Juventude e Política
Em Angola temos democracia, temos consenso, temos democracia parlamentar. Então o que podemos não ter em determinados casos é unanimidade, mas democracia parlamentar temos.
As pessoas muitas vezes não sabem ou não conseguem distinguir que a questão não está na legitimidade do Governo - porque a legitimidade é dada no momento em que o partido sobe ao poder e a escolha é feita pelo cidadão. O que importa é o que chamamos, em termos de Direito, discricionalidade, ou seja, as opções de escolha do Governo.
Em termos do princípio da discricionalidade, o poder executivo pode escolher fazer uma coisa ou outra desde que isso esteja em conformidade com a lei, e consoante às suas vinculações. Isso quer dizer que o que nós podemos criticar é apenas a forma das escolhas administrativas do Estado, onde, por exemplo, o Estado abriu poucas escolas, poucos tribunais, onde deveria abrir mais, ou fazer mais. Não está em jogo a sua legitimidade parlamentar ou a legitimidade de governar.
A identificação supera a analogia; a analogia supera argumentos racionais; e argumentos racionais não superam nada.
Quem nunca participou de uma campanha no Nordeste e, sobretudo, em cidades menores, não tem ideia do que é realmente uma disputa em campanhas eleitorais.
Fomentar ideologias políticas idiotas, na cabeça de pessoas politicamente idiotas, deveria ser crime hediondo
A evidência empírica sugere que as pessoas que mais estão dispostas a pagar pelos custos pessoais (em termos de tempo e esforço) da participação [política] são aquelas com as opiniões mais extremas. Os extremistas têm interesse pela política e tendem a ser os mais insatisfeitos com o status quo, e por isso tendem a ser os cidadãos mais altamente participativos.
O único condenado injustamente que eu conheço foi Jesus Cristo. Pena que ninguém defende ele como defende os políticos.
Eu não acredito no político brasileiro. Eu não acredito que as soluções para os graves problemas do Brasil saiam da política brasileira.
No Brasil atual, todos estão contra o próprio país. O grande problema do Brasil é o próprio brasileiro.
CÉLULAS CANCERÍGENAS
Os últimos desdobramentos da crise do Senado Federal são deprimentes. Não se trata apenas de crise política, mas também de crise ética e moral da maior gravidade.
Presenciamos acusações e provas recíprocas de desvios de recursos públicos, de nepotismo, de falsidade ideológica, de peculato, de atos secretos etc. que, além de transgredirem o chamado decoro, são consideradas crimes pela legislação penal brasileira.
O pior é que, no Brasil, tudo dá em nada, ou melhor, dá em pizza, como inconsequentemente se denomina a impunidade nesse país sem escrúpulos.
Será que é justo manter milhares de famintos, analfabetos e miseráveis criminosos na prisão, enquanto políticos bem mais ofensivos à nação ficam impunes? Não estou defendendo marginais, mas não podemos ter dois pesos e duas medidas.
O Brasil tem uma política lamentável quando se trata de ética e de moral, e chegou ao fundo do poço com as últimas ocorrências. Os atos criminosos foram oficializados com total apoio das mais altas autoridades do país.
A passividade dos brasileiros deixa de ser uma virtude e passa a ser uma grave doença quando se tolera atos criminosos. A delinquência como prática comum e inerente às atividades políticas se torna células cancerígenas.
Dizem que tenho uma visão ingênua da prática política. Pode até ser que seja essa a minha visão, mas muito pior é a visão POLÍTICA CORRUPTA.
Se queres ver uma sociedade justa, quebre o silêncio que o comodismo trás e seja a voz atuante onde podes ser.
Quando optamos por não escolher um candidato, estamos, indiretamente, contribuindo para manter a situação existente.
Não importa quem elejamos, haverá problemas. O importante, então, é escolher quais problemas queremos enfrentar.
A discussão sobre em que momento se dará a prisão é importante, mas o foco não deveria ser em como evitar que tais crimes fossem cometidos?
..."Os bons serviços públicos são grandes conquistas sociais e uma demonstração convincente de que uma sociedade de fato evoluiu." ... Ricardo Fischer
Tentar completar um quebra-cabeça com a certeza de peças faltando é assinar o atestado de insanidade.