Lado
No lado estranho que moro, minha alma não fala alto, nem abre à porta para desconhecidos. Só impulsiona do recanto que vive a luz do que sente, e a fala que em silêncio não cala, e os olhos só observam, vibram, mas, com o que sente, se conforma, e não chora.
Vimebora de lá
Vimebora para meu lar.
Vimebora por não ter destino ou por estar de lado da via dos indignos poetas e excluído da via dos santos profetas.
Vimebora por ter demasiada fraqueza de ser e por não querer algo que me agrade.
Vimebora para meu lar e cá estou sentado na rua dos mortos esperando algum deus ou entidade divina que possa me explicar a hermenêutica da poesia.
Vimebora pois não tenho simpatia, nem sensatez, nem homeomerias que me possa inspirar para uma formulação especulativa e séria da physis.
Vimebora para meu lar e nunca mais voltarei para os trapos que deixei por lá.
Eu sempre quis vir e quis sempre ir, perplexo decidi ir e depois vir.
Vimebora e vimebora por que também não queria permanecer na fumaça do meu corpo, queria queimar sem expelir fumaça, queria um toque a mais de sentido ou de chama sem fumaça.
Vimebora também por não querer fumar cigarros com quem gostava.
Vimebora por querer fumar cigarros com quem amava.
Vimebora por querer também estar perto da tradição e deixar de lado um pouco aquilo que nos liberta dela.
Talvez eu volte algum dia para o lugar de onde vimebora, mas quero estar hoje na gaiola de onde saí.
"Tua presença ausente"
Mesmo ao meu lado te sinto longe
Como uma meretriz e um monge
Na verdade de estar perto como sua compincha
Porém alguma lei do contrário os convence
Dentro dos teus olhos eu vejo
Que ainda arde a chama do desejo
Ténue, fraca e quase sem brilho
À espera que algo lhe devolva ao trilho
E possa restaurar o que almejo
Que é que serás minha por inteiro?
Seu amor um pouco nublado
Conversas fracas na sala de aulas
Até ao refétorio pouco a moderado
O Carinho moiando do seu Pavilhão
Ao masculino fraco a moderado
Sou sua compincha, sua compincha
E deitarás em minha cama de janeiro a janeiro
Me alegras a vida como a de um jardineiro
Que cultiva a beterraba vermelha no teu canteiro
Dando-me uma vida plena e cheio de amor
Sem restrições de altura, idade e nem a cor
Eu perdi a paciência
Pois a minha cabeça
Já é um dodecágono
Reclamei a tua presença
Porém de sã consciência
Tudo o que eu tenho que fazer
É lamentar a tua ausência.
Jossefa Zacarias Moyana
Quero ter ao meu lado um ser humano, cujo preço que eu tenha que pagar para isso, seja simplesmente eu ser quem realmente sou.
ALGUÉM PARA SEMPRE
Não quero ao meu lado alguém especial...
Seria exigir demais!
Não quero alguém dos sonhos...
nem das promessas...
Personagens dos contos de fadas,
criações das minhas fantasias
que inspiram perfeição, pois tal pessoa não existe
e nego-me amar de ficção.
Quero na vida perambular,
Com alguém que se faça especial.
Sincera nas atitudes negativas;
Séria nas atitudes positivas;
Que sorrir incrédula enquanto não encontra opção;
Que não finja viver no céu enquanto estiver na terra;
Que não me faça fazer promessas impossíveis de cumprir;
Que não exija mudanças que não proponha as empreender...
E que não espere de mim mais do que em minhas forças posso fa-zer.
Quero viver ao lado de alguém que não me abra feridas
Que não compare-me com outros a caminho;
Que não me faça refém de sua vontade;
Que respeite o meu direito de ver;
Que entenda o meu modo de entender...
Pois, tenho as cicatrizes dos dias
e os traumas das palmadas.
Na memória trago os tapas da incompreensão
pelas tentativas de querer acertar...
Nos modos de sempre querer agradar
a quem jurei eternamente me amar.
Que me dera encontrar alguém que não me abandone:
Na insanidade diante das incertezas;
Nas minhas alienações em dores;
Na minha morosidade na cautela para não errar.
Na impetuosidade, pela decepção da oportunidade perdida...
Esse alguém será o amor da minha vida.
Bem, esse alguém poderia ser você!
Fico muito agradecido por estar sempre ao meu lado na hospitalidade da moradia de minha vida, eu me aceito pelo quem eu sou e não pelo que queria que eu fosse. Eu não seria capaz de escrever uma história de amor sem você na minha vida, e certamente escreveria sobre as dores já vividas, cada um de nós é a soma total dos momentos que já tivemos, com todas as pessoas que já conhecemos e são estes momentos que se tornam nossa história como se fosse uma coleção de nossas músicas preferidas que ouvimos na nossa mente repetidamente, sem parar. minha teoria é que momentos de felicidade acaba fazendo você sorrir para o vento , após vivenciar um expendido momento no passado. Quais são os benefícios do presente, quando os flashes das lembranças daquele dia não será apenas passado amargurado, por não ter mais ela do seu lado. As águas dos riachos que faz você reviver as sombras do passado, que recolher os cacos dos pedaços do estilhaços do passado, para definir o que é o coração estraçalhado. Porque foi recordar de algo do que se tornou uma cicatriz, e lembranças dos riachos causa o impacto, de não poder reescrever tudo aquilo que vivenciou em páginas escritas que virou um rascunho. A minha teoria diz; " Não se torne prisioneiro do seu passado a cada amanhecer é uma nova chance para escrever uma nova página de sua vida".
NAS ENTRELINHAS DO SONETO
No sentimento, do amar, seja meu amor
Basta estar ao meu lado, o querer haver
Ao olhar-me, ouça o coração, por ti bater
Adentre, rogo-te, quero ser o teu amador
Nas mãos, tenho flores, pra lhe escrever
Tocando nos versos tais qual um beija flor
Palavras entoadas de afago a lhe compor
E paixão, pois você é vida no meu viver!
Entre sussurros e suspiros és puro ardor
Em primaveras no meu peito a florescer
Desenhando sensações ao meu redor
Em ti esqueço que existe qualquer ser
Tudo é livre, tu fazes do versar um relator
Nas entrelinhas do soneto, o amor ter!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano
O pior extremista religioso é aquele que não é eufórico. Silencioso, ele respira ao teu lado e deseja que Deus te castigue pela liberdade que tu gozas e que sofras pelas prisões que ele padece.(Walter Sasso)
Seguirei meu caminho na certeza que Deus sempre estará ao meu lado como divino companheiro,nas horas das minhas tristezas ou das minhas alegrias,e jamais sentirei solidão.
Do ponto de vista de Deus
Os olhos do Senhor correm de um lado para o outro por toda a terra, para mostrar-se forte em favor daqueles cujo coração é leal a ele. -
2 Crônicas 16: 9
Escritura de hoje : 2 Crônicas 16: 1-9
O astronauta Jack Lousma descreveu como a Terra parece do espaço. Ele escreveu: “A olho nu, podíamos ver estradas, aeroportos e cidades. . . , nuvens brancas e a neve nas montanhas. Pudemos ver a colcha de retalhos verde e marrom dos campos dos agricultores e os desertos lindamente pintados. . . . Quando estávamos em Chicago, podíamos ver a maior parte da baía de Hudson. . . , Washington, DC e Baltimore. Poderíamos ver dois terços do caminho pelo rio Mississippi e sair para Denver.
O que me intriga nesse ponto de vista incrível fora do mundo é sua vasta gama, mas detalhes intrincados. Isso me lembra a perspectiva de Deus sobre o seu universo e o mundo interior de cada um de seus filhos. A Bíblia diz que os “olhos do Senhor correm de um lado para o outro por toda a terra” (2 Crônicas 16: 9). Ainda mais impressionante é o fato de que Ele sabe tudo sobre nós - até nossos pensamentos secretos! (Salmo 139: 1-4).
Duas conclusões podem ser tiradas desses versículos. Nunca podemos sair do alcance de Seu cuidado amoroso e nunca podemos nos esconder de Sua santidade. Isso nos tranquiliza e nos perturba, pois é um amor que nunca nos deixa ir, nem nos deixa levar pelo mal. E não há amor maior que isso. - Dennis De Haan
Refletir e orar
Não podemos conhecer completamente a grandeza,
sabedoria, poder e cuidado de Deus ;
Mas basta saber que Ele
apaixonado ouve todas as orações. —Hess
Como o Senhor está nos vigiando, não precisamos temer os perigos que nos cercam. Dennis J. DeHaan
Gostaria de sentir como sentia
Queria rir como ria
Estar apenas ao seu lado
Conversando sobre algo
Mas a distância veio
E acabou, não tem jeito
Eu apenas lhe agradeço
Por ter concedido
Um pouco do seu tempo
Mastigação
Deixando os sonhos de lado
Com que a pouco sonhava
Por causa dum desagrado
Com o meu eu, eu brigava
Dizia então: és um danado
- eu? E assim retrucava
Amanhava tal a um arado
O coração dor transportava
Quem mais penava (coitado!)
Era o devaneio. Gritava!
Todo amarrotado
Angustiado estava!
O tanto, porém, largado
Porém pouco se levava
O ganho que for tirado
Perde. E a alma não será escrava!
E, ao fim, deste fatigado
Dilema, eu me encontrava
Com a plenitude no fado
E o resto, a poesia mastigava...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Só conhece a tua história, aquele que sempre esteve lado a lado com você. Os outros nunca saberão o preço que você pagou, só terão em suas mentes a desconfiança e a acusação.
É inútil tantar provar para o mundo quem de fato é você, Se o próprio mundo se recusa entender.