Juízo
A falta do que fazer destrói utilidades
Inventa vontades sem vontade
Mar de dependência sem juízo
Faço desenhos na areia que a água apaga
Um sorriso paga o que eu não posso ver mais
Eu não me queixo
O meu desejo era ficar bem
Eu te quero bem
E sei que eu posso desenhar de novo
Espetáculo dos momentos
Que duram um instante e nada mais
Sem mais
Espero que esteja alegre
E se um dia eu não tiver mais futuro
Esperarei por ti
Só pra saber tudo o que eu fiz
Aprendiz
Do poder de aproveitar
O que é infinito e dura tempo
de ser inesquecível
Desejo: algo que enlouquece, faz perder o juízo e a pureza;estremece o corpo e arrepia a alma. Vontade de fugir, de correr na chuva e brincar com a espuma do mar; vontade de matar aula, de tomar sorvete com batatinha, de assistir filme em casa deitado no chão e dividindo o travesseiro.
Todo juízo passa a ser individual e intransferível quando você sabe que o quê você sempre verá são como os espelhos das várias emendas que nos compõe, frutos das muitas estações da nossa vida. Tudo é uma questão de flexão, inflexão, inversão e versão do que guia teus olhos! O que te é admirável agora, no futuro já não te agradará. O que te é adequado deste modo não permanecerá. E o cômodo, com certeza vai incomodar em um fechar e abrir de olhos. Aumente tudo que vês e te faz feliz, corrija o que não amas, persiga o que acreditas os teus olhos não enganar.
Esse tempo sem juízo que não respeita nossas vontades, sem saber de nossos sentimentos.
Talvez seja esse tempo, o mesmo que cura um coração partido, aquele que deixa distante as boas fases de nossas vidas.
Tempo doce tempo, maldito tempo.
Que ninguém defina sua infinidade de sentidos e incógnitas.
O ato de confiar vai contra meu juízo.
Tudo o que sei, passou por algum de meus sentidos, então porque confiar em uma ideia que passou pelos sentidos de outra pessoa
Prefiro que o juízo me tenha, a tê-lo. Sempre que o tive, me fiz auto-idiota, se ele tiver acredito que o farei de idiota, e então será menos constrangedor.
É na malícia de um sorriso que o amor perde o juízo. Queima como palha. Deita na navalha. Quer se torturar
Padeço nas minhas inconstâncias,nas palavras vagas sem juízo, nos gritos aflitos de dores n'alma. Sois meu mártir e meu alento. Como viver assim em meio à esse mar de sangrias?
"Não sou igual a todos os homens, como já me disseram. O que posso afirmar é que tenho juízo como muitos e sou semelhante a não tantos."
Não se trabalha hoje?
Que linda voz, que expressão!
Que toldou o meu juízo;
Única frase entre nós;
Sem beijo, sem situação;
Só o desejo sem riso;
Apenas lhe ouvi a voz!
Dos olhos mal vi a cor!
Que são lindos constatei;
Só fugazmente me olhou;
Sinto que lhe tenho amor;
Esta flor que encontrei;
E tanto me perturbou!
Sei que tu não és perfeita!
Não existe a perfeição;
Nem aspiro que o sejas;
Quero só ver de que és feita;
Mexer com o teu coração;
Dos sonhos ser quem almejas!
Será amor?
Que outra coisa seria?
Dúvidas tantas me assolam;
Uma se vai, outra vem;
Renasce uma em cada dia;
E todas elas me enrolam;
Mal maior me não havia;
Nem os sonhos me consolam!
És o bem que me destrói!
És o mal que tanto queria;
Linda flor do meu jardim;
Quero-te tanto que dói;
Que jardineiro seria!
Pra te ter ao pé de mim!