Julgamento
Julgam, comentam sobre as vidas dos outros como se a verdade a eles pertencesse, invejam e por fim - condenam!
Além da postura perversa sobre o companheiro de jornada, indecentemente, não fazem nada para libertar o condenado.
Rodrigo Gael - Portugal
Em meio as felicitações que recebi hoje, cheguei a indubitável conclusão: alguns irão transformar qualquer traço da sua personalidade em defeito, já as pessoas que você merece ao seu lado só irão exaltar-las como qualidades. Há quem me vê como marrento e frio, há quem transforma isso em decidido e sensato. No fim eu sou o mesmo para todos. A única diferença está em como cada um consegue me enxergar. As possibilidades para me definir são condicionadas as limitações da própria mente e alma de cada um.
O maior magistrado de um homem, é sua consciência, uma voz interna que julga; seu egoísmo, inveja e sua ganância.
Quem sois vos para mau falar de nos, se trazes por medo a incerteza do amor, dentro de si mesmo. A obliqua sociedade condena sem remorso pela furtiva aparência sem julgar as medidas certas e as fatalidades das verdades.
O analfabeto e idiota trás consigo a soberba de se achar bem maior, bem melhor e mais esperto que os outros, mas a vida diante de tanta esperteza sem sentido por si só sempre desperta a louca verdade e o final é triste.
Aquele que ouve sem questionar, aprende mas aquele que ouve, julgando e interpretando a verdade sob seu ponto de vista, não absorve nada do ensinamento.
A maternidade não é um projeto privado. É sempre, infinita e exaustivamente, pública.
Aquele que julga, na maioria das vezes, se ergue sobre as pernas de pau do preconceito, não tendo a estatura nem a dignidade daquele ao qual condena.
Sem perceber, vozes que gritam contra a censura têm sido as que mais contribuem para que as pessoas se calem por medo dos julgamentos.
Observar sem julgar é algo que tenho exercitado diariamente e, aposto que o Universo está orgulhoso de mim. Sou aprendiz da vida e não um amontoado de moléculas soltas ao sabor do vento. Viver também se aprende, sabia?
Não me culpo, julgo ou condeno pelo que fiz no passado, muito pelo contrário, orgulho-me. Se pudesse voltar atrás talvez fizesse diferente, talvez, mas na época sei que fiz o melhor que eu podia fazer levando em consideração as condições que a vida me deu.
Ninguém tem o direito de julgar, comparar ou menosprezar a dor do outro se não a sentiu na própria pele.
Ao contrário, do que se pensa, o defeito que apontamos nos outros serve para pôr os nossos em evidência e não os deles.
Não use as suas experiência como critério de análise para julgar a experiência dos outros. Coisas que para você foram fáceis para outras pessoas podem ser extremamente difíceis e dolorosas. Cada um sabe o peso da dor que carrega e não cabe a você se colocar na condição de juíz da dor de ninguém. O fato de você não ter vivido a história e nem ao menos tê-la represenciado já torna você inapto a julgá-la.