Lágrimas
Se soubesse quantas surpresas românticas já fiz, e quantas lágrimas já derramei...
Saberia que me manter intacto foi mas fácil, do que manter as pessoas ao meu lado!
Carta Aberta para o Amado
Pensar em você
É o que eu chamo de tristeza
As lágrimas vem
O peito aperta
O coração parece que vai parar
O pensamento é triste
A lacuna entre a alegria e a tristeza
É profunda
O desejo só lembra
Que não te tenho
Que não posso te esperar
Por que tudo em você é confuso
Estranho
Complicado
Mas eu queria ter esperança
De ti ter
Bem perto
Ouvir sua voz
E compreender a tua forma de ser
Você pode está mergulhado no mar Profundo da tristeza
Mesmo assim te quero
Pra te consolar e mostrar
A olhar pra vida de outra forma
Tento te encaixar na realidade
Mas toda vez vem
As lágrimas de tristeza
Nem mesmo no sonho
Consigo te ter
Porquê tudo se apagou
E virou pesadelo
Pensar em você
Parece que o
Coração sente a maior dor
As lágrimas descem
E a tristeza vem
Pra inquietar a alma
E a vida começa
A desmoronar
Como se a lama
Descesse e tomasse
De conta do rio
Seria tão diferente
Se o amor fosse
Correspondido
Não precisaria
Passar por tanta aflição
Esperando você decidir
Entender que o meu
Amor é verdadeiro
E profundo
E que só está esperando
Você me dizer
Enfim te quero
As tempestades internas ensinam-nos que as lágrimas exigem desaguar para alcançarmos a foz da tranquilidade.
A Sobrevivente e Espessa Lágrima.
A dor é uma ilusão de carne.
É uma abstinência à insensibilidade,
como um consumo que circula na alma.
O álgido olhar que consome a vida
alimenta-se da estrábica melancolia,
descerra o escudo da existência.
Golpes suspensos nas pupilas,
marcham exaustos e condenados
num acrómico álbum de sal.
Revolta-se um pedaço de esperança,
cospe o grito pungente na valsa do chão
e ergue-se a sobrevivente e espessa lágrima.
Calafetado Poema
Os cílios cerrados do agudo penhasco
derramam lágrimas de vento e granizo
no terreno arborizado dos cinco sentidos
antes do combate entre a fecunda existência
e a íntima e persistente irrealidade.
O declive inalterável das horas abana os dias
onde os vagos versos caídos no calafetado poema
não dizem uma sílaba: escorrem as dores mudas do Amor.
No leito fundo do meu coração de carne
Navega, à bolina, a intrépida canção da sereia.
Balada do Teu Abismo
Quando mergulho
na profundidade
das tuas lágrimas
vejo as marés vazias
ouço o mar das tuas artérias
nessa viva e rutilante maresia
gotejam os descalços poentes
nas agitadas marés do teu rosto
onde a textura do amor desliza.
Sob o clarão telúrico
afixo a minha fervente âncora
à balada do teu abismo.
Coador de Lágrimas
Quando coamos
a tristeza das lágrimas
ficam, à tona,
as impurezas
das dores
de uma submersa
escuridão.
As lágrimas são substâncias líquidas, condensadas pelo coração, onde as pálpebras narram o posfácio dos sentimentos.