Juventude e Política

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Pensar só em si e no presente é uma fonte de erro em política.

São poucos os políticos que sabem fazer política. Mas, quando um intelectual tenta entrar nesse meio, então é o fim do mundo.

A política é o governo da opinião.

A vitória de uma facção política é ordinariamente o princípio da sua decadência pelos abusos que a acompanham.

Toda a escrita, querendo ou não, é política. A escrita é a continuação da política por outros meios.

A liberdade económica é a condição necessária da liberdade política.

Em política não se escolhe a companhia.

É necessário que os princípios de uma política sejam justos e verdadeiros.

Tudo começa em mística e termina em política.

Em política, toda a poesia é uma mentira à qual a consciência se recusa.

O conhecimento da natureza humana é o princípio e o fim da educação política.

A política é uma pedra atada ao pescoço da literatura, e que em menos de seis meses a submerge. A política, no meio dos interesses da imaginação, é um tiro no meio de um concerto.

Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.

Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.

Vote nulo, não sustente parasitas.

TEU CORPO

O teu corpo muda
Independente de ti
não te pergunta
se deve engordar.

É um ser estranho
que tem o teu rosto
ri em teu riso
e goza com teu sexo.
Lhe dás de comer
e ele fica quieto.
Penteias-lhe os cabelos
como se fossem teus.

Num relance, achas
que apenas estás
nesse corpo.
Mas como, se nele
nasceste e sem ele
não és?

Ao que tudo indica
tu és esse corpo
-que a cada dia
mais difere de ti.

E até já tens medo
De olhar no espelho:
Lento como nuvem
o rosto que eras
vai virando outro.

E a erupção no queixo?
Vai sumir? Alastrar-se
feito impingem, câncer?
Poderás detê-la
com Dermobenzol?
Ou terás que chamar
o corpo de bombeiros?

Tocas o joelho:
Tu és esse osso.
Olhas a mão.
A forma sentada
de bruços na mesa
és tu.

Mas quem morre?
Quem diz ao teu corpo – morre –
quem diz a ele – envelhece –
se não o desejas,
se queres continuar vivo e jovem
por infinitas manhãs?

Ouça-me este conselho: em política, não se perdoa nem se esquece nada.

Machado de Assis
Quincas Borba (1892).

Em máteria de crença religiosa, política ou moral, toda contestação é inútil. Discutir racionalmente com outrém uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo. Discuti-la consigo mesmo também não a abala, salvo quando ela chegou a um grau de enfraqueciemnto tal que a sua força inteiramente se dissiopou.

Em política, perseguir um homem não é apenas engrandecê-lo, mas também justificar-lhe o passado.

Reconhecer os nossos próprios erros para desenvolver naquilo que for necessário é sinal de maturidade. Façamos bem a nossa parte para juntos fazermos um grande futuro.