Ictus?
Minha mão
Em teu tórax,
Pulsando...
Água Salgada...
Tua lágrima,
Uma lástima,
Quero última.
Mais Forte!
Teu abraço,
Tão grande,
Me expande...
Dorme Com Os Anjos, Filho.
Incrível...
Eu, amando-
Me tanto.
Tá Turvo, Agora...
Céu nublado?
Chuva de areia,
No oásis, deserto...
Retorno à Inocência?
Às vezes, eu viajo no tempo.
Não há máquinas ou naves:
Apenas o meu pensamento.
E estas viagens são suaves.
Sigo as ruas da lembrança.
Basta uma brisa, um sopro,
E, súbito, o ido me alcança.
Então, não sou eu, sou outro.
Muito mais doce, puro e leve.
Exemplo: lembro de um celeiro.
E sinto uma paz quente, breve,
Além da carícia do vento-norte.
Ouço cantigas, até candeeiros.
E percebo: que minha, a sorte...
Inventando?
A vida / Segue
Feliz / Plena
Da vida / Mente...
Desejando...
Quero / Amar
Teu Corpo / Como um
Perfeito / Louco...
Bravata?
A voz, presa.
Nó na garganta.
Malditas gravatas!
Ave Maria!
Pai nosso,
Que tal um terço
Do terço?
(Pecar é um pecado...).
Entrar no Bloco?
Ok, tudo bem...
É preciso fantasia,
Até no carnaval.
Canto da Sereia?
Sem fantasias,
Até as sereias,
Jazem na areia.
Lambrança?
Com o tempo,
As lembranças
Viram alimento...
Pedra, Ume?
Quero o teu cheiro,
Sem qualquer perfume,
Do teu suor, pele, alume...
Almoço, Moço?
Cheiro de feijão.
E de carne, no ponto.
E eu não sou de ferro, não!
Vida Começa aos 40?
Meio sem vida,
No meio da vida,
Procurando saída?
De Grau?
Não diga nada.
Me abrace, aqui,
Na beira da escada.
Vai, Gargalha!
Mundo vazio.
E, de repente,
Você sorriu...
Flutuando...
Quero, de novo,
Aquela leveza.
Não falo do peso...
Me Dá, Nos Nervos!
Na pele, na boca,
Terminações nervosas.
E é só o começo...