Karl Marx e a Juventude
O homem faz a religião, mas a religião não faz o homem.
O sofrimento religioso é ao mesmo tempo a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o ópio do povo.
A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado.
A propriedade privada dos meios de produção deve ser eliminada, não toda de uma só vez. Mas através do imposto de renda progressivo. Esse processo poderá levar várias gerações.
A burguesia rasgou o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares e reduziu-as a mera relação monetária.
Não basta que as condições de trabalho apareçam num pólo como capital e no outro pólo, pessoas que nada tem para vender a não ser sua força de trabalho. Não basta também forçarem-nas a se venderem vonlutariamente. Na evolução da produção capitalista, desenvolve-se uma classe de trabalhadores que, por educação, tradição, costume, reconhece as exigências daquele modo de produção como leis naturais evidentes.
A história inteira não é senão uma transformação contínua da natureza humana.
Ser radical é agarrar as coisas pela raiz, e a raiz para o homem é o próprio homem.
A ausência temporária faz bem, porque a presença constante torna as coisas parecidas para que possam ser distinguidas. A proximidade diminui até as torres, enquanto as ninharias e os lugares comuns, ao perto, se tornam grandes. Os pequenos hábitos, que podem irritar fisicamente e assumir uma forma emocional, desaparecem quando o objeto imediato é removido do campo de visão. As grandes paixões, que pela proximidade assumem a forma da rotina mesquinha, voltam à sua natural dimensão através da magia da distância.
O próprio problema só se apresenta quando as condições materiais para resolvê-lo existem ou estão em vias de existir.
Nós não temos compaixão e não pedimos nenhuma compaixão a vocês. Quando chegar a nossa vez, não vamos arranjar desculpas para o terror.
Assim como na religião o ser humano é dominado pela obra de sua pópria cabeça, assim, na produção capitalista, ele o é pela própria obra de sua mão.
A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. Ela é o ópio do povo.
A supressão da religião enquanto felicidade ilusória do povo é a exigência da sua felicidade real.
Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos.
A tentativa de trazer o céu para a terra invariavelmente produz o inferno.
A possibilidade de lutar com palavras, em vez de lutar com armas, constitui o fundamento da nossa civilização.