Laço
LAÇO:
O silêncio é gritante
E o tempo vil.
As horas são infindas
Como infinito é o mar.
Todos que me rodeiam
Não são meus
E os meus
Não me dizem seus.
E em meio a todo esse
Paradoxo de emoções
O tempo esquiva-se
A dizer quem sou eu
Apraz-me o relógio
Com o tempo seu.
Aflige-me o tempo seu
Que segrega o meu.
Ela vem com seu vestido florido de chita.
Sobre os cabelos um laço azul.
Sorri pétalas suave e caminha com graça.
Tem sabor de fruta sem igual. Ela tem gosto
de mel, céu, carinho e cuidado.
O laço e o nó
Houve um enlace entre o laço e o nó
Triste acontecimento
O laço deve unir num desate
O nó retira a autonomia.
Que exista somente o laço
Mantendo a complacência entre seres
Mate o nó, para que exista alforria.
Abraço o seu abraço
Abraça meu abraço?
Da um laço
Num dia de cansaço, um laço, um abraço, um braço.
Um braço seguro, segura meu abraço e nao o deixam acabar?
Como acabar com um abraço que mais parece um laço? Um Laço de carinho, um laço de braços... Laços
Tomara que tempo não passe, e que eu passe carinho, entrega e riso. Quanto mais apertado melhor, quanto mais dois, um...
Um despertar da entrega ao passo que o abraço se aperta, da volta, se entrelaça, abraça... Sincero olhar que desperta um sorriso próximo, um sorriso que quanto mais um, dois...
De que vale um braço sem o abraço? Seria um caminho à parede, uma escada às nuvens, uma boca solitária sem um riso e o som do reflexo de uma surpresa.
Não existe algum laço familiar, vínculos de sangue ou qualquer outro pretexto que nos obrigue a estarmos juntos. Essa estrema aproximação e a reciprocidade de sentimento que há entre nós dois é reposta da sincronia perfeita vinda das nossas almas, a verdadeira razão da nossa união.
No estranho laço que desata em semelhantes..
No lençol se envolve com destreza ao próprio corpo..
Esconde-se as curvas que sinuosas de mistério os revela..
Beijo amargo que se escorre a boca...
Num toque que saliva alguma dor..
Esperados segundos de Nirvana...
Num reflexo se mostra tênue..
Nas estrelinhas dos versos mudos ..que ali dizia
apenas com olhares..
Olhares distantes ..mesmo perto ao te ver ...
Na tremula carne que se afaga em minha pele..
Um calor mais denso..se molha em vontade..
Verdade que se encontra entre tantas mentiras..
Entre varias historias de dor..não de amor..
Meia luz ...meias verdades..
O Silencio..o corpo..um coração pra calar..
No fim do êxtase ..ela se cobre em sorriso..
Com um olhar de quem ainda que ficar.
Qualquer laço afetivo que há desejo de prosperidade mútua, consolidada na união de duas pessoas pode-se chamar de família. Não é uma união biológica de gênero ou espécie que distingue o que é família ou não. O amor é o que transcende qualquer valor, e é isso que deve ser preservado.
Um homem e um cachorro, uma mulher e um homem, um homem e outro homem, uma mulher e outra mulher, uma mulher e seus filhos, um pai e seus filhos, um grupo de amigos... O que tem que se definir como família é qualquer fruto que derive de afeto e não somente ao que pode conceber uma criança. Pois na ausência do amor há o crime. E é criminoso qualquer ato que impeça duas pessoas de se amarem.
Primeiro o passo
o abraço
depois o laço
o beijo dentro do compasso
os olhos nos olhos
depois encaixe de pernas
ora fechadas
ora abertas
o sorriso frouxo
o corpo solto
as línguas se provocam
um tango e tanto
Regenerar!!!
Quando o amor desata o laço
por dentro solta uma fera
o jardim se torna escasso
sem flores da primavera
e o coração fica em pedaços
mas depois se regenera.
Hoje me sinto assim, amada, feliz, compreendida, livre de tudo que tentava me sufocar, joguei o laço, dei nó na corda e coloquei uma pedra na ponta, joguei em alto mar aberto, para nunca mais tentar me incomodar!