Lápis
Mergulho na linguagem, a escrita é a minha devoção.
Preciso de um lápis,um pincel,caneta, ou me dê apenas um carvão.
Necessito escrever pro mundo quantas flores florescem no meu jardim.
Quero desenhar no chão, com as tintas da emoção que há no meu coração.
Quero falar de flores, amores, licores e ter um bom violão.
Quero contar estrelas no infinito, ler um bom livro, cantar uma canção.
Poesia de ninar, carinhos não só recordar, viver para morrer, mas não morrer sem nunca amar...
Cade os tempos em que não nos preocupávamos com que roupa iriamos usar e sim com que cor de lápis iriamos pintar os desenhos?
A vida é um salto de fé
Que não pode ser escrita a lápis
Não há lugar para retoques
Não há uso para borrachas
Cada momento é único.
Novas letras, novos dias,
Na sombra de novos amores,
Velhas alegrias!
Na ponta de lápis gasto
Ideias novas
Sem fronteira, sem hora,
Sim senhora!
Pra começar e acabar.
Sentimentos
Que passam o verão
Furam o inverno,
Despertam no outono.
Preto e branco
Luz do dia colorindo,
O que nunca foi visto
Lido ou sentido.
Sentimentos tortos
Caminhos cruzados, bocas desejadas,
Da meia noite ao meio dia, resto do dia,
Os ponteiros insistem
Gritam e falam,
Sinta a vida!
Borracha desgastada, lápis sem ponta, até o melhor dos escritores uma hora cansa de tentar escrever a mesma história. Mude a aventura, os personagens e crie um novo cenário. Ponha menos drama, mais humor, amor e uma pitada de suspense. Tenha um final feliz!
Nos escritos de minha VIDA, sempre uso o lápis. Escrever, desenhar, rabiscar com lápis é mais fácil de apagar. É simples passar uma borracha. Quando escrevo poemas, frases, desenho os meus anjos, jardins (amo flore(. Busco controlar todos os sentimentos que me cabem As vezes penso em contorná-las com canetas coloridas, mas temo que fiquem marcas para sempre me ferindo profundamente a alma, então continuo a rabiscar com o lápis, pois com o lápis eu apago! Simples assim.
Na mais alta penumbra
o silêncio se quebra
O ranger do lápis no papel
ocupa seu espaço.
Cumprindo uma função que os lábios queriam fazer
Eu Prefiro um lápis pra escrever o futuro, do que uma borracha pra apagar meu passado,Porque com ele, eu aprendi muitas coisas!
Saudade!?! Ah mas quantas?... quantas vezes, me pego de lápis na mão, buscando parceiras pra esta bandida! Ou só de pensamento em punho, divagando com ela? Ta bom, nem sempre bandida! Mas hoje assim: sem rima, sem frase sonada!
Só não abro mão da vírgula pra falar sobre saudade! 3 segundos sempre é tempo pra pensar se vale a pena escrever... ainda mais sobre saudade!! Saudade é boa, e vale a pena: quando a gente lembra do gosto, bem simples:
Saudades de beijos, de algum olhar... saudade de alguns que se foram sem se despedir, saudade de bichos!
Saudade de bolacha vênus da padaria continental (coisa de Bageense); saudade do jogo de botão, bater bola no meio da rua, os papos de calçada na frente de casa altas horas no verão; saudade do colo da vó; saudade de bronca de mãe, se é jovem! acredite: Um dia vai sentir saudade até disso!!
Sentimento que sempre rende umas linhas, e muitos pensamentos.
Parceira fiel, dos mates solitários, aqueles que a gente ceva em cuia pequena... água direto da chaleira, e de preferência, aquecida em fogão a lenha!
Companheira e algoz, me preenche... mas por vezes me esvazia também.
Sentir saudade, é coisa de quem vive!
Dizem ser a curiosidade a mãe da evolução, mas a saudade por certo é a madrasta, ao tentar substituir a saudade da sensação da descoberta é que se busca novos desafios... Vaidade! prima comum da saudade e do orgulho.
Saudade boa, é quando dói! se não é só falta...
Saudade intelectual, saudade de ter pensado daquele jeito, de ter tido uma atitude bacana, de ter pertencido a um clã.
Saudade de algumas velhas roupas.
De algumas coisas, que pensei terem sido gravadas com fogo, sinto saudade é de sentir saudade... pois sequer lembro do cheiro. Achei que doeria pra sempre, e no caminho descobri que pra sempre... é tempo pra caramba!!!
E o tempo só não apaga o que foi escrito na alma, rascunhos na mente: são facilmente soprados.
Saudade!! este texto só termina quando o grafite da vida acabar... e se tudo der certo, alguém ha de continuar.
Agora já é bem tarde, vou dormir... cheio de saudades de pensar.
Nesta noite...segurando o lápis a correr pelo papel chego a conclusão que nada tenho...
Tudo aquilo que pensei que tinha ..já nao mais possuo..
Acho que na verdade eu nunca tive...apenas pensei que possuía, sem contudo nunca ter tido..
Tinha um grande amor...que morreria por ele..nao precisei morrer..ele morreu primeiro...
Mais afinal o que e a morte?
Senão uma brusca mudança donde os olhos já nao brilham mais...o sorriso já nao resplandesce mais...e por fim...
O coração para de bater !!!
Me deitei, peguei lápis e um caderno e comecei a escrever. Lendo aqueles versos, achei que não faziam sentido. Apaguei. Resolvi escutar uma música, evitar pensar, sei lá. Por um momento olhei para o teto e sem nada entender comecei a chorar. É que toda vez que a gente conversa, isso acontece. Até quando vai esse capítulo? Quero esquecer, finalizar essa história. Penso em te evitar, mas pra que? De nada vai adiantar. Sua imagem reflete no meu pensamento, quando isso acontece me torno mais triste, faço da minha alma mais frágil, dos meus pensamentos o além (..) Já não quero mais viver com um sorriso falso durante o dia, e durante a noite, me afogar no meu próprio choro. Digo a um amigo que preciso de uma conversa, conto muito superficialmente o que está acontecendo, mas parace que não me entende, não me houve. A minha volta tudo escuro, tudo sombrio, vejo apenas nuvens negras, tempestades intensas. Estou caindo. E me pergunto: " quem me dará um abraço apertado? Quem segurará minha mão ? "
# texto escrito no dia 21-12-2012 as 1:02 da madrugada