Reflexões sobre lealdade: textos que mostram seu poder

Acasa(la)mento...

Os escorpiões.
Dançam, tango vital.
Amor com ferrões.

Melhor Remédio?...

Droga, de última geração.
Será que realmente necessita?
Às vezes, basta dar a mão...

Sem Drogas?...

Muito sedado...
E a vida torporosa.
Hora de acordar.

Nada Sei...

Há mistérios...
E tantos... Portanto,
Busquemo-los...

Melhor Que?...

Perfeição...
Homem vitruviano.
Tola ilusão...

Senhor?...

Sonho, realidade...
Não sei mais o que é.
Seja o que quiser...

CHP, HLA...

O teu cheiro...
Adentra meu cérebro.
Genes, gemem...

Espírito?...

Coluna vertebral.
Dura escada à alma.
Cérebro, visceral?

Do Céu...

Anjos caídos...
Asas quebradas.
Humanizados.

O pouco com sinceridade vale mais que um montão

Que um novo horizonte brilhe,e esta luz escreva um novo capítulo da nossa história.

Prefiro tirar a mais boba das dúvidas, do que ser um bobo por ter dúvidas.

Sentimento verdadeiro

Pensamentos fúteis...inúteis... mas agor é assim
Nem pra olhar, se quer pra isso vc serve pra mim
Coisa horrenda, sua mascara caiu
Fez o que quis, me fez seu produto, me consumiu
Agora chega, só o que me come, consome ...
É o ódio que em mim brotou,
Coisa podre que vc plantou
Sentada, aqui, aos pés desta cama
Te olho e sinto nojo, asco, vc não me engana
Poderia ser como fechar o olhos
Fecharia eu os meus e como passe mágico
Você some, vira poeira, fumaça
Qualquer coisa que não veja, não sinta
Que de dissipe, que se disfaça!

“O amor é a maior razão sem razão que existe!”

“Para ver os seus, basta apenas que eu feche os meus, olhos.”

"Impossível esquecer, mas possível não lembrar".

VESTÍGIO


Dizei-me qual fora a dor que te formara,
ou se apenas és feito de sonho e ilusão...

Ventos ásperos de tanta indelicadeza,
alma de muitas luas e de muitos luares,
estrelas feitas de longitude e de frieza,
por que há tão rude e tão severo coração?

Por que existem tão ilusórios lábios?
E por qual motivo, tão triste boca?
Dizei o segredo mais longe dos sábios:
tristeza e pensamento – quando entenderão?


Dizei-me qual fora tua árdua finalidade,
e por onde é que teus passos se vão...

EXPIAÇÃO

A tua memória nasce como a água,
e corre pela pedra monótona da vida.
Só as folhas que te tocam não sabem:
tu és só distância longa, sem medida.

E tudo que vai por ti, não tem destino.
Apenas bruma beijar-te-á, minha criança.
E tudo que te ama, conhece do teu fado...

(Só eu que ainda te tenho na esperança).

ASTRONOMIA

Vós vindes dos tempos mais antigos que se formam,
antes mesmo da formação da Constelação de Órion.
Astrolábio, sextante, quadrante, balestilha, o que significarão?
Nenhum instrumento astronômico compreende
o teu sagrado ângulo ou a tua divina localização.

E não importa quanto tempo se passe...
Vós sempre sereis uma das estrelas na amplidão:
só que o mundo humano não compreenderá da tua vida,
como nunca soubera realmente da tua representação.

E assim será do teu destino corpo celeste na elusiva noite
dormindo numa simplória e longínqua constelação:
e eu morrerei de tristeza, sem ter visto-te nunca,
em nenhum longo céu onde soubera a solidão.

Eu vi o menino no lixo,
Eu vi o urubu...No luxo.
Que prato vai comer o bicho?
A carne ou o lixo?
Quem é lixo?
Quem é carne?
Quem é bicho?

Quem viu adiante o destino,
Tendo a frente um futuro nu?
Terá sido o urubu-menino?
Ou foi o menino-urubu?

Altair Leal/ direitos reservados
poesia publicada no livro
Marginal Recife vol.05