Labuta
Nobre formiga
Muito cedo eu me acordei
E dei de cara com ela
Em sua eterna labuta
Inutil briga perdida
Por vida
Que não lhe pertence
Não liga pra quem a perde
e tampouco também lhe importa
Quem vence
Só luta
Tal modo, tão desprendida
Quão desprovida de nada
Que quase que me convence
a tentar imitá-la
Pobre cigarra
Se agarra a um sopro de vida
No galho da rama amarga
Vida afora se lastima
Em formato de canção
Pequena oração que não rima
E às vezes se cala
Até secar-lhe o coração
Pouco lhe importa
Quem colhe...ou quem planta
Só canta sua curta existência
Pra depois quedar, desarvorada
Acercada ao meu quintal
Onde a pequena rosa
Não tece e nem fia
desafia o mundo e a sua lógica
Num trágico colorido
Que aflora, monocromático
E de forma um tanto imprecisa
Quando é manhã
Meu triste olhar ela alisa
Prepara-me as vistas
Pr'outro longo dia
Sorumbático e sem conquistas
Tanto faz se as tive ou não tive
No tempo, hoje automático
Por pouco que não me contive
A tentar procurá-la
Num lugar onde não se a encontra
Nada se parte, nada se fica
Se possível, um tanto assim de arte
Não me importa se ela é ruim
Fraco sopro de vida que assim corre em mim
Um dia ainda há de ser boa
Enfim, sei que hoje é outro dia
de vida a viver-se à toa.
Edson Ricardo Paiva.
Bendito seja o sertanejo esperançoso, esgotado, ainda que de tanto trabalho.
Não desanima da labuta na terra, na alegria de plantar pra comemorar seus frutos como dádiva divina.
Satisfeito do seu cansativo dia, o sertanejo retorna pra casa com seus cestos fartos de frutos de um abençoado trabalho de um humilde sertanejo que aprendeu com a terra a dignidade do trabalho.
O destino é um palpite, um intrometimento do tempo que determina conforme labuta sua aptidão é um palpite do vento, que arrebata os passarinhos pro céu.O destino particularmente é uma partícula dentro do universo do nosso coração, aquele que muitas vezes é tão pequeno que só comporta uma formiga...Já outros têm dimensão universal e comporta eternidades de amor de saudades...Em nossas loucas teorias destino é prática e se põe em prática dia a dia.
segundos, dias, anos... estórias, histórias...
O tempo redigindo a vida, a vida memórias;
labuta, conquistas e danos
e assim, oratórias e planos
É ser agradecido, sonhador, forte nos desenganos;
frágil, humano... Ser verso, poesia.
Ter Deus na tristeza e na alegria.
buscar harmonia...
humor!
Um novo itinerário, mais um aniversário!
Embrulhado com amor...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
27 de fevereiro.
O homem que viveu hoje jamais será o mesmo amanhã, a labuta e experiências, a cada dia nos tornam pessoas melhores ou piores, seu sucesso na vida só depende de quem você quer vir a ser.
A labuta do sertanejo, para trazer para casa o pão,
a espera pela chuva para fazer a plantação,
a resistência na seca sem de sua terra se ausentar,
a fidelidade pela cultura e o amor pelo lugar,
me tocam profundamente ..... e aqui quero esboçar,
que desejo ardentemente par o sertão me mudar.
GRATIDÃO
Cada milímetro de uma gratidão demonstra a
Intensidade de uma alma, que labuta dentro
De cada um de nós.
A sua opinião me faz despertar diariamente na minha labuta?
A sua opinião coloca o meu café na mesa?
A sua opinião me leva ao meu trabalho?
A sua opinião faz render o meu trabalho?
A sua opinião consegue amenizar o meu cansaço físico e mental ao findar o dia?
A sua opinião paga as minhas contas? Coloca o almoço e a janta na minha mesa?
A sua opinião enxuga minhas lágrimas? Faz amenizar os sofrimentos?
A sua opinião me deixaria rico? Talvez menos pobre?
Se a sua opinião nada me acrescenta e não é benéfica, então não de a sua opinião!
Tenho na alma a essência da força
de uma guerreira que não foge da
luta e que labuta sem cessar para
vencer e crescer
Esses dias estava no exercício da labuta a pensar, meu amor é tão grande, é tão grande que vou exercitá-lo mais em mim, não vou exercitá-lo em pessoas que têm medo de olhar nos meus olhos sem remorso e falarem o que pensam, isso não dói, se dói eu esqueci essa dor, se tens coragem como diz, fala nos meus olhos o que pensas sem medo, sem ódio ou amor.
Mãe concurseira guerreira,
Exemplo de luta, sempre na labuta. Vive com amor e paixão, sem perder a concentração. De dia a peteca, de noite a biblioteca. Na mão esquerda o boneco, na direita o vade mecum. Com merendeira ou mamadeira jamais perde de vista a carreira.
Nas veredas do Sertão, habita um bravo que tem como seu trabalho a labuta com boi, homem forte que levanta na madrugada fria, desfrutando do frescor da relva, guerreiro incansável, homem de fé que agradece a Deus por estar vivo, vai levando sua vida humilde ao lado da sua família, assim é o Vaqueiro do Sertão.
CLASSE TRABALHADORA
Carrega nas mãos alguns calos;
Da luta diária,
Labuta,
Trabalho.
E quando cai a noite,
Em seu leito precário
Se deita em descanso do seu malho
E a noite é quente-
Em seu barraco.
Antes que a vela se apague no sopro
Traga o último gole amargo
O gosto, seu suor operário.
E a luz que ilumina bem pouco-
Clareia em seu rosto ferrado
Vestígios da fome que tem seu salário!
A GENTE (Mulher)
A gente vai à luta,
faz as malas,
vive na labuta
e até engole bala...
A gente paga mico,
passa maquiagem,
vai ao circo
e come bobagem...
A gente vara a noite,
perde a hora,
pega o açoite
e muito chora...
A gente vira bicho,
enfrenta o soldado,
faz tudo no capricho
e não pega mau olhado...
A gente vira no avesso,
faz estrepolia,
pula o tropeço
e não perde a alegria...
A gente se apaixona,
topa casamento,
fica bobona
e muda o argumento...
A gente pari filho,
cresce por dentro,
vence empecilho
e aceita o sofrimento...
A gente se arrisca,
recomeça a sonhar,
aí se belisca
e não quer acordar...
A gente abraça o mundo,
pensa na idade,
vive cada segundo
e sente a liberdade...
A gente faz regime,
cuida da flor,
tem gesto sublime,
e sabe bem o que é AMOR...
08/03/15
mel - ((*_*))
Labuta: não reclamemos por tê-la, louvemo-a até a morte em premência de sua falta, submissão e nescidade. Minhas costas ardem, pés e mãos sangram sem os espargidos pregos.
