Justiça
Ao mentiroso de plantão.
Dê o recebido na intimação do Tribunal de Justiça, estão à sua procura!
Será a oportunidade de provar, em juízo, as mentiras e ódios que espalha!
Deusa (In) justiça
Túnica branca, quase negra,
a Deusa espreita por baixo da venda.
No decote, o vil metal brilha,
e a balança cede ao peso de risos.
Nas sombras da lei, dançam os hábeis,
tecendo subterfúgios como teias emaranhadas,
obstruindo os caminhos da justiça,
colocando pedras na engrenagem do ser.
Os defensores não defendem;
evadem a justiça de qualquer jeito possível,
onde a verdade se perde em palavras vazias,
e a inocência é um jogo, não uma luz.
O tempo, nos tribunais,
gasta-se em voltas lentas,
como quem espera o mar secar.
O réu, cheio de poder e ouro,
ri-se no escuro,
onde os seus passos não fazem eco.
Com cada manobra, o tempo se estica,
os processos arrastam-se como fardos pesados,
enquanto o réu sorri,
a justiça, refém de artifícios.
Os outros, pobres diabos,
arrastam-se pelas pedras da espera,
respirando poeira e esperança gasta.
Aqui, ninguém paga a fatura,
resta esperar pela justiça divina.
E assim, a balança pende,
não pelo peso da justiça,
mas pela habilidade de quem sabe jogar,
de quem faz da lei um jogo de cartas.
Usar a posição, status ou função como ferramenta de justiça egoísta só mostrará o quanto distante se estar de Cristo!
O coração da justiça é dizer a verdade, vermos a nós mesmos e ao mundo como somos, em vez de como gostaríamos que fôssemos.
Não tenho tempo a perder julgando ou condenando as pessoas. Isso é papel da justiça e de Deus. Estou aqui para somar e não dividir!
A compaixão, sozinha, é a base efetiva de toda a justiça livre e de toda a caridade genuína.
A compaixão é a base da moralidade.
Há no fundo das almas um princípio inato de justiça e de virtude, com o qual nós julgávamos as nossas ações e as dos outros como boas ou más; e é a este princípio que dou o nome de consciência.
Não se faz justiça tirando a vida de um pecador, mas sim dando-lhe a chance de andar na direção da Luz.
A autoridade da justiça é moral, e sustenta-se pela moralidade das suas decisões.
“Os frutos de justiça tem que existir na vida do cristão, mas é fruto da Justiça de Jesus na nossa vida, e não das nossas próprias justiças, pois quando a graça de Deus vem sobre o homem, automaticamente ele produzirá frutos da graça e do favor de Deus, ou seja, ele será uma árvore frutífera”. (Pr. Daniel)
“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”. (Mateus 3:8)
"Considerem: uma árvore boa dá bom fruto; uma árvore ruim, dá fruto ruim, pois uma árvore é conhecida por seu fruto. (Mateus 12:33)
Nunca tente ferir seu próximo injustamente, porque a justiça de Deus rebate qualquer cilada do inimigo.
A Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exato e rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo.
Juristas legítimos são aqueles poucos que resolveram abraçar a Justiça e fazer do sua labuta, independente de togas, diplomas e vaidades, instrumento efetivo de semeadura da legalidade, equidade e misericórdia. Os demais apenas barganham com o Direito.
A balança de Têmis, deusa que representa a Justiça, está desequilibrada. E ela também jogou fora sua espada, que é símbolo de sua força.
- comentário após decisão do STF, 11.10.17