Não escreva seu nome no meu coração se um dia não tiver a grande capacidade de apagar, sem me ferir ou me cortar
Amasso.
O teu abraço
Amassa toda
Dor do mundo.
Em sumo.
Sonho?
De consumo?
Que você não suma.
Te sinto, logo existo.
Teu toque,
Teu cheiro...
Sim, eu existo.
Violência doméstica.
Arranquei teus medos,
Rasguei teus pudores,
Antes de te consumir.
Invasão.
Sandália no pé,
Fazendo amor
Como vândalos.
Par estesias.
As vestes no chão,
Sinto tuas pernas e
Não sinto as minhas.
Primeira luz.
A manhã chegando,
Céu desabotoado a
Tua pele estrelada.
Fogo brando?
É deveras paradoxal:
Quanto mais frios ficamos,
Mais perto do inferno.
Verdadeiro.
Amigo:
Não se escolhe,
Se colhe.
Terra roxa.
Aflição?
Há filhos
No chão.
Em gana.
Ganância?
Sim, gana
E a ânsia...
Calado?
Mundo pálido,
E deveria ser um
Mundo cálido.
Sem fome.
Já fui caça,
Já fui caçador,
Hoje passo a dor.
Arco e fecha.
Teu beijo vermelho,
Deixando tudo azul,
Desarqueando a íris.
Megalomaníapole.
Cidade cansada,
Estertorando,
Nas bases.
Acorde-on.
Perdi o sono,
Mas ainda não
Perdi o sonho.
O caso.
Envelhecemos,
Dia e noite,
Cedo ou tarde.
Sinais.
Quando sei que eu estou vivo?
Quando você me olha,
Pisca e sorri.
Ilha.
Marginal?
Sim, à margem,
Quase na beira do mar.