Lago
O iluminismo apagou suas luzes, não é possível iluminar uma sociedade que vida na escuridão da ignorância
O BÊBADO E A EQUILIBRISTA
De João Batista do Lago
(Para meu irmão Júlio César, in memoriam)
E lá se vai ele!
Equilibrando-se sobre a corda-vida
segue o bêbado trançando dores,
cerzindo rancores póstumos,
cosendo seu livro de dissabores…
Vê-se de cá, de bem longe,
um zumbi errante
e todos seus vagabundos amores
fazendo-lhe procissão e coro
às suas preces de socorro:
― “a corda-vida não te sustentará
o equilíbrio de que necessitas.
Há um abismo entre teus polos:
abaixo de ti apenas a cova
tua, deitará esquecida a ossatura
da carne antes corroída pelo
colírio de pó de antimônio.”
Hoje não mais cerzes
nem dores… nem dissabores…
E nem mesmo sabe-se do teu equilíbrio,
e nem mesmo sabe-se da corda-vida.
“És apenas lembrança
― lembrança pela vida bebida.
Hoje és, apenas, arcanjo.”
Eles vieram enquanto dormíamos para varrer nossa espécie do mundo. Porque somos diferentes. Porque a magia corre em nossas veias. Porque nós temos o que eles querem.
A questão não é o que você quer ou o que eu quero. A vontade dos Ocultos é clara. Seu poder é um dom que deve ser usado para guiar e servir seu povo.
Deus é amor. Um amor que purifica, santifica e nos une. E hoje, Deus sorri. Sabe por quê? Porque hoje fizemos o trabalho Dele.
Os demônios têm muitos rostos. Eles não querem ser encontrados. Alguns de seus rostos são assustadores. Alguns são tímidos. E alguns são muito jovens.
Eu vivi tempo demais. Vi nações brilharem, prosperarem e caírem. Vi grandes artes sucumbirem à crueldade do tempo. Conheci o amor e provei suas lágrimas amargas muitas vezes. Depois de um tempo, você esquece como é sentir êxtase.
"A alegria do portador de distimia é semelhante ao gelo fino que se forma sobre um lago congelado, e se rompe quando submetida a qualquer pressão. É apenas uma casquinha fina que encobre a tristeza, a ferida que nunca cicatriza." (Lenise M. Resende, escritora) Trecho da crônica Triste Alegria
A intensidade das palavras acompanha a inspiração de cada momento. Ás vezes podemos ser um lago sereno, noutras um mar revolto.
"A implacável beleza do sol da meia noite.
Um lugar especial, um lago incrível, um clima único, a beleza magnifica do lugar, um momento de amor perfeito misturado no emaranhado lençol. E dois corações com o mesmo desejo de entrega... Uma cama espaçosa posta abaixo de uma janela que se deparava com um belo jardim de macieiras e flores... Uma perfeita harmonia entre o brilho perfeito do sol da meia noite e as estrelas escondidas no céu. Enquanto duas taças de vinho de frutas repousavam sobre a pequena mesa de cabeceira. Ao mesmo instante que selava-se ali uma noite tão ansiosamente esperada. Um silêncio estarrecido e impactante do primeiro toque, e carícias envolventes. Lá fora uma temperatura ímpar e agradável de um lugar onde o verde domina e reina absoluto a mãe natureza. Belíssimo lugar de momentos que nunca serão esquecidos.
A noite segue e depois do amor ela acorda para velar o sono do amado, como se não quisesse perder nada. Implacável beleza da noite de amor nos lençóis junto a uma cama posta sob uma janela de vidro, fotografados pelo sol da meia noite. Onde os corpos dos amantes falavam a mesma linguagem do amor."
“O indiferente,nunca consegue ver como o mundo é emocionante, e belo.
Passa perto de um lindo lago e ainda joga pedra.”
BRASÍLIA
A flor do cerrado
não tem praia nem mar
mas tem lindo lago
de lábios rosados
e olhos azuis
que se prendem ao céu.
Tem pedra bonita
tem luz de pepita
e lua de cristal
Brasília é infinita
constelação de poderes
estrelas soberbas
que sobem e que caem
do alto da torre
à rampa do congresso...
Brasília é rock roll
da Capital Inicial
das Plbes Rudes
e Renatos Russos
de camelos e Para-lamas
do voo da gaivota
da Asa Norte à Asa Sul
Brasília é uma flor
que ainda desabrochou
da praça sem poderes
ao autódromo esquecido
governo falido
servidor ausente...
Brasília de presente
de passado distante
da fé do bandeirante
do padre sonhador
Brasilia ainda é menina
de laços de fita
que o poeta cantor.
Eu amo Brasília
em suas grandezas
e em suas carências
quem dera que um dia
o vale perdido
o dito paraíso
sem medo e sem culpa
assumisse a sua sina
de ser jovem menina
na paz entre os homens
na justiça e no amor.
Evan do Carmo