpetuar no tal de céu. Acredito no ser humano e na sua capacidade pessoal, intransferível, de resgatar o melhor de si, quando esse melhor é viável, mediante o despertar da consciência e do amor, sem nenhuma interferência sobrenatural. Esse mérito já é do ser humano que se permite mudar na vida presente. Também acredito no mau caráter que não muda. Só se adéqua e se mascara enquanto, quando e onde lhe convém.

ACIMA DA LEI

Demétrio Sena, Magé - RJ.

O amor é o principio da justiça espontânea; não institucionalizada nem gerida pelo peso da culpa. Quando falha o princípio do amor, exatamente por ele não se forçar, a ética substitui o que deveria ser intuitivo, brotar livre do íntimo, pelo que vem da racionalidade; a consciência e a civilização. Isso é a ética; é o poder de nos incomodarmos com a ideia de sermos injustos, inconvenientes, maus, desonestos, abusivos, deseducados e desiguais para o semelhante.
Pela ótica da ética, nenhum ser humano é inferior ao outro. A nós. Ninguém tem o direito de oprimir, segregar, constranger, ostentar superioridade, julgar, subjugar e suprimir os arbítrios de foro intima. Não se há de admitir uma hierarquia humana entre semelhantes, nem a exacerbação das hierarquias trabalhistas, classistas, religiosas e de outras naturezas sociais.
Da falha do amor e a não incidência da ética, veio a lei como recurso derradeiro de organização social. Ela se vale de ameaças institucionais que deveriam se cumprir, por agentes instituídos via poder público. Em suma, só existe a lei porque a graça, provisão do amor, foi rejeitada e a consciência humana não foi suficiente para suprir o vácuo do amor, pela ética. E o mais assustador é que nem a instituição do medo, pela ideia de aplicação da lei, mostrou eficiência para conter os atos perniciosos da sociedade.
Nem a lei. Nem a tirania. Nem o terrorismo das religiões, pela figura lendária do diabo e as ameaças do inferno. Nada poderá conter o ser humano, porque o diabo é piada para nosso poder destruidor... os efeitos de nossas maldades. O inferno criado para outro plano é sofisma, face ao inferno que já instituímos na terra, com nosso desamor.
O amor está sobre todos os atributos capazes de salvar o mundo. Entretanto, ele nunca obriga. Deixa que a própria natureza humana encontre seu caminho. Serão necessárias muitas outras gerações, à base de muito sofrimento, não por lei, mas por consequências naturais, para que a humanidade, já cansada, reate com o amor e construa o próprio paraíso, que não será em outro plano. Esconde-se aqui mesmo, sob nossos pés enlameados.
Diz o livro de cabeceira dos cristãos, que pelo visto, cujo conteúdo ainda não foi absorvido, que só o espírito santo pode quebrantar e convencer o coração humano. É concebível para mim, pela minha profunda concepção além dos livros e das liturgias, de que o espírito santo é simplesmente a fachada ou o nome fantasia do amor.

SOB A REGÊNCIA DO AMOR

Demétrio Sena, Magé – RJ.

A Bíblia, que não é o meu livro de crença e regra, diz que Deus é amor. Minha visão do possível Deus tem suas reservas, mas do amor, este não. Nenhuma reserva, porque vejo nesta virtude a solução para os grandes problemas da humanidade. O amor extinguiria todos os sentimentos que geram guerra, fome, abandono, medo, raiva, opressão e desigualdade social. Sem todos esses resultados da falta de amor, nenhum país tentaria subjugar o outro; todos os países seriam bem governados, e seus povos, felizes.
Amor gera solidariedade, união, respeito, aceitação e acolhimento. Pessoas governam. E quando pessoas que governam se reconhecem pessoas, seres humanos iguais a todos os outros, a sociedade progride sem tragédias. Amor é sinônimo de sucesso coletivo; crescimento social; pessoa, família e nação bem sucedidas. É também o caminho, a verdade, a vida, e ninguém vai a lugar nenhum se não for por ele, o legítimo salvador da humanidade. Talvez não seja O Criador Direto e Mantenedor de tudo; que ninguém sabe quem foi, senão pelo sentimento intuitivo, inexplicável da fé... mas com certeza, é o legado insubstituível do poder de gerir o mundo, se o mantivermos em nós.
Pela minha ótica; pálida, insuficiente ótica, Deus não é amor; Deus é o amor, no sentido de o amor é Deus... em suma, não me refiro à Pessoa de Deus, mas ao substantivo abstrato que traz em si os atributos do que se convencionou como O Criador. Se na máxima ‘Deus é amor’ um é sujeito e, outro, predicado, eu diria que o amor é o sujeito; Deus, o predicado do amor. Ou se um é substantivo, e adjetivo o outro, afirmo que o Amor, agora também com ‘A’ maiúsculo, é o substantivo próprio. Deus é a qualidade do Amor.

Inserida por demetriosena

⁠VERDUGOLATRIA

Demétrio Sena - Magé

Não é crime o que a lei decidir que não é;
serão santos demônios, após aclamados;
quando a fé diz que foi, terá sido milagre
um alívio volátil das dores de sempre...
O carrasco é bom rei pra quem teme seu jugo,
a nação é perfeita pra quem se acomoda
com a moda servil de louvar um tirano;
exaltar as correntes, mordaças e cangas...
É um vício terrível de certas nações,
aclamar como herói quem lhes dá pão e água
e lhes pune por mágoa que possam nutrir...
Será sempre pecado perceber o mal
do normal de sofrer; de sorrir por chorar;
fanatismo se torna razão de viver...
... ... ...
Respeite autorias. Isso é lei

Inserida por demetriosena

Demétrio Sena - Magé

Dê perdão,
se só-li-dão
solidão.

... ...

Respeite autorias. É lei

Inserida por demetriosena

+Q Química
Assim como na Lei de Lavoisier e das Proporções Constantes, ainda que a vida faça cobranças sentidas injustas, o fato é que ela nunca tira nada que algo não deixe no lugar. Nessa existência, mesmo sem ter mais ou menos que ninguém, mesmo sem ser maior ou menor que ninguém, o rearranjo do agir com o que se tem é a grande transformação que nos torna inigualáveis entre nós mesmos.⁠

Inserida por FranciscoFontes

⁠"pois ele ensinava com verdadeira autoridade, diferentemente dos mestres da lei" Mt 7:29

Para entender a diferença entre o ensino de Jesus e o dos mestres da lei, bem como sua aplicação para o ensino da Palavra de Deus hoje, é importante analisar alguns aspectos fundamentais.

1. A Autoridade Única de Jesus
O teólogo alemão Joachim Jeremias, em sua obra "Teologia do Novo Testamento", destaca que a autoridade de Jesus era única e incomparável:

"Jesus ensinava com uma autoridade que ia além da mera interpretação da Lei. Ele falava como quem tinha o direito de interpretar, cumprir e até mesmo modificar a Lei divina".

Esta autoridade intrínseca contrastava fortemente com a dos escribas e fariseus, que dependiam de citações de outros mestres para validar seus ensinamentos.

2. O Conteúdo e a Forma do Ensino

O biblista Raymond E. Brown, em "An Introduction to the New Testament", observa:

"O ensino de Jesus não era apenas uma exposição da Lei, mas uma proclamação do Reino de Deus. Sua mensagem era nova e transformadora, focada na graça e no amor de Deus, em vez de apenas na observância legal".

Além disso, Jesus utilizava parábolas e exemplos da vida cotidiana, tornando seus ensinamentos acessíveis e relevantes para todos.

3. A Coerência entre Vida e Ensino

O teólogo N.T. Wright enfatiza em "Jesus and the Victory of God":

"A autoridade de Jesus emanava não apenas de suas palavras, mas de sua vida. Ele encarnava perfeitamente os princípios que ensinava, algo que os escribas e fariseus frequentemente falhavam em fazer".

4. Aplicação para o Ensino Atual

O renomado pregador Charles Spurgeon advertiu:

"Devemos ensinar como Cristo ensinou, com autoridade divina, não meramente repetindo opiniões humanas, mas proclamando a verdade de Deus com convicção e poder".

Inserida por dominici01

No Brasil a lei serve quase sempre contra os que não tem ótimos advogados e políticos no bolso.

Até onde a legalidade pode enfrentar conveniências políticas de séculos e mudar situações e resultados.

19/02/2025⁠

Inserida por samuelnunesdeandrade