Julgamento
"... Em um mundo contraditório, em um tempo apressado e sem dó.
Não podemos isso. Talvez aquilo. Mas não totalmente.
Sociedade ilógica, chapada. Aceitam mas não querem. Gostam, mas nem tanto. Contraditório.
Meu corpo, meu conteúdo. Meu. Não julgue minha casa se nunca a visitou. Não me condene querido júri, não comi a maçã, mas não vejo porque não comê-la."
Patricia Volpe
As vezes tentar compreender o incompreensível é tentar compreender a si mesmo, pois tentar compreender o outro é mais fácil do que a nós, é mais cômodo julgar as atitudes do próximo e condena-lo do que olhar para dentro de si e autocondenar-se, pois sempre tentamos esconder no lugar mais profundo de nossa alma o que fazemos ou pensamos, mas parece que esses sentimentos vem sempre a tona, por mais que tentamos esconde-los eles sempre nos atormentam.
O estranhamento que te empoderas os olhos em relação ao outro, diz mais de você mesmo, do que a respeito deste outro sujeito.
Um dos maiores presentes que alguém dá à própria liberdade é aprender a julgar (f)atos e não pessoas.
Quem está num inferno que começa e termina em si mesmo, dificilmente se permitirá ajuda se perceber que a compreensão vem depois do julgamento.
Não importa quantas vezes tenhas salvado o mundo, você sempre será julgado por conta daquela formiga que matara aos dezessete.
Quem não é condescendente com seus próprios tropeços, jamais será intolerante com os equívocos alheios!
Anistia aos detalhes
Que toda pressa seja condenada
por negligência e falso testemunho
Que sejam condenados pela lei do uso e desuso
ao cárcere anestesiante do sentir
os que julgaram e utilizaram
do que eles chamam de medida “preventiva"
para disfarçar o medo de se fazer cumprir
o mandado que todo sem juiz(o) busca
Os que apressados proferiram injúrias
e emitiram pareceres
pelo que a contento lhe parecia ser
Os que se colocaram como preposto
diante dos autos da sua própria felicidade
e negaram qualquer apelação da outra parte
que não sabia pra quê servia tanto “decoro”
Só sabia que não podia habrir seu corpus
e entregar todos seus órgãos
que foram cúmplices do coração
pois tudo poderia e foi usado contra eles
Julgados e condenados a revelia
por aliciar a boca a cometer
o crime de ser boca.
Que o lento tempo na solitária faça entender
que presos estão os que condenam
por olharem rapidamente e não perceberem
a liberdade dos pequenos nadas de cada um
e que no caso dereincidência
se adote uma ação cautelar
para que não fique apenas em última instância
Cada cor, cada hora, cada cheiro…cada cuidado.
Não se preocupe com julgamentos injustos ao seu respeito, não se esforce exaustivamente para mostrar quem você é, aceite que as pessoas só enxergam o que querem, mas não se desanime, pois Deus tudo sabe e tudo vê.
A visão das pessoas é limitada, elas só enxergam o que querem, já a visão de Deus é profunda, Ele te vê como você é, por isso, não se preocupe com o julgamento alheio ao teu respeito.
A partir do momento que você julga ou critica, você se mostra inferior pelas atitudes e pensamentos negativos.
Conviva diariamente com alguém e poderás dizer que a conheces bem, mas isso ainda não te dá o direito de julgá-la, pois ninguém conhece a si mesmo por inteiro, quiça conhecerá por inteiro outrem
Quando julgamos os outros quase sempre somos injustos, afinal podemos ser bons promotores, mas somos péssimos juízes! Podemos ser bons em acusação, mas somos péssimos em vereditos.
"Talvez a 'solitária'seja o lugar mais 'libertador' do mundo. Porque é na solidão que a genuína liberdade mora. Não importa se grades emolduram o corpo - a mente é livre - ainda que o corpo apodreça. É na liberdade absoluta da solidão que se pode chorar sem culpa, ter pena de si mesmo e se autoconfessar sem medo da balança alheia. Liberdade é isso: consciência que fala. Cárcere é conviver com uma mente emudecida por temer julgamentos".
(Em sua página oficial no Facebook)