Lar
Ndo'ai era querida, prestigiada e segura para se chamar de lar. Era como uma águia que faz seu ninho de difícil acesso aos predadores para defender seus filhotes.
Em um canto do Sertão
Ao ritmo lento da melodia, vou caminhando.
O sertão é o meu lar, onde o vento sopra contando…
Cada árvore seca, cada chão rachando.
Essa é a poesia viva de uma terra abençoada.
O calor incha a pele, mas aquece o coração.
Na aridez do tempo, a minha música cresce.
A natureza se expressa em silêncio profundo.
Com a simplicidade, consigo compreender o mundo.
A água do rio é a dança dos galhos.
O céu estrelado é como um antigo atalho.
No sertão, sou parte dessa imensidão.
Vivência e raiz, tocando o meu chão.
Na quietude dos gestos simples, o amor floresceu.
E fez do meu coração, seu lar.
Agora, ele pulsa no ritmo da felicidade,
E em cada batida, sussurra docemente seu nome.
No dizer de Kalil Gibran "O lar é um Templo sustentado por duas Colunas". Fácil entender que essas Colunas são o homem e a mulher, com os mesmos direitos e obrigações a serem observados, sob pena se ver o Templo desmoronar.
Madrugada, senti que o frio estava desafiando a vida. Lembrei de agradecer o aconchego do lar, da coberta que me aquece. Lembrei de quantos irmãos estavam naquele momento embaixo de viadutos, em portas de comércios, nos adros das igrejas onde muitos procuram Deus. E chorei. Me entristeci também ao imaginar que muitos ainda por falta de esclarecimento ficam, até para se desculparem de algo que nem são culpados pelo fato de um ser humano estar nessa situação. Aí fica bem fácil, como se lavasse a alma dizer: Ah! São bandidos, fizeram coisas erradas, ah! alcoólatra... Quem pode julgar? Quem sabe? Seriam espíritos menos avantajados, que não conseguiram assimilar o melhor caminho. Deus olhai por nós.
20 de outubro, dia do Poeta
Eu fiz dela meu refúgio
Ela fez de mim seu lar
Nós amamos em cada estrofe
Ela sublime
Eu perdido
Ela alimento
Eu fome
Ela imensidão
Eu tão pouco
Ela poesia
Eu louco.
"Quando se constrói uma casa, o pensamento está na formação de um lar, preparado para acolher as coisas mais preciosas da vida: as crianças."
- Lar Doce Lar.
Por baixo dessa escuridão que chamam de mundo eu descobri o meu próprio, teu olhar.
Sei que ao fitar teus olhos castanhos corro o risco de que eles facilmente poderiam me matar e com toda certeza eu correria esse risco sem nem pensar. Olhar para eles me fazem pirar e ficar sem ar, borboletas costumam cercam meu estômago e ele começa a embrulhar, sinto uma conexão de outro mundo, não há como negar.
Em um só olhar avistei uma nova constelação de estrelas que não havia nada no mundo que eu poderia comparar, me diz porque parece pecado te admirar?!
me perdi no seu olhar e espero nunca me encontrar, achei meu mundo neles, um sem escuridão, um novo aconchego, que agora posso chamar de meu lar.
Para o lar que nunca foi lar, alguém retornará, a fim de derramar sangue, em nome do próprio sangue. Mas a ruína encontrará, nas mãos de quem sempre foi, o juiz dos destinos. Um desejo antigo fará morada em um novo coração. Este, na mesma moeda, cobrará o que antes foi usurpado. Porque, se para o bem ou para o mal, não importa. Requerido tudo há de ser. E no fim, o cobrador tomará o que lhe é indesejado.
Um machucado dói, dói bastante. Mas já conviveram com "familiares" no mesmo lar e todos os dias vê eles bem próximos mas mesmo assim sentir eles tão distantes ?
O LAR DO SOFÁ VELHO
Não chores meu velho
Como eu, a ficar a sê-lo.
Nunca pensaste como ainda penso,
Vá, pensa:
Porque o pensar é de graça,
Afinal o que nos resta.
Já não é a tua casa,
O teu cheiro
E os odores por ti criados
Naquela casita perto do mar
Onde gaivotas te iam beijar
Pela manhã, famintas,
Do teu dar
E abrigo procurar
Nas tardes fortes de tempestade.
O teu lar, agora, é o teu penar...
Outros cheiros,
Gentes que nem sempre gostam de ti,
Pelo que vi, senti e ouvi.
E então fugi, fugi dali
Tão amargurado.
Que triste, é do homem fado
Deixado num sofá velho
A tremer de medo,
Naquele cubículo sem afetos
Onde reinam os dejetos,
Muita fome amordaçada
E mais...
Aquele horrível pecado
De os não deixar morrer
Na sua velhinha cama.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-06-2023)
É assim que os corais crescem – para cima – e, quando morrem, proporcionam um lar para novos corais, que continuam crescendo na mesma direção. O ciclo da vida segue seu rumo, e os mortos e os vivos são empilhados juntos.
O sertão é agricultura
Chamada familiar,
Que abastece cada lar
Com um tanto de fartura.
O sertão se estrutura
Na sua pluralidade,
Onde a criatividade
Tem papel fundamental.
O sertão é genial,
É supimpa de verdade.
A Terra: Amor, Reflexão e Preservação
Planeta Terra, lar de vida tão vibrante,
De mares serenos e florestas exuberantes.
Teus vastos campos e montanhas altivas,
Guardam segredos e histórias verdadeiras.
Tua majestosa e singular aparência,
Um globo de amor que nos envolve em sua essência.
Com oceanos que espelham o luar,
Energia pulsante em cada ar que respirar.
Tu és a fonte de inspiração inesgotável,
Despertando emoções de forma inigualável.
A beleza que emanas nos envolve e cativa,
Ensinando-nos que amar é nossa prerrogativa.
Preservar-te é nossa sagrada missão,
Cuidar de ti com dedicação e devoção.
Tuas características tão especiais,
Refletem nossa interação com o natural.
Lembramos da história que carregas no ser,
Dos danos causados, das tragédias a sofrer.
Mas também da esperança que surge em meio à dor,
Do amor que nos guia e nos faz ser melhor.
No Dia Mundial da Terra, refletimos com devoção,
Sobre a importância de agir em prol da preservação.
Cientes de que somos parte deste todo,
Com amor e cuidado, criaremos um futuro módulo.
E aos animais, companheiros leais e verdadeiros,
Domésticos e selvagens, olhares tão sinceros.
Demos-lhes amor, respeito e proteção,
Para que também sintam a magia dessa conexão.
Que o amor pela Terra nos guie a cada passo,
Que a reflexão nos inspire a um mundo de abraço.
Juntos construiremos um futuro promissor,
Onde amor e preservação serão nosso maior valor.
Senhor, agradeço por este alimento, que nunca falte em meu lar e nem no lar de quem eu amar. Amém.