Julgar Só Deus
“Tudo tem um motivo”; “nada é por acaso”.
As pessoas julgam os acontecimentos
em vez de compreender qual a necessidade do contexto.
Me separo dessa gente que julga, julgo da mesma maneira para me separar em pedaços, erro a cada paço pra aprender como se amarra o cadarço, só sou prejudicado pelo que me afeta, se tudo me afeta, não me preocupo com nada, meu corpo é a extensão de palavras, destravo quando tu destravas, sou reflexo do que já foi feito em algum momento, me permito sentir, porque tenho direito. Sou meu próprio verso ao relento, vivo um pensamento, sou eu que colho o que planto, fui eu quem arrumou meu arranjo, me arranjo com minha personalidade, sou mais que uma identidade, sou um dos filhos da verdade, mais uma engrenagem da cidade, estou em localidades em tempo real circulando em suas artérias travados por vias áreas, sou só mais um relâmpago trovejante, inconsciente, tipo uma escolha no espaço, fragmentos de estrelas que vivem vidas normais, olho pra vida como umum todo e percebo até aonde é possível chegar, pra que lutar quando tudo leva àdesistir? O que impulsiona sua ação? Quantos de seus amigos conhecem seu íntimo? Prefiro não lidar com tudo isso, levar uma vida promíscuo, vivendo adoidados, mas o que é normal?
O condenado é julgado pelo erro do passado. E paga até que seja perdoado. Mesmo tendo o tempo passado, sempre será cobrado. Alterando a sua imagem perante os que fazem o possível para parecerem perfeitos. Estão ocultando seus erros em prol de uma miragem aos olhos alheios.
Me sinto triste, exponho e dou a cara a tapa pro seu julgamento. Cansei de fingir que está tudo bem e ignorar o sofrimento. São dias que vão passando ao qual não estamos vivendo. A cidade
cresce, enquanto a alma diminui. Francamente, me diz no que esse plano nos inclui? Espetáculo armado pra drenar juventude, depois vem o descarte
prático: mundo líquido ilude.
Expus o que penso e dei a cara à tapa pro teu julgamento. Perdoou quem me ofende, é a libertação da minha mente.
Na teoria dos reinos biológicos, o homem se julga estar acima do reino mineral, porém a vida humana é efêmera, enquanto a rocha perdura por centenas de milhões de anos.
Jesus amava e não julgava. Ensinava e não cobrava.
Ele não se sacrificou por nós, mas sim pela verdade.
Aqueles que seguem seus passos, perseguem o mesmo caminho:o do auto-sacrifício pelo amor.
Vivo na cidade do preconceito, aqui julgamento fala mais alto que compreensão. Quem dá as cartas é o conservadorismo retrogrado, enquanto nossa liberdade vive acorrentada.
Erra completamente todo aquele que julga objetivamente nesta dimensão, o nascimento e a morte, como limites existenciais.
Eu não vim para ouvir as diversas interpretações, explicações e julgamentos humanos, vim para seguir a Lei da Vida e de Deus. Por amor e generosidade me guio.
O bem, o bom, o certo, está à mercê da necessidade, vontade e julgamento do indivíduo ou de algum grupo. Creio que o critério da universalidade kantiana não é suficiente. A base deve ser buscada na Bíblia, em Deus.