Reflexões sobre lealdade: textos que mostram seu poder

Vício.

Teu perfume,
Jamais me deixa,
Mesmo que eu fume.

Feliz idade.

Só crianças,
Porque não sabem,
Sabem viver.

Reflexo.

O dia se indo,
Noite se achegando:
Se não há sol, lua.

Satélite.

Pulso acelerado,
Um punhado de versos,
Meu pequeno universo era teu.

Troféu?

Meu Deus!
De todas as medalhas,
Guardei só a de Nossa Senhora.

Guarida.

Nos dias nublados,
Vou bater à sua porta,
Buscando guarda-chuva.

Triste saber que para algumas pessoas, receber um livro de presente virou quase sinônimo de ofensa.

Mudanças dependem de atitudes, não de viradas de ano.

Ladeira abaixo?

Na garupa da bicicleta,
Aos trancos e barrancos,
Gargalhando a cada buraco.

Infância.

Criança escondida no armário,
Embaixo da mesa, atrás da cortina,
Riso frouxo revelando almas,
Jurava mentiras extraterrenas,
Confirmadas pelos coleguinhas,
Misto de vergonha e encanto.

Tão diferentes, tão iguais.

Nunca mais seremos o que fomos, mas seremos outros tantos...

Figuração.

Parecendo um sábio,
Fingia ler livros pesados,
Como se houvesse passado.

Não fumo.

E eu finjo ser quase rico,
Fazendo pose de cigarro,
Pernas cruzadas jurando,
Papel e palha em brasas,
Fumaça fugindo da boca,
Carvão dentro do peito,
Sem saber que se morre,
Que um dia se morre,
Que um dia.

Fogueira.

Dança em volta da chamas,
Cada vez mais perto,
Os medos virando fumaça.

cada escolha nos impõe uma maneira de viver...

Quem mais me aprisiona sou eu mesmo.

As vezes ficamos tão convictos em algo que deixamos de ver outras possibilidades.

Vi um cego que enxergava verdades,
falando verdades as pessoas que enxergavam, mas eram cegas
Falava à todos que não podia ver, - mas as sentia -
dizendo a realidade, o rosto atrás das máscaras;
verdades sem anestesias.
E muitos pela dor, criaram outra deficiência para si.
A surdez.
Pobres seres a se auto mutilar
Mas, isso vai acabar(!)(?)
Um dia(!)(?)

Você lê um livro, depois lê outro. Após ler o segundo se desejar reler o primeiro verificará que ‘ele se alterou’.

Vejo
Vejo olhando pelo prisma racional que tudo ao redor é anti-racional
Que belezas são propagadas como ídolos,
e os que à acusam, dela, deleitam-se
Benevolentes ajudando com palavras de piedade
e saindo como se tivessem feito algo
Pessoas cheias do amor, em ajudar o próximo
ao próximo que lhe convém
Guerreiros da liberdade!
individual
Pelo prisma do racional tudo me é anti-racional
Logo, desfoco e ponho na lente sentimental
tudo se altera,
as máscaras passam a ser pintura artística
ação de consolo, comove
auxilio à alguém, cativa
a luta pelo ideal, renova!
Pelo prisma sentimental, tudo me é natural
A verdade amarga ou a bondosa irrealidade
Qual lente usar?