Juízo
E se for pra eu me perder...
Que seja no ziper da tua calca..
Nas curvas do teu corpo...
O juizo... a lucidez...
Acompanhada de um bom vinho..
E amanha quando a gente acordar..
Teu sorriso seja meu primeiro bom dia....
Um brinde aos ébrios intelectuais, que tomam sua dose diária de juízo e inebriam-se em suas leituras regozijantes
O ser humano em seus erros omitem estarem certos,porque não é fácil admitir que fez mal juízo e até traiu a pessoa que não merecia ser julgado ou condenado com suas próprias injustiças...
COERCITIVAMENTE:
Procedimento jurídico perfeito
para levar a presença do juízo,
para depoimento pessoal,
Elementos desobedientes contumazes.
(Sócrates Di Lima)
Julgar tendo como fundamento apenas alegações contraditórias é homicídio de juízo, e condenar.... é suicídio moral
Quero perder de vez sua cabeça
minha cabeça perder teu juízo
quero chorar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Não julgueis, para não serdes julgados. / Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.
Mt 7, 1-2
(J.F.Almeida)
Depois do fim do mundo, quando ocorrerá o juízo final
Os santos habitarão Angra
E nunca mais agruras, saudades nunca mais;
Era o que propunha tanto deslumbramento
Naquele final de tarde,
Os seios peras de Janice pareciam sustentar o ocaso
Já era tarde demais
E dentro dos seus pesadelos
Pesava o pesar de pesar a dor
Ele comeu a namorada
A mãe da namorada, a irmã mais nova,
A vó andava muito carinhosa
E o seu sogro lhe olhava estranho...
Ele comeu a namorada,
A mãe da namorada,
A irmã mais nova
E a tia lhe dava selinhos...
Já era tarde demais
E sua cabeça fervilhava
E no final de tarde
Quando a tarde doura as nuvens
E pinta róseo o horizonte
Seus desejos de poeta suplanta a filosofia...
Hoje a tia... a tia tinha um ângulo bonito;
Um passado que adivinhava
Um busto encantador,
Uma beleza singular
Que ainda não perecera no tempo,
Seria um bom momento, um condimento...
O que mais se faria em Angra,
Vista paradisíaca, comida afrodisíaca...
Estavam todos tão felizes...
Ele comeu a namorada ,
A mãe da namorada, a cunhada caçula, a tia...
A avó era muito simpática, o sogro meio um ogro
Se bem que olhando direito...
RIVAL
O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”
Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.
Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.
Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.
Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.
Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.
No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.
Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.
Um belo dia...
Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.
Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”
O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;
Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”
Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.
Teve fome...
Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.
A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.
- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.
O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.
Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.
O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.
Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.
E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...
Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...
“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.
E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.
Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.
- 13.04.16
Amiga minha
Alguns a consideram sem juizo
há sem juizo esses são
Ela so vive a vida como se deve,
Intensamente e com paixão
Como podem dela falar
Julgar uma pessoa somente ao olhar?
Quem o faz com certeza peca!
Pois é uma bela mulher
Com jeitinho de moleca.
Certa vez fiz tal julgamento
Mas ao conhecer seu coraçao,
tamanho foi o arrependimento.
Mente adulta em um jeito de menina
Alguns a consideram doidinha
Tenho orgulho em dizer
que ela é amiga minha.
Wsrjunior
Será?
Será que um dia haverá de ser?!
Dizem, nada será como antes,a plena calmaria do juízo final será o cálice de toda a insegurança sentida.Nada mais será tão confortante que vê os lindos traços de um sorriso sincero ao ver alguém.
Nada será tão difícil se juntar numa receita a confiança e a paciência,nada será tropeço se a força de vontade for maior que o orgulho de não querer entregar-se,nada será tão revigorante que sentir num abraço a proteção e saber que os braços no qual estiver é o que você necessita,nada será tão cativante que dormir de conchinhas com a reciprocidade de alguém,nada será melhor que ser acolhido nos piores momentos da vida por quem mais confias,nada será tão apaixonante que ser notado por quem mais precisa de sua atenção,todo um será é fruto de um porque,afinal, quando não se acredita no interior de si,nada será.
NADA"
é impossível, para um coração, sem juízo, desaforado e cheio de vontades.
"""
Direitos autorais de 08/04/2010
A longevidade e o apego exagerado à vida me faz pensar que certas pessoas têm muito medo do juízo final.