Jogral de Natal: textos para celebrar em comunidade

Quero que as pessoas não se lembrem só do meu sobrenome.

Inserida por pensador

Não sabia que o Natal é a época dos milagres?

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Às vezes, não dá para apressar as coisas. Você só precisa ter calma.

Inserida por pensador

As pessoas preferem esses hotéis cheios de coisas chiques. Mas eu acho que há algo especial nas coisas simples.

Inserida por pensador

Acho que nunca conheci alguém como você, pois, se eu tivesse conhecido, certamente me lembraria.

Inserida por pensador

Toda criança merece um presente de Natal.

Inserida por pensador

Desde que você chegou, você me fez sentir coisas que nunca pensei que sentiria de novo.

Inserida por pensador

Este lugar traz muitas lembranças. E acho que estou com medo de criar outras. Até com alguém como você.

Inserida por pensador

Você fez ele sorrir. Ele não sorri há muito tempo.

Inserida por pensador

Ela mudou a forma que vejo muitas coisas, incluindo eu mesmo.

Inserida por pensador

Pedi que você encontrasse um amor. Você cuida muito bem de nós. Queria que alguém cuidasse de você também.

Inserida por pensador

Até onde eu sei, você tem uma habilidade: convencer mulheres jovens a fazer o que você pedir.

Inserida por pensador

Às vezes, você tem que deixar a emoção rolar. Não vai acabar com você, eu prometo.

Inserida por pensador

– Estava salvando uma donzela em perigo?
– Só que a donzela não precisava ser salva.

Inserida por pensador

Meu pai morreu quando eu era criança. Eu queria dizer que fica mais fácil, mas acho que você só se acostuma.

Inserida por pensador

Por favor, tenha cuidado com o coração dela. Ela não é tão forte quanto parece.

Inserida por pensador

Você gosta mesmo da garota, né? Tem que dizer pra ela. Quanto mais esperar, pior vai ficar.

Inserida por pensador

Você tem que lidar com a realidade, e não com o que você quer que o mundo seja.

Inserida por pensador

⁠Eu vinha, pé ante pé, em busca da pequena porta
que dava acesso aos mistérios da noite,
daquela noite em particular, por ser a mais terna
de todas as noites que a minha memória
era capaz de guardar, com letras e sons,
no seu bojo de coisas imateriais e imperecíveis.
Tinha comigo os cães e os retratos dos mortos,
a lembrança de outras noites e de outros dias,
os brinquedos cansados da solidão dos quartos,
os cadernos invadidos pêlos saberes inúteis.
E todos me diziam que era ainda muito cedo,
porque a meia-noite morava já dentro do sono,
no território dos anjos e dos outros seres alados,
hora inatingível a clamar pela nossa paciência,
meninos hirtos de olhos fixos na claridade
enganadora de uma árvore sem nome.
Depois, o meu pai morreu e as minhas ilusões também.
Tudo se tornou gélido, esquivo e distante
como a tristeza de um fantasma confrontado
com a beleza da vida para sempre perdida.
Deixaram de me dar presentes e de dizer
que era o Menino Jesus que os trazia
para premiar a minha grandeza de alma,
o meu desejo de ser bom para os outros.
Passei a escrever sobre tudo isso, sofregamente,
só para não ter de escrever sobre a saudade
que esse tempo fugidio deixou em mim.
A árvore mirrou de frio num canto da sala,
os presentes apodreceram no sótão da casa,
juntamente com os doces da Consoada
que ninguém teve vontade de comer,
nem mesmo os mais gulosos como eu.
Um homem de muita idade bateu-me à porta
e depositou-me nas mãos um pequeno embrulho:
«Eis o teu presente de Natal» — disse-me.
Abri-o e vi um livro onde se contava
toda a minha vida desde o primeiro Natal
de que conseguia lembrar-me, tudo o mais esquecendo.
Ali estava eu de pé, muito quieto, junto da árvore,
à espera que alguém me viesse dizer
que o céu era pródigo em revelações e dádivas.
Era para lá que eu sonhava ir quando morresse.
Quando Dezembro se aproximar do fim,
lançarei pétalas ao vento como se tentasse
semear o perfume do que fui enquanto acreditei.
Talvez o homem volte com outro embrulho secreto,
só para me dizer que esse é o livro que ainda me falta escrever.
Então, juntarei os amigos, os filhos e os netos
numa roda de luz à minha volta e direi do Natal
o que os antigos diziam dos heróis e dos deuses:
foi à sombra deles que nos fizemos homens.
Quando eu partir de vez, lembrem ao menos
a ternura do meu sorriso de menino
quando a meia-noite soava no relógio da sala
e eu acreditava ainda que a felicidade era possível.

Inserida por bonecadepano

Estou lhe dizendo para ser fiel aos seus sonhos, certo? E o sucesso virá.

Inserida por pensador