Jazz
Os flagrantes sao meus pés, eu corro a 210
Acompanho o flow no jazz, rimando pros meus fiéis
Alguém quer te ver na bad, te impede de usar até dread
Só que aqui nao tem nenhum nerd obedecendo quem pede
"- Deixei ir embora o meu grande amor e desde então fico loucamente ouvindo blues, jazz, bossa aos gritos para ver se o teu nome sai da minha cabeça."
“” Rugiu sombreado castiçal
Luminescência doida de ver
Multicores a pulsar o breu
Jazz onde navega blues
Perdidos entre coisas incertas
Verdades moderadas
Num eu capaz de submergir olfatos
Cadencias polares medianas
Poluidoras do ego camuflado
Ser gay na lei do silencio profano
Valei-me das glorias que não posso ver
Duas rodas no asfalto da ilusão
Solidão nos braços da saudade
Foi maldade foi sim
Mas até doer estava leso
Inerte na cachorra
Infundada do dia
Amanhecia
E eu podia te ver...””
Meu maior medo é morrer sem que ninguém saiba de alguma contribuição que eu tenha dado para a criação musical.
Sou um extremista
No inverno como sorvete
No verão chocolate quente
Faço de mim um solo improvisado de jazz
Toco notas belas e notas tortas
Marco encontros com o acaso, sussuro e grito dentro e fora do tom
O que importa é o momento, a emoção
RECOMEÇO
Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.
É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.
O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.
Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.
A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.
Quando dançamos um solo, nos preocupamos sempre conosco, se errarmos prejudicamos a nós mesmos, e levaremos uma dor para sempre ou apenas a deixaremos num lugar no esquecimento, mas que se recordarmos doerá muito.
Mas, quando dançamos um duo, a responsabilidade é extrema, nunca podemos dançar e esquecer que tem alguém ali do nosso lado, nosso Partner é nosso companheiro, nosso amigo, nosso apoio naquele momento. É ele/ela que nos suporta quando estamos estressados, com medo, e até mesmo vergonha de algum movimento "ousado". E se nos mantermos "distante" dele/dela e errarmos, não será apenas uma dor individual e sim será uma dor que nunca cessará, porque por sermos egoístas prejudicamos nosso parceiro, que no final das contas é nosso amigo. Então, pensem quando dançares um duo seja clássico, jazz ou outra modalidade, se entregue por completo. Se deixe aberto(a) a novas experiências, deixe-se fluir, escute as dicas que seu treinador ou até mesmo seu parceiro dá, eles sabem o que é melhor naquele momento, deixe a paixão, o desejo, o amor, ou até mesmo a raiva, afinal ninguém sabe a temática da coreografia, deixe-se ser guiada(o) pelo sentimento. Dê abertura, pois dando abertura e se entregando por inteira(o) de corpo e alma, sentirá a maior emoção de todas, e jamais tenha pudores, pois ao mesmo tempo que você pode ter vergonha de algo seu parceiro também pode ter, mas mesmo assim ele tá ali para o que der e vier.
Dedico esse texto ao meu Partner e ao meu Treinador.
ANJO DE ASAS AZUIS
Na batida do jazz fecho os olhos e danço,
Pego a tolha de banho e faço um balé.
Eu sou todo pele, sou todo gotas de água,
Acendo um incenso enquanto danço,
Minha cadela late alegre para mim,
Estaria meu dono louco ou feliz?
Ergo o volume repito a melodia,
Quero-me sentir vivo por dentro,
Quero saber que vale amar na contra mão.
A toalha azul são asas na coreografia,
Conheço a letra e canto aos quatro cantos,
Quero lutar contra os ciclopes e Minotauro,
Amo-a e isso que importa. Eu a amo...
Sou anjo de asas azuis e sou amoral,
Quero dela e sua prole cuidar,
Sei que um dia ela ira me ver e despertar
Então minha toalha será asas azuis,
Viverei apenas para fazê-la feliz,
Minha cadela será um dragão encantado
E para sempre ela será minha namorada...
André Zanarella 02-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4582768
Sozinho. Na vitrola toca um jazz. O rítimo descompassado comeca.
Acendo um cigarro. Mallboro, eu acho. Dou uma tragada. Mallboro, com certeza. Sento na minha poltrona. Reclino o encosto. Mais uma tragada.
Acabou o Fantástico. Céus, amanha é segunda . E eu estou acordado.
Estamos acordados. Eu. O Porteiro. A Viuva do 208. Aquele pequeno meliante no aguardo do próximo transeunte. A mulher da janela do prédio da frente.
A música acabou. Só escuto o chiado da vitrola. Vou virar o LP. Ou devo trocar? Vou trocar. Billie Holiday comeca a tocar.
Todos devem ouvir ao menos uma vez essa mulher cantando. Vou pegar outro maço de cigarros. Não! Charuto é melhor, combina mais com Billie Holiday.
Ah! Charutos sao como vinhos. Sao feitos para serem apreciados. E tudo que é apreciado não deve ser usado até o final. Deixarei a bituca pro Santo . Ou pras formigas e baratas . Nunca vi formiga indo atras de Charutos. As de Cuba devem ir.
Sozinhos. Estou sozinho e começa a tocar Gloomy Sunday. Comeca a me tocar. O tempo voa, ou para, não sei ao certo. Ja é de manha e acordo com gritos na sala de casa! "morreu?". "Uma fatalidade". "Deixou alguma carta?". "Não". "A vitrola tava ligada, o vinho estava pela metade, o maço no chão e o charuto junto com a pistola".A viuva só lamentava. O Porteiro estava preocupado com toda aquela bagunça. A morte de um vizinho é algo trágico e satisfatório. A dor do fígado alheio é sempre agradável, convenhamos.
Impossivel encontrar nas pessoas a pureza de um bom vinho, charuto e Jazz.
Nao pense voce que pensei em família e amigos. Não é por mal. É que essa trindade é a base do meu ide. Do meu ego. Não existe ser que foi capaz de suprir o meu intimo . Somos apenas carne e osso. Não precisamos de mais carne e mais osso pra alcançar o Nirvana . Fui ter um encontro comigo mesmo.
No silêncio do meu fone de ouvido minha alma dança em paz uma musica clásica ,jazz ou blues. Sem ouvir os blablablas eu me sinto bem melhor!
Tempestade, Jazz e sentimento.
Como começa? nunca sabemos.
Calmo, às vezes, mas nem sempre.
Às vezes é chuva,
chuva de vento, chuva de muita “chuva” e chuva de pouca “chuva”, só de vento.
às vezes é de trovão, mas só trovão, sem chuva e sem vento. às vezes com chuva, vento e trovão. E às vezes chega com Sol. O importante r(é) sempre d(a)r música n(o)
Final.
UMA DICA DO JAZZ
"O que há de belo na velhice é a poesia da inutilidade." É claro que esta ideia ou ponto de vista não é de um velho, mas pode bem ser de uma jovem que tenta interagir com um velho em profunda decadência física e mental...
Contudo, o velho tem a seu favor a experiência, conhece os atalhos por onde teve que passar, atalhos estes que certamente um jovem ainda não trilhou e nem conhece...
Sempre há uma justificativa para o absurdo, uma causa, um efeito e, a despeito do que podem pensar o velho e o jovem, ambos estão trilhando a mesma estrada, escrita pelo caos. Todavia, como no Jazz, aproveita melhor a falta de harmônia aquele que souber improvisar. A propósito, sou velho e toco jazz.
Evan do Carmo 14/12/2016
JAZZ
Ah moço, eu não sou pra você.
Sou do tipo que mata por amor, tem veneno no lugar do sangue é um coração grande demais pra alguém suportar.
Sou pior que seus vadios, engano mais que políticos e pertenço ao mundo.
Tenho uma trilha Cheia de vida e posso até apresenta-la a você, mas não tenho como carregar você até meu último suspiro.
Sou o rapaz elegante da cerimônia de casamento mas não sou o noivo . Nunca serei.
Não tente me entender só aceite que alguns vieram pra viver com você, outros só viver.
O nascimento de uma alma é coisa demorada Não é partido ou jazz em que se improvise Não é laje moldada coisa que suba fácil A natureza da gente não tem disse me disse!
(...) Tua ausência me transborda. Nos perseguimos na rua, no jazz da esquina, na literatura e entre casais felizes na confeitaria. Uso a camisa que esqueceu na última visita, experimento as bermudas largas que você deixou misturadas às minhas roupas no armário, mas é segredo (...).