Labuta

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O trabalho não é uma maldição, mas a labuta é.

Soneto XXVII

Cansado de tanta labuta, corro para a cama,
O caro repouso para os membros fatigados de tanto viajar;
Mas começa então uma viagem mental,
Para cansar minha mente, quando já se esgotou o corporal:
Pois então meus pensamentos (desde longe onde me quedo)
Começam zelosa peregrinação até ti,
E mantém minhas pálpebras a cair completamente escancaradas,
Fitando a escuridão, que os cegos miram:
Só que a visão imaginária de minh'alma
Apresenta a tua imagem ao meu olhar sem visão,
A qual, tal qual joia engastada na noite horrenda,
Torna linda a negra noite e sua velha face nova.
Assim que, de dia meus membros, de noite minha mente,
Para ti e para mim, não encontram descanso."

Todos querem a vitória, mas a grande maioria desiste da labuta.

⁠Sou mulher
Sou guerreira
Sou negra
Sou de luta
De labuta
De sorrisos
De amores
Sou de lágrimas
Sou de canto
De encantos
De sabores
Minha pele
É meu manto
Meus cabelos
Minha identidade
Não me omito
Não me escondo
Sou negra
Sou preta
Sou
Sou um ser humano
Que quer liberdade
Igualdade
Respeito
Que quer seguir adiante
Retroagir
Ir para a esquerda
Ou para direita
Usar longo
Ou um short curtíssimo
Cabelo afro
Ou cabelo liso
Doutora ou dona de casa
Ser vista
Como cidadã
Que não precisa ser isso ou aquilo
Que quer simplesmente escolher seu rumo, seu prumo...
E a cada dia se construir como bem lhe aprouver

Sem sacrifícios não há conquista, sem labuta não há riqueza, sem investimentos não há empreendimentos.

A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos.

⁠O Sol
(Poeta e Filósofo Brasileiro Sidarta Martins)

Sempre a olhar
A chuva a molhar
A rua que encalha
A vida que malha
O homem que falha...
O homem que vive
No fio da navalha
Se molda e se talha
Ao pé da fornalha
Aquece e escurece
A calha, que falha
Co’a chuva que encalha
A vida sofrida
Dos homens!
Dos homens sem nome
Que buscam, rebuscam
Enganam e se enganam
Ofuscam-se ao sol
Ao sol que olha
A chuva
Que molha
A rua que encalha
Encalha e atrapalha
A vida dos homens
Dos homens sem nomes
Que buscam, rebuscam
Que sofrem e talham
Ao fio da navalha
A labuta diária
E a própria mortalha.

Pagar pra ter cultura, saúde e proteção,
Lutar para sobreviver cada dia é um dragão,
Da labuta a penúria a árdua vida da nação,
Tirar da mesa e por na igreja
Esperando salvação.

O choro preso na garganta que inflama,
O grito mudo trancafiado no pulmão,
Colhendo frutos que alimentam a esperança
Como alimentos garimpados no lixão...

À vida, constante labuta
assim serei, vindo de pedra bruta
e meus tropeços não me exclui da luta...

Há mais contentamento e leveza na labuta diária quando nos permitimos, mesmo que de relance, perceber no entorno as belezas que a natureza nos oferece. Há mais sonhos, em meio a lida da vida, quando transcendemos as suas questões práticas e rotineiras.
Ah! Como há mais frescor quando nos permitimos realizar pausas mentais e por instantes nos distanciar e sentir a presença da energia mais poderosa do universo: o amor.

Sobre o roceiro:
Dizem que nóis é Jacu
E até que nóis é burro
Burro tem muita serventia
Labuta por todo dia
Não tem tempo pra frescura
Trabaia de sol a sol
Pra sustentar os cheios de "Curtura"
Porque se nóis num trabaiá
Sua barriga vai roncar
Vai ficar cheia de ar
E ocê vai pra sepurtura.

Abraço dos Filhos...

Cansado, exausto, só pó,
Após outro dia de labuta.
Até abrir a porta de casa
Torna-se difícil, uma luta.

Mas assim que adentro,
Na penumbra, pela sala,
Ouço as vozinhas: papai!
E sinto algo que avassala!

E envolto pelos bracinhos,
Finalmente suspiro, respiro.
Fecho olhos, abro sonhos.

E ouço até mesmo sininhos.
Viajo longe, até quase piro...
Doce abraço de meus filhos...

ATITUDE



Nestes dias turbulentos,
de labuta e de pressão...
Já não sobra ao coração
o melhor dos sentimentos.

Uns melhores, outros não,
são assim nossos momentos...
Cabe a quem move talentos,
transformar tudo em paixão.

Que se dê mais atinente
todo instante de incerteza
para que, solidamente,

se constate essa proeza...
Se o coração se ressente,
seus talentos, ponha à mesa!

Na Luta,na Labuta, na Tributa;
Ligeiro, lépido e fagueiro.

Juristas legítimos são aqueles poucos que resolveram abraçar a Justiça e fazer do sua labuta, independente de togas, diplomas e vaidades, instrumento efetivo de semeadura da legalidade, equidade e misericórdia. Os demais apenas barganham com o Direito.

O sol se pôs, para muitos é o fim da jornada da labuta, para outros é o começo.

O sol se pôs para uns irem para seus lares descalçar os pés da dura caminha e repousar para esperar o outro dia para mais um dia de luta;

O sol se pôs para outros buscarem na noite vagarosa o sentindo da vida: luta para sobrevivência contando os vis metais, e não interessa se são poucos ou muitos os contos, o importante é sempre lutar por eles com a dignidade que convém a cada um.

Com esperança que sua noite, na luta ou no descanso, seja maravilhosa, deveras te digo:

Boa noite!

⁠Como é bom descansar à sombra do altíssimo após um dia de labuta! Saber que temos como guardião o nosso amado Deus. Pai, graças de dou pela família, pelos amigos, pelo pão de cada dia, o conforto de um lar, pela sanidade, a saúde, por mim, família e amigos. Rogo bênçãos a cada um. Glorificado sejas tu hoje e para toda a eternidade. Amém!

“...buritizeiros são testemunhas poeirentas.
Emprestei na roça tempo e gosto na labuta
Junto aos afazeres que eram sua luta
por entre o memorável frescor das bentas.
Dulce, me empenhou o sabor do jenipapo
entre quantos pulos no Corguinho Doce
e contudo se isso suficiente não fosse
do sentido da bondade não me escapo.
No mundo então onde um rei não mais enxergo
Nem pelas veredas com cheiros de rês no pasto
ela, tia, que me ensinou temor e respeito vasto.
Discernir o ruim do bom onde me aqueço e ergo
Sua falta é agora para onde me rumo
com olhar vazio pela falta que se instala.
Posso talvez sofrer pela morte que apunhala,
mas certamente há um lugar de seu aprumo..."

Inserida por Virgilio_Silva

Mãos que aram na fértil sementeira do bem, sob a labuta voluntária do amor e da cristandade, sois vós a grande marca na elevação dos tempos que se aproximam, através dos "pólos" que hora já se constituem daquilo que hoje chamais de energia "quântica"...O restabelecimento da identidade, enquanto luzes reflexivas que se auto-definem no universo da arte, e através da harmonia, se estende infinitamente por todos os mundos... Inicia-se na centelha do Divino, que dá razão a "ideia"... Esta, percorre as malhas da beleza, dando lugar a rica poesia, e daí florescem os espetáculos na maestria celeste, através dos sons que curam, das mensagens que enobrecem, dos sentimentos que despertam no coração das galáxias... "Movimentos" são convertidos em fluidos, e esses meus amados, são transformados em reação imediata à serviço do Ser e do próprio Orbe...À cada segundo de existência, escrevemos valiosas linhas na nossa História, que para a eternidade, são nada mais e nada menos, que milhares de milhões de anos de "Composição"... Pois viemos daquele que deu "luz" à Luz, saciou a primeira fome do "desconhecido", nos dando lugar a esperança que nos acaricia em sonhos; mostrou não apenas que uma "montanha" pode ser removida, mas principalmente, que somos capazes de construir belas "planícies"...

Inserida por sandronadine

Preta
Preta cansada da luta
levanta e labuta pra se sustentar
Mesmo cansada e sem tempo
Arruma um jeito pra poder sonhar
No caminho do trabalho pensa
num atalho pra viver seu sonho.
Mas o mundo em que vive
silencia e sabota seus planos.
Sem dó abrem as feridas
Sem te conhecer julgam sua vida.
E isso te faz chorar
Lembra dos traumas e da solidão
do vazio que sente no seu coração.
Lembra dos olhares e do julgamento
Daqueles que te objetificam sem nenhum ressentimento
Sem saber da sua história e e de todo sentimento que você tem pra dar.
E esse turbilhão de pensamentos
Gritam pra você desistir.
Mas você seca as lágrimas e
não se permite cair
No apse do desespero exclama.
Preta segue em frente e se ama
Acredita no amor e não deixa de sonhar.
Num diálogo interno ela reclama
Pra que se amar se ninguém me ama.
Sempre me quiseram só pra cama
Não me sinto amada
e me tiram o direito de amar.
Olhando pro céu ela súplica
Será que eu mereço essa vida.
Cheia de incertezas, sofrida
Deus me ajude a continuar
Me ajuda a encontrar o meu caminho
Dá clareza pra concluir o meu destino
Que não está ao meu favor
As relações superficiais
só me mostram a existência do desamor
Por causa da minha história e minha cor
Que insistem em ignorar
Escuta minha prece e me ajuda
a entender meu caminho e minha luta
E que ninguém além de você
tem o direito de me julgar.

Inserida por keti_juriti