Jogral de Natal: textos para celebrar em comunidade
E ele insistia: "o que quer de Natal"?
Mas eu teimava: "quero nada anjo, de presente já ganhei você.
Natal, sempre Natal
Você está começando a sentir um cheiro de saudade no ar? No imaginário da geração mais antiga, o cipreste começou a exalar o perfume de muitas recordações. Outrora, nas casas e igrejas, as árvores eram plantadas numa lata de banha de 20 quilos, cheia de terra. As mães, tias e avós faziam os enfeites: saquinhos de bala, bonequinhos, estrelas de pano colorido e a iluminação pisca-pisca que não podia faltar! A árvore conseguia sobreviver até o Dia de Reis, 6 de janeiro, festa popular.
Tudo mudou pra melhor! As árvores são verdadeiras obras de arte! Lindas, variadas, de todos os preços. A maioria das crianças não ganhava presentes como hoje, não! Algumas conseguiam ganhar roupa e sapatos novos. Uma coisa deixou saudade: a alegria. Havia alegria!Por que à medida que os recursos financeiros abastecem a sociedade e quando se pode comprar tudo sofisticado, automático e barato, ao alcance de muito mais pessoas, a alegria vai ficando pra segundo plano.
Precisa-se de pais e mães afetuosos! Precisa-se de educadores que gostem de educar! Há urgência! É importante educar para aprender a valorizar a vida, as coisas pequenas, mas grandiosas, as conquistas, a luta! As pessoas vão entulhando a casa de enfeites de Natal, presentes, comidas, passam por cima dos clamores e necessidades individuais do grupo familiar, tropeçam na dor e na angústia dos que nem sabem mais chorar e saem lá na frente, erguendo a bandeira do Ano Novo!
O Natal é, sim, uma data importante no calendário. Ela pontua e sublinha um espaço para as pessoas se abraçarem, conversarem, se alegrarem, se amarem. Esse regozijo contagia as gerações! Não precisa ter muito dinheiro...Imagina uma família que tem todo bem material, mas indiferente, uma Escola com Internet e computadores pra todo lado, sem comunicação, ou então uma Igreja toda moderna e morna ?
Foi para ensinar uma lição eterna aos moradores do Planeta Terra que o Rei do Universo chegou, silenciosamente, e se instalou com a família numa hospedaria diferenciada, mas muito, muito feliz! Sem ar condicionado, porque a brisa do amor deu-lhes o conforto necessário. Sem camas confortáveis, porque o verdadeiro conforto que o homem precisa para dormir bem é o conforto espiritual de uma consciência reta. Sem um farto café da manhã, porque o que alimenta mesmo o homem é a fé, o “pão da vida”. Não havia garçons, a família foi assistida por anjos!
O Natal é uma excelente oportunidade para a reflexão! Não é só para servir um banquete regado à raiva, rancores, remorso, self-service de tristezas e mágoas. Ou fazer uma festa de amigo oculto no meio de inimigos declarados! Não! É um espaço para servir-se à vontade a sobremesa do prazer da comunhão, do perdão, da paz, do propósito de recomeço. Não precisa de presentes, é preciso, sim, acabar com a teimosia dos ausentes.
(Educação-a força mágica)
Natal...
Começamos a vivenciar
o espírito natalino
e nesse faz de conta
que tudo é maravilhoso,
acabamos esquecendo
o verdadeiro sentido do natal.
Infelizmente, esta data
passou a ser o símbolo
de um consumismo desmedido
onde poucos, doam
amor e compreensão.
Há mesas fartas,
muita troca de presentes,
mas pouca troca de afeto,
até mesmo,
entre os familiares.
Alimentam-se esperanças
que na maioria das vezes,
são vãs, de nada valem.
Doamos um prato especial ao pedinte
para que ele vá logo embora,
a maioria, não se atreveria
olhar em seus olhos.
Sim, nós fazemos isso,
acabamos sempre doando
o que não faz falta,
somos o Scrooge da história
do Charles Dickens,
mas um dia,
como fez Scrooge,
certamente seremos capazes
de mudar algo em nós.
Nesse Natal
Nesse Natal não quero brinquedo
Não quero bicicleta
Nem bola, nem esmola na sinaleira
Sou moleque brasileiro
Não conheço geladeira
Validade, já nem sei mais minha idade
Pra que bolo se não tenho
Com quem dividir
Se não tenho o que vestir
Para esquentar minha alma?
Nesse Natal não quero foguete
Não quero champanhe
Nem um amigo secreto
Nem foto
Para guardar de lembrança
Sou solitário, não tenho o par de tênis completo
Mas pareço um pé de pato bam, bam
No gasômetro, no parque
Pinto e bordo ligeiro...
Arrepio suspiro?
Para esquentar minha alma...
Nesse Natal não quero morrer
Quero um abrigo
Não quero chocolates
Mas uma palavra de carinho
Nem um inimigo
Porque somos filhos de Deus
E não estamos sozinhos
Nesse Natal quero
Um pai que se vista de Noel
E seja real, não desleal.
Que esse natal seja de muita paz, e que o prócimo ano de 2015 seja próspero, e que cada sonho, se torne realidade, que seja um recomeço daquilo que estava dando errado, que seja, como a alegria de um novo amanhecer, e que retomamos os nossos projetos com muito mais força.
No meu interior
E me ofereceram de Natal uma viagem
Até para que eu relaxe um pouco
Recusei...
Maranhão, Fortaleza, Salvador
Um lugar bonito qualquer
Recusei...
Quiseram saber o porquê da recusa
Não entendem que a minha viagem é diária
E o destino...meu infinito
Passagem para lá não há
Nem de ônibus ou de navio
Muito menos de avião...
Vou no pensamento
E é bastante cansativo (a viagem)
Me ofereceram um presente
Um "refresco" pra cabeça
Mas não posso aceitar
Viajo na poesia que mora no meu interior
E vou pra onde eu quiser
Na hora em que eu quiser
Pro céu ou pro inferno
Sem bagagem nenhuma
Agradeci de coração e...
Recusei
(Nane-10/12/2014)
É Natal!
Os sinos repicam alegremente,
Crianças brincam contentes,
E esperam, ansiosas, pelo melhor momento:
A hora de abrir seus presentes.
É Natal!
As estrelas de seu melhor brilho se vestem,
Os homens aos céus por tudo agradecem humildemente.
Uma criança solitária faz sua prece:
Ao lado da cama quer encontrar um presente.
É Natal!
Pinheirinhos enfeitados,
Festas pra todo lado...
Presentes, presentes e mais presentes...
É tanta celebração que tantos do mais importante se esquecem
Jesus...
A razão de o Natal ser comemorado:
pra própria festa Ele não é convidado.
E na sua festa... Jesus entrará!?
Que nossa alegria neste final de ano ao festejarmos o natal e o novo ano seja duplicada, mas para que isto aconteça, precisamos urgentemente sofrer um lapso de memória do bem, isto é, esquecermos totalmente da Dilma e sua gangue e dos 7 x 1 da vida, dentre outras coisas como a lembrança de seu patrão, seu empregado, seu cliente, sua professora ou seu aluno, as contas difíceis de receber e desgastantes de pagar, e por ai vai, e acionarmos o otimismo ao máximo. Vamos contar desde já com um ano novo especial, onde o impeachment seja concretizado e mais um título da Copa América conquistado, entre outros motivos alvissareiros. E que venham as cerimônias voltadas ao Pai de todos nós, os feriados, as reuniões familiares para finalizarmos tantas saudades, as loiras geladas, os presentes, e as descargas das tensões acumuladas.(Teorilang)
TRADIÇÕES DE NATAL
Desde ontem ando sentindo sensações diferentes que chegam até a ser desconfortáveis. Sabem aquele calafrio repentino, sudorese nas mãos, respiração recortada e alguns suspiros sem quê nem porquê?
Tentando sossegar estas emoções, ao invés de descobrir o motivo, hoje resolvi ligar para meu pai, lá no Paraná, logo de manhã.
Tudo bem pai? Como estão as coisas por aí? O Sr está lembrando, estaremos aí no Natal viu?
E ele: tudo certo, podem vir sim, hoje estou meio fraco (93 anos), levei um tombo bem em frente do hospital (ele mora pertinho ). Mas já fiz curativo, estou bem, disse com a voz meio trêmula...
Pai, então se cuida, logo estaremos aí e o senhor vai nos contar muitos causos, vamos conversar....tentando disfarçar minha preocupação...também tenho fotos de parentes que descobri pela internet, o sr vai gostar de ver...
Podem vir sim, só não vão mais encontrar aqui as "BOLACHINHAS PINTADAS DE NATAL" que a sua mãe sempre fazia escondido de vocês...
[silêncio na linha]. Nos despedimos e desliguei o telefone.
Quantas recordações meu velho pai quis dizer hoje com esta frase!!!
Ah, as bolachas de Natal que minha mãe fazia!!!
Suspirei cortado, as mãos gelaram e as lágrimas apareceram, acabara de descobrir o motivo de minhas sensações estranhas!
Eu não iria mais sentir o cheiro de Natal que aquelas bolachinhas, desde que me entendo por gente, estavam presentes na casa toda em que morávamos; anos mais tarde, no colo de minha mãe, quando já cansada, sentava e numa tigelinha cheia daqueles mimos oferecia a quem chegasse, principalmente a cada neto que adentrava pela cozinha...
Nesta época todas as lembranças vêem à tona: desde o corte do pinheiro lá na roça, que meu pai e os meninos iam escolher, (eram 5 os meninos e 3 meninas) os enfeites da árvore, sem luzinhas... ( os nossos olhinhos felizes brilhavam por elas...) o presépio com seus personagens, já sagrados para nós crianças.
Não fazíamos ceia de véspera, era na madrugada do dia 25 que acordávamos cedinho para descobrir o que o Papai Noel havia trazido e colocado pra nós embaixo da árvore; presentes simples, de necessidade, comprados com dificuldade, porém todos recebiam o seu pacotinho.
.... e o olhar de minha mãe reluzente e cristão, quando todos de mãos dadas cantávamos "Noite Feliz"... [ela fazendo a segunda voz].
Assim foram muitos e muitos anos, de uma união familiar natalina inesquecível, que só deixou de existir, desta forma tão tradicional, quando minha mãe foi comemorar o Natal no céu...
Então é isso! O cheiro das "bolachas" não estará mais lá, e eu não aprendi a fazê-las com minhas próprias mãos, assim como minha saudosa mãe fazia...
mel - ((*_*))
16/12/2014
NATAL SECRETO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Anos e anos de procura, e não encontrei a versão do meu natal no meio das cores fartas e sintéticas que saturam as ruas da cidade. Nem mesmo nas cartas de crédito e consumo que chegam à caixa de correspondências de minha casa e me chamam pras lojas enfeitadas por itens e gentes. Ou só por itens, porque afinal, pessoas também são itens no brilho superficial dos shoppings que se enchem de afetos para todos os gostos e poderes aquisitivos.
O natal com que sonho desde criança, e que não casava com os sonhos de outras crianças, nunca veio ao meu encontro. Talvez porque não exista, e porque os sonhos de meninos e adultos alienígenas não podem mesmo se realizar, para que o mundo não seja desarrumado. Jamais me achei, nem ao meu natal disforme, sob as ondas da paz comercial desse amor que se apresenta nos moldes emergenciais da velha data instituída.
Com o tempo, precisei adequar meu egoísmo à normalidade cívica e dogmática do natal que polui os olhos e dentro em pouco poluirá lixeiras, esquinas, encruzilhadas e guetos. Quando a minha esquisitice lamber os restos de abraços, discursos e sorrisos, meus olhos verão pessoas ainda mais esquisitas e carentes revirarem o lixo em busca dos restos gastronômicos do natal. Para essas pessoas, afetos de fim de ano são presentes de outro mundo.
Que a harmonia e o carinho sempre presentes no natal se estendam ao novo ano. Que as boas ações se façam presentes em outros tempos e que a reunião de famílias, amigos e pessoas queridas aconteçam com mais frequência. Natal é boa época para lembrar do que realmente importa, coisas que valem muito mais do que presentes e compras. Na ceia, nas confraternizações, aquilo que mais alimenta nossa alma, a troca de palavras, olhares, carinho, atenção e experiências. Sentimentos e emoções em voga, acima de qualquer escolha religiosa o tempo é de renascimento e reflexão. A valorização do contato humano e do amor, o desejo de viver em paz e plena felicidade. No fim, em meio a tantas conquistas materiais, precisamos de luz para termos tranquilidade plena que tanto facilita nossos caminhos. Com ou sem crenças religiosas, uma época para lavar a alma, orar, agradecer, perdoar, amar para se amar. Essa é a receita para a maior conquista de qualquer homem, a paz de espírito que trás a felicidade plena. Feliz Natal, de paz e hamornia.
ENTÃO VEM O NATAL
Em nosso tempo de criança
Esperar pelo Natal era uma alegria
A árvore era um sonho, uma esperança
De que o Papai Noel existia.
Depois a gente ia crescendo
E já nele não mais acreditava
Mas fingia bem me lembro
Senão presente não ganhava.
O presépio sim era importante
Pois a cada ano que passava
Vinham ideias mais interessantes
E com criatividade a gente o montava.
Agora com os tempos já idos
Nosso coração continua exultante
São os netos que nos deixam comovidos
Com esta expectativa contagiante...
Feliz Natal 2014!
Uma estrela brilhava no céu, e ela era linda!
Tão linda, que três homens, sábios homens, a seguiram...
Eles sabiam que aquela estrela era especial, e que trazia uma mensagem:
Em Belém nasceu um menino, um pequeno rei.
O seu reino é de justiça e amor, e não é deste mundo.
Ele nasceu para ser nosso pastor e nosso amigo,
E nos mostrar o caminho de volta para casa.
Ele nasceu porque nos ama, e nos amou desde sempre,
Ele nasceu para nos dar a mão, e nos guiar,
Nos momentos de alegria e nos momentos de tristeza.
Dois mil e poucos anos se passaram...
As pessoas caminham apressadas nas ruas.
O riso se mistura com o choro,
E a alegria com a tristeza...
Algumas estão muito atarefadas,
Pensando em tudo quanto tem de fazer...
Algumas se esbarram e pedem desculpas,
Já outras, se estressam e se xingam.
As lojas abarrotadas, muitos gastando o que não tem...
Para presentear e presentear...
As lojas estão coloridas, enfeitadas e bonitas,
Alguns vão às igrejas orar...
É um caleidoscópio de imagens e cores,
Sentimentos e ressentimentos,
Nas ruas e nos lares...
Correrias e desencontros,
Muitos caindo nos bares,
E festejando sem saber bem o quê...
Então, eu me lembro do menino,
Aquele pequeno menino, que nasceu a 2014 anos atrás,
Ele ainda está na manjedoura sorrindo,
De forma terna e fraterna,
Olhando-nos com seus pequenos olhos brilhantes,
Cheios de promessas de amor... E de paz...
O que eu desejo para você, neste Natal?
Que você olhe nestes olhos limpos e lindos,
Que você saiba que amor não se perdeu,
Que você sinta que Deus está com você,
E Seus braços te guiam e te querem feliz.
As tristezas do mundo passarão um dia,
E nesse dia, você vai estar lá, com Ele,
Neste mundo novo, sem dores, sem tristezas,
Neste mundo novo, onde todos seremos irmãos...
Natal!
Momento de
transformações…
Momento de mudar
as nossas vidas.
Os nossos sonhos.
Fazendo crescer
as nossas esperanças,
de um mundo melhor
e mais fraterno!
Renascer
para um
amadurecimento,
desse nosso viver.
Compartilhar.
Doar.
Crescimento espiritual.
Fé!
Essas são as bolinhas
que acenderão
a nossa
árvore de natal!
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