Justiça
Se for verdade que a Justiça é cega, não é menos verdade que a Natureza, ao retirar um dos sentidos, aguça os demais.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
O advogado é uma voz solitária que clama por todas as vozes silenciosas.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
A estrada que nos leva à Justiça é longa, estreita e acidentada. E por essa estrada todo advogado está destinado a trilhar. Mas, semelhante a um peregrino no “Caminho de Santiago de Compostela”, em busca da iluminação interior, somente andará aquele que, lembrando o Cristo-Advogado, se fizer o sal da terra; o sal da terra que a tudo e a todos dá sabor; aquele que se fizer a luz do mundo, empunhando a tocha da liberdade; aquele que empunhar a candeia do ideal, iluminando as sombras da dúvida.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Na minha vida de estudante de Direito, e depois como advogado, percebi que muitos colegas nutriam forte inclinação para as disciplinas de Direito Penal, Direito Civil, Direito Tributário, entre outras. Pouquíssimos, porém, pelas disciplinas de Filosofia do Direito, Sociologia e Linguagem Jurídica. Com isso, conheci alguns colegas que se destacavam como excelentes “Engenheiros do Direito”, já que manejavam a Lei, a Doutrina e a Jurisprudência com excelência, construindo, desta forma, uma sólida base processual. No entanto, muito poucos se destacaram como “Arquitetos do Direito”, transformando as peças processuais em verdadeiras “joias jurídicas”, dessas que emolduramos, para a memória perpétua do Direito.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Se pudesse recomendar alguma coisa a um advogado iniciante na carreira, recomendaria que ele tivesse dois corações: um somente dele, para bombear o sangue do corpo e manter-lhe a vida; e outro, para suportar, heroicamente, todas as dores da humanidade, pois todo advogado deveria ser, ao mesmo tempo, o soldado que luta e o médico que cura.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
O verdadeiro advogado é, na Grande Construção do Direito, o humilde ajudante de pedreiro, que carrega os tijolos e prepara o reboque; o pedreiro, que levanta as paredes; o engenheiro, que desenha a planta e supervisiona os trabalhos e, finalmente, o arquiteto, que, no acabamento final da obra, com o cinzel da sensibilidade, dignifica o sofrimento humano.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Ao advogado, em todas as lides, sempre se descortinam dois caminhos: o do Direito e o da Justiça. O do Direito, com terno e gravata, ele o trilha por meio das leis, da doutrina e da jurisprudência; o da Justiça, com a beca, por meio da coragem, a “luta constante, a lealdade e a tolerância, a paciência e a fé, o esquecimento dos rancores pelas últimas batalhas e o amor à profissão”.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Ética e Moral: eis dois nortes da bússola que todo advogado deve levar consigo, ao navegar pelos mares da advocacia. Nenhum profissional do Direito, ao chegar às portas da Justiça, será anunciado pelos arautos dela se se apartar da ética e da moral, pois, mesmo que venturoso, não terá o lastro da consciência, hábil a manter certa a rota de seus deveres.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Há muitos advogados éticos e morais. E muitos, por assim o serem, são vilipendiados pelos rábulas; por aqueles que, andando pela “estrada larga da perdição”, desdenham os seareiros da primeira hora. Mas, ainda que na angústia pela sobrevivência material, e espezinhados pelos maus, hão de ter em mente seu papel de excelência num mundo de aparências e desencontros. E, apesar de todas as feridas das lutas pelo Direito, estarão fadados à felicidade, pois, afirmava um sábio francês: “Só são felizes os que sabem que a luz que entra pela janela, todas as manhãs, vem iluminar a tarefa justa que lhes está reservada na harmonia do mundo”.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Obs.: O sábio francês citado é Guilherme Boulle de Larigaudie.
Um advogado comum grava seus arrazoados nas páginas de um papel. Um advogado extraordinário, nas “Tábuas da Eternidade”. Alguém pode ser um advogado comum e, enriquecendo materialmente, viver uma aposentadoria tranquila. Mas, um advogado extraordinário, ainda que vivendo comedidamente, será, para todo o sempre, um Farol a iluminar aqueles que se perderam nas sombras.
(Pensamentos soltos na brisa das tardes. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2013)
Não somos justos o suficiente para fazer justiça com as próprias mãos. Se você foi injustiçado, ou você mereceu ou precisava passar por isso para aprender. A justiça é divina, o injustiçado uma hora será recompensado e o injusto colherá os frutos que plantou. Não há nada a ser feito, apenas espere e faça sua parte, deixe que a justiça divina se encarregue em fazer justiça por você!
A corrupção existe sem o aval da justiça, mas se perpetua quando há cumplicidade daqueles que a servem.
Que Jesus em tua vida, seja a verdade;
Que em tua mente, seja a justiça;
Que Jesus em teu coração, seja o amor;
Que em tuas mãos, seja a caridade;
Que Jesus em teus pés, seja a direção;
Que em teus olhos, seja a esperança;
Que Jesus em tua boca, seja a gratidão;
Que em teu lar, seja a luz;
Que Jesus em tua família, seja a união;
E que em teu destino, seja a estrada, cujo caminho leva à felicidade eterna.
Sobre a justiça e a misericórdia
Vejo que ninguém entende o que significa justiça, e todos acham que lutam por ela sem sequer saber qual o lugar de cada um no mundo e na sociedade. Causa-me espanto quando vejo adulterarem a essência da misericórdia, deformando-a em favor de uma promiscuidade relativista, alienante e segregadora.
Não é fácil fazer uso da Justiça no Brasil. Em quase todas as etapas do processo deparamos com a corrupção entre os profissionais que atuam na área. E o mais perigoso de todos é o advogado que defende o cliente...
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia." Sl 37:5-6
Reflitam...Em quem depositamos a confiança quando perdemos o chão ? Quando tudo parece perdido, não vemos uma saída lógica, o que imediatamente pensamos ? "Ah se eu tivesse dinheiro", "Ah se eu tivesse saúde", "Ah se eu tivesse um marido"... ou "Ah se eu fosse mais íntimo de Deus poderia ouvi-lo melhor". Sejamos sincero, aonde esta nossa segurança ??? A palavra diz, confia nEle e Ele tudo fará, fará sobressair a justiça dEle como luz (Deus, o que é justo para Ele, e não o que nós achamos justo) e o teu direito como sol ao meio-dia (direito adquirido segundo os princípios de Deus e não o nosso)...e ainda teimamos em fazer com a força dos nossos braços ???
Enquanto a justiça dos homens vive plantando provas a favor da perversidade do sistema, Deus planta a justiça contra o sistema perverso.
Muitos buscam e clamam por Justiça, mas bem poucos a encontram. Além de cega, ela tornou-se surda e invisível.