Labuta
A elaboração desta labuta não seria possível sem o apoio de alguns intervenientes
Sendo assim irei gratificar a todos os que contribuíram para a formação e concretização desta etapa final.
Para todos os efeitos, agradeço a todos os colaboradores que ajudaram a desenvolver todo este processo de construção deste projeto, fornecendo
informações ou simplesmente oferecendo opiniões que beneficiaram o site.
Mulher culta, que escuta e se oculta.
Observa a labuta, sabe o quanto tem a dar.
Moça capaz, que não quer o tanto faz,
Tantas vezes se refaz, em busca do algo a mais
Todo dia vai atrás de uma guerra pra travar.
Labuta de vida
Ah se tivesse a oportunidade de estudar e de fazer carreira
Não precisaria trabalhar duro de segunda a sexta- feira
No primeiro tempo de quituteira na feira,
já no segundo no salão de beleza como cabelereira
Também não iria me casar com um sem eira nem beira
desde que não tivesse no final do sobrenome as 4 letras EIRA
porque a vida para o pobre não é brincadeira
mal me sobrando tempo livre para ir jogar capoeira.
IDOS CAVERNOSOS
Tempos de caverna
Natureza instintiva
Presevando a vida
Sincera labuta
Mais rude e mais bruta
Tribal convivência
Conflito em tacape
Utilidade que iberna
"Civilizando" o ataque
Modernidade se externa.
“HOJE É O DIA DO MARCENEIRO. Aquele que labuta a madeira bruta. O que transforma em arte até o que seria descarte. Com a rusticidade de seus instrumentos e a destreza do conhecimento, criam objetos que só existiam no pensamento. Todos dependem do seu ofício e de sua aptidão, desde o berço até o caixão.”
Alerta, Sorriso?
Sorriso entre colegas,
Amigas na estrada da vida
A caminho ou na volta da labuta
Na década de oitenta.
Eis a questão.
Outra leonina na parada.
... Alas...
Vamos dona Ivete,
Você está sorrindo...
E a perua não sai do lugar!
Logo, antes de se apavorar,
De se amedrontar...
O jeito é?
Agir sorrindo !
SUOR FATIGADO
Com grande árduo da lida
Mãos calejadas pela labuta
Tratado como lhufas é a sua vida
Do seu rosto fatigado
O suor do labor entorna sobre a terra
Por amos é aferrolhado
Muito labora pouco aufere
Mesmo assim tem uma vida álcre
Coragem em seu sangue, as pisaduras em sua pele
Vida dial no suor do sacho
Com o seu alento sustenta sua família
É ludibriado por ser iletrado
Anoso em idade e em peleja
Alma sadia fé inabalável
Atado pela empreitada, alheio da tristeza
Quando suas mãos vai assear
A água encardida escorre de suas palmas
Suas feridas ardidas limpas vem a se aliviar
Lábios áridos nada a reclamar
Enquanto tange no lavor
Seu corpo exaurido querendo resfolegar
Olhos estafados a gotejar p'los cantos
Olhando para o céu com suas vistas denegridas
Cogita: chegou minha hora de descansar.
Boa Noite!
Depois de um dia inteiro de labuta não há nada melhor que a sensação de dever cumprido ao final do dia; a sensação de que o vivemos da melhor forma que podíamos e que em tudo que tocamos nesse dia deixamos o nosso melhor. Só assim a noite chega serena, trazendo o tão merecido descanso e o sono nos acolhe em suas asas de silêncio como se fôssemos pássaros no ninho.
Dias inseguros...
Nessa labuta diária indo para o trabalho às vezes me deparo com máscaras jogadas no chão pisoteadas. Enquanto muitos as jogam, eu fico apreensiva quando as esqueço de coloca-las na minha bolsa, elas fizeram parte dos itens mais importante do meu nécessaire. Os dias não estão sendo fáceis, vejo colegas adoecendo se afastando do trabalho e uns sendo hospitalizados não por falta de assiduidade mas por estupidez de algumas pessoas que não prezam pela própria vida nem pela vidas alheias, e nem pela a gravidade dos fatos. Diligente, muitos são firmado, outros não! E no meio de tanta frustração, alguns insensatos e charlatões vendendo sonho. Estamos a viver momentos apreensivos, não sei se algumas pessoas são incrédulas, insensatas ou cheias de si mesmo. Atualmente o mundo encontra-se a viver um desconforto, tanto social, espiritual e intelectual. A terra mais do que tudo sofre e os seus administradores que somando milhões chega a soma de todos nós e desse todos nós, muitos chegam a sambar da cara da 'pandemia" e "rir" da realidade. O planeta está vivendo um caos de insubordinação e isso leva a insurgir contra a autoridade ou ordem estabelecida; a humanidade está sem ouvidos sem olhos e com isso, por si só, se define de "rebelde". E, com todo ego inflado de surdez e cegueira, existem ainda aquelas que se negam e anula a si mesma enquanto sujeito de direitos. Todos nós vivemos numa sociedade que precisa de uma vez por todas entender que exercer a cidadania é uma tarefa sem fim. E nessa corrida de esperança de dias melhores não adianta ter dinheiro, títulos, status, e não ter a consciência que nada disso serve quando se refere a luta incessante pelo "fôlego da vida". E que nesses dias cinzentos, todas as pessoas que se negam a qualquer advertência, cautela, aprendam a enxergar o quão é doloroso ouvir pelo meio de comunicação que há "seis mil brasileiros" a espera de uma UTI, e para aqueles que agonizam ela chega nesse exato momento a ser o único refúgio de esperança para lhes trazer de volta o conforto de respirar! E por fim, termino com o verso da letra da música de Chorão, que diz: Tomo cuidado pra que os desequilibrados não abalem minha fé pra eu enfrentar com otimismo essa loucura". E se você tiver tempo pra ler essa mensagem e ao lê-la que a mesma encontre seus ente queridos com saúde.
Porque seu canto, poeta,
Anima-nos pra labuta,
Dá força para disputa,
Motiva qualquer atleta!
É tinta para quem pinta,
Melodia para quem canta,
Dá ânimo pra quem escuta;
É lenço para quem chora,
É flor para quem namora
E é arma para quem luta!
Babaçu
Símbolo da economia rural gerenciada pelas mulheres na labuta do dia a dia, no escorrer do suor das quebradeiras de coco, que mesmo na peleja sofrida não falta cantoria para expressar de forma tão singela a alegria.
CORDEL DO PREGUIÇOSO!
Entra e sai ele apronta
Com quem vê na frente
Vive na mordomia
A labuta não enfrenta
Trabaiá é uma agonia
Seja noite seja dia
Preguiçoso ninguém aguenta.
Nasci da força da rebeldia,
do caldo da paciência, da luta e da labuta,
da fome um pouco por dia...
Cresci junto à raiz da mandioca,
no floreio do feijão,
na colheita da macaxeira
no fermento de cada pão.
Resisto no chão ressecado,
no alento,
perdido na rua...
Mas não deixo de acreditar
que a vida é flor de cacto
trazendo beleza ao sertão,
contrariando a seca,
transmutando-se em esperança
e enfeitando o coração.
Valnia Véras
Eu tenho cansado de acordar, de pensar que tenho que ir à luta e todo dia uma labuta diferente disfarçada de leão mas o controle de tudo isso não está na minha mão. Me ausentar por um período seria egoísmo? Devo pensar em mim? Mas toda decisão que eu tomar, vai respingar em quem me cercar.
Permaneço sem ter a resposta aí bem no fim das contas eu finjo e acredito que nada disso tem importância, lanço ao mar e quando tudo está com um ar de tranquilizante. Me vejo no inferno de Dante!
Caiu do terceiro vários dias
Subiu aos céus, mas nada havia
Sua labuta era comer
Sem deixar nada por acontecer
Magrela de nome
Ainda que não tivesse fome
Jaz agora,
Não sei aonde
