Ensejo.
O que deseja?
O que dê,
Seja.
Mesmo barco?
Não confunda
Sufrágio com
Naufrágio.
Acordo.
Se parar
De sonhar,
Me acorde.
Selvagem?
Eu sou tão estranho,
E estou tão entranhas,
Bicho do mato sem mato.
Barata?
Escara,
Escarro...
É, meu caro.
Sinto muito.
Vivemos e morremos,
Todo santo dia,
Até nos dias santos.
Roupa íntima.
Como é inocente,
Até a tua malícia,
Tão pura que cura.
Fazendo amor.
Música suave,
Deslizando,
Já sem atrito.
Tonto.
Vinho,
E venho
Vindo.
Aliás...
Som de baixo,
Ambos bem altos,
Sai de baixo...
Ruminante.
Mascando chiclés,
Sem mau hálito mas
Arrotando clichés.
Sofá.
Lugar comum,
Zona de conforto...
Um vivo-morto?
Vice.
Com o vício,
Foi-se o
Viço.
Noite adentro.
Com medo, pergunto:
- Onde vamos chegar?
E vamos, caminhando.
Mal me quer?
Não te entendo,
Mas tendo a te querer,
Até não tendo o que requer.
Estranho.
Nos teus sonhos,
Peguei carona,
Sem direção.
O caso.
E naquela noite
Não era o meu dia,
Era tarde demais.
Vertigem?
Tudo gira, rodopia,
Ciranda de sonhos,
Tornado de ilusões.
Hora de nanar.
Havia música em teu silêncio,
Que deixava murmurar o vento,
Que fazia adormecer o tempo.
Vaticínio?
Ciranda,
Cirandinha,
Vamos todos cirandar...