Lábios
Ninguém jamais – Prosa
Menina, quem mais olha assim, como eu olho para você?
Tenho certeza que ninguém pensa em você, do mesmo jeito que eu penso.
Quem mais pensa em você a todo momento?
Ninguém jamais desejou estar ao seu lado, tanto quanto eu desejo todos os dias.
Quem mais a faz sorrir assim, de uma forma tão natural e descontraída como eu?
Ninguém consegue me fazer sentir tanta vergonha e timidez assim, como você.
Quem mais se derrete todo quando está em seus abraços?
Quem mais age como um menino mimado, que vive pedindo o seu colinho, querendo carinho e atenção a todo o momento?
Quem mais fica bicudinho, quando não consegue ficar um minuto sequer, com sua atenção voltada toda para si?
Ninguém jamais a tocou do mesmo jeito que eu a toco, fazendo-a sentir o quanto é desejada.
Ninguém jamais teve esse privilégio, de você se desarmar completamente e, permitir essa proximidade que eu tenho com você.
Alguém já a abraçou assim, com essa mesma intensidade que eu te abraço, sempre que me permite?
Ninguém jamais sonhou tanto com você, como eu sonho todos os dias acordado.
Quem mais, em um beijo, se sentiu totalmente anestesiado, assim como eu me sinto toda vez que encosto os meus lábios nos seus?
Quem mais, de olhos fechados, fica a esperar pacientemente a aproximação de sua boca?
Ninguém jamais beijou o seu rosto da mesma forma que eu.
Além de mim, ninguém jamais beijou sua cabeça, com o mesmo amor e desejo verdadeiro no peito.
Me diz...
Alguém já deu um beijinho na pontinha do seu nariz?
Se sim, tenho certeza, que nem passou perto de sentir a ternura que sinto, todas as vezes que o faço.
Alguém já acariciou o seu lindo queixo?
Quem mais teve a chance de beijar o teu desejável pescoço?
Alguém já a fez sentir arrepios, com palavras vindas originalmente de dentro do próprio coração?
Ninguém jamais beijou os seus lábios, assim como eu.
Ninguém jamais te desejou, tanto quanto eu desejo.
Ninguém mais espera todos os dias por seu olhar, assim como eu.
Ninguém jamais a tocou, como eu a toquei.
Ninguém jamais a amou, como eu te amo.
Ninguém jamais a esperou assim, tanto quanto eu te espero, todos os dias.
Quem mais escreve assim para você?
Ninguém, jamais!
O último brinde
Bebo à casa arruinada,
às dores de minha vida,
à solidão lado a lado
e à ti também eu bebo –
aos lábios que me mentiram,
ao frio mortal nos olhos,
ao mundo rude e brutal
e a Deus que não nos salvou.
''DIGITAIS DE MEU S LÁBIOS'
Embaixo desse céu estrelado que nos cobre como um véu
Meu desejo é te amar e que a noite nunca termine...
Que nosso amor germine crescendo até alcançar o céu.
Nessa noite estrelada vou
Beijar teus lábios doces como mel, depositando neles a marca dos lábios meus.
Acariciar te deixando em ti as digitais dos lábios meus
Como se fosse uma tatuagem as digitais dos meus lábios nós teus .
Quero sentir seu corpo no meu e que nossos braços faça o eterno laço.
Te amo !
Te quero ao meu lado !
Te quero para sempre junto a mim .
Você está em cada verso que componho
Te vejo em cada flor de meu jardim .
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
O sorriso dos lábios, muitas das vezes esconde o choro profundo do coração, que é transparecido no olhar.
O que não daria eu...
Num dia sem data...
A sentar-me em uma mesa...
Com aqueles que um dia me amaram...
Hoje tenho os lábios secos...
Os olhos marejados...
E arde-me a cabeça...
Do tempo passado...
O presente é todo o passado...
E também é todo o futuro...
Prossegue a música...
Entra mais na alma da alma...
E a lembrança é que entristece...
Essa terra de ninguém...
Espreito então pelas janelas de outrora...
Coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar...
Tal a sorte às cegas...
Da nossa existência...
Ter e não perceber o valor que tem...
Perder e então compreender...
Feliz é aquele...
Que sabendo o que tem...
Ama e não se enlouquece...
Quando tudo se vai...
E nada mais vem...
Sandro Paschoal Nogueira
"Às vezes, o homem tem vontade de nunca acordar.
Não pela morte em si, mas pela vida e alegria, que existe em sonhos, que mil anos de realidade, jamais trará.
Em meus sonhos, sei bem o que há.
É ela, ela que sempre está lá.
Com um sorriso de incendiar a alma, de lábios vermelhos e cabelo preto, a me esperar.
Por vezes, no meio da noite, desperto atônito, suando frio, sem ar.
Algumas vezes, busco-a em meio aos lençóis e ela não está lá.
Outras, desperto com os olhos inundados, à lacrimejar.
Meu pranto, minha mazela, é sempre pelo mesmo motivo, amaldiçoo o meu despertar.
Minha realidade é maldita, porquê ela não está lá.
Não consigo, ela, encontrar.
Então, deito de novo, rogando para retornar ao doce sonho, desejando, assim, jamais acordar..."
Como estão os lábios que o meu beijo destruiu,
O néctar roubado, o desejo que sucumbiu?
Como está o rosto que o meu fogo queimou,
A face em chamas, o ardor que não cessou?
Como está o corpo que o meu treino cansou,
A pele marcada, o vigor que se esvaiu?
Se o lume arde alto, espero que ele não nos consuma,
Mas que eleve nossas almas, em chama e bruma.
Um encanto que fascina,
Beleza rara, alma cativante,
Sorriso que ilumina,
Lábios que atraem, ímã incessante.
Mente sagaz, ironia fina,
Graça que emana, luz diamantina,
Tesouro raro, de valor inigualável,
Seu afastamento, um enigma impenetrável.
Um mundo só nosso, de cumplicidade,
Entrelaçados em afeição e eternidade,
O tempo, cruel, em corredeiras a fluir,
Deixando a melancolia em meu ser a ferir.
Que a felicidade a encontre em seu caminho,
Em cada passo, em cada destino,
Que a vida lhe sorria com benevolência,
E que o amor a envolva com sua essência.
Te beijar por inteiro, sempre
tua boca primeiro, depois pelo
teu corpo meus lábios correr.
Te sentir estremecer, buscar
de ti os mais doces carinhos,
te amar devagar, bem de mansinho.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras o Brasil
Membro da U.B.E
Me afague em teus abraços
Deixe-me provar o mel dos seus lábios
Com corpos entrelaçados
Fogo que passa pelo nossos braços
Olhos nos olhos, desejos sólidos
Lindo sorriso, confesso
Sorria para eu ver seus gestos
Flor de lis assim que me expresso.
Meu olhar fitou o teu
enquanto a ponta dos meus dedos
passeavam pelo teu corpo nu.
Minhas mãos envolveram teu cabelo
enquanto minha língua deslizava em teu pescoço.
Teu corpo colado ao meu
se aquece com meu calor.
Teus lábios de mel tocaram os meus
enquanto minhas mãos se encaixavam em tua cintura.
E assim, nos envolvemos em uma chama de amor.
Lábios desagradáveis
Em geral.
Mesmo assim.
Língua infernal.
Sensibilidade zero.
Nada mais espero.
Aliás, refaço o pensar.
Que realmente exista em algum lugar.
A donzela sensata.
O patrão humilde.
O amigo prudente.
O irmão sempre sorridente.
Mas.
A sociedade mata.
Pois, os lábios são desagradáveis.
Uma pena que eu entre nessa dança.
Também, o medo que dá vazão.
Em algum momento a coragem emerge.
Sim.
Poesia com palavrão, não é meu perfil.
Mas a sociedade intolerante.
Sociedade intransigência.
Sociedade que julga.
Não queria.
Mas vou dizer.
Tem que tomar no olho de thudera.
Sou paz e vivo guerra.
O que pensa ser, ter devera.
Do pó cru.
Do pó nu.
Se não experimentou.
Tome água no sul.
Sai da mente do norte.
Situa.
A língua crua.
Que cheira morte.
Sei mais delongas.
Não perca tempo abrindo sepultura.
A esperança, a fé é minha cultura.
Que certo carrego.
Ainda que pelo medo não nego.
Línguas cortadas.
Mas os anseios, a esperança não será sepultada.
Giovane Silva Santos
Saudades de quando as pessoas colocavam sorrisos nos meus lábios ao invés de minhocas na minha cabeça!
“Lábios amáveis e sensatos planta um jardim de riquezas no ouvido do semelhante.”
Giovane Silva Santos
Seus olhos me transmitem mais sensações que seus lábios possam afirmar ou que meus ouvidos possam escutar.