Jardim
Vou me calar no jardim do Silencio
Notar e ouvir somente meu coração
Vou me calar diante ao mundo
E sair do mundo da ilusão
Vou me calar diante das pessoas
Para deixar de lado o não
Vou me calar ouvindo a melodia
Para viajar em uma canção
Vou me calar para meu orgulho
Querer demais não é poder
Vou me calar com meu pensamento
Para mais tarde não se arrepender
Vou me calar diante do amor
eu sei que o eterno não existe
vou me calar diante da saudade
porque em mim sei que ela persiste
vou me calar diante da vida
mas vou viver a cada momento
vou me calar junto ao meu horário
a cada dia em seu devido tempo
vou me calar para não sentir
o que pela frente ainda esta por vir
vou tentar sorrir no momento, mas não vou falar
diante de tudo um pouco eu sei que vou me calar.
sabe aquela menina,
aquela que colhia rosas no jardim
que as regava e as observava crescer...
sabe aquela menina que se machucavam com os espinhos mais nem mesmo por isso deixava de admirar as rosas.
sabe aquela menina que não parecia sentir as feridas que as rosas faziam...
ela parou que regalas..
desistiu de observá-las...
desistiu de tocá-las...
ela simplesmente desistiu de tentar.
todos admiravam o fato de ela sempre esta lá..
todos os dias observando e cuidado das rosas.
mais não sabiam que ela estava ali esperando algo..
não sabia qual era o objetivo daquela meiga menina..
ela acredita em algo imaginável...
ela acreditava que a rosa um dia deixaria de ter espinho...
ela acreditava que alguém teria feito algum mal as rosas..
e que por isso as rosas criaram espinhos para se defender de pessoas más..
a pobre menina acreditava que ao cuidar das rosas e estar sempre ao lado delas faria com que elas recolhessem os espinhos e entendessem que a pobre menina queria apenas ser amiga delas...
pobre menina não sabia que rosas não tem sentimentos..
não sabia que rosas são simplesmente rosas..
por não saber ela desistiu de cuidar delas.
e elas morreram...
quando a menina cresceu descobriu que não adianta tentar mudar a natureza, pois tudo que é belo machuca...
e tudo que machuca se torna belo, quando termina num final feliz!
Do que se vai passando neste jardim depois da chuva
Há um amontoado de papeis e garrafas, um barbeador, um frasco de desodorante, o resto de um sanduíche, outras tantas coisas descartadas. Ao lado, um saco negro intacto, lixo como o outro e como foi deixado ontem.
Que buscavam os cães?
A mulher que julgo ser a mãe do menino de bonezinho azul descuida e solta as suas mãozinhas por um instante. Ele se espatifa no chão e a alegria vai dando lugar a um chorinho que logo findará também, porque, como o sol e a lua, devem suceder-se sem demora nesta previsível encenação.
Não deviam os homens descalçar os pés, para que se mantenha imaculado o chão dos jardins onde se espatifam as crianças?
Porque choveu neste jardim, alguns pássaros sentem agora a sede urgente das plantas e bebem da água que descansa nos ramos mais fortes das cerejeiras.
Esses ramos, eles resistirão ao próximo outono?
Tivesse sido lançada sobre o fluxo de um rio furioso, também nele flutuaria a bola de cores leves que as crianças esqueceram no chafariz de água calma e já antiga.
Também todas as águas brincam de bola, aquelas do rio desengonçadas como um menino gordo?
Um mendigo dirige-me uma saudação jamais ensaiada, estende sobre um dos bancos o seu cobertor (apropriando-se desse banco ele parece ganhar alguma identidade) e aguarda tolerante o que lhe sirva de alimento.
Se um dia a comida faltar, voltará ele a este jardim?
Posso ouvir a voz lá longe: ...três, quatro, cinco, seis, sete... E me distraio com um bem-te-vi que sobrevoou o jardim e rumou para o leste.
O que procura a garotinha com a diligência de um investigador?
Ele vai se afastando depois de receber o beijo no rosto; abrem-se as comportas que represavam dentro deles o choro pubescente; ela sepulta o seu amor embaixo de uma cerejeira e se põe velá-lo, desprovida daquele colo.
O que teria se adiantado à ternura do olhar que veio depois - o beijo, as lágrimas ou o sepultamento?
BRINCAR DE JARDINEIRO
Nesse jardim da vida, eu cultivo flores
Mas para cultivar flores
Eu tenho aprendido e
Ainda aprendo a lidar com os espinhos.
Essa é minha lei.
Nem só flores,
Nem só espinhos.
Minha lei é o trabalho do jardineiro
Que sempre idealiza um jardim florido,
Honrando assim às plantas
Não só flor
Não só espinho
Mas a planta
A vida!
Só para matar a saudade e nunca ter que te esquecer, plantei uma flor no meu coração de jardim, e dei a ela o teu nome!
Frase de Almany Sol
Nosso Jardim
Teu jardim me encanta,
E TU, COMO A ROSA MAIS BELA,
Inebria-me com teu perfume...
E ME FAZES SUSPIRAR, COMO A TE VER NUMA TELA
Entre tantas flores, doce jasmim,
ENTRE TANTOS AMORES, ESCOLHI-TE PRA MIM,
Colores meus dias
FAZES BRILHAR MEUS OLHOS,
Com tuas fantasias,
E NO FIM, ME DÁ SEU COLO,
Fortes como o vermelho carmim
ME CHAMA –MEU BEM, FICO ASSIM,
Da rosa que ofereces a mim...
DO BEIJO QUE ROUBO DE TI,
Torna-me a tua dama,
ME LEVA PRA SUA CAMA...
Que a noite te ama...
ME CHAMA, ME GANHA,
Ou então margarida,
QUALQUER FLOR, MINHA VIDA,
Desejada e querida!
ME DIZ, SEU AMOR...
Deixa-me ser tua flor
VEM COMIGO ONDE EU FOR,
E te oferecer meu Amor!!!!
A TE RECEBER COM UMA FLOR...
Ontem eu comecei
a cultivar um jardim
Um roçado
Ou algo assim
Plantei verdades
das mais diversas
variedades
Nasceu discórdia
em formato de pimenta
A terra onde plantei
Não era boa
As pessoas se alimentam
de ilusão
Verdade dá indigestão
E hoje de manhã
Plantei meias-verdades
Qual não foi minha surpresa
Ao ver que ao final da tarde
Havia brotado tristeza
Com cheiro de hortelã
Mas o formato
daquilo que nasceu
Tinha assim,
Uma certa beleza
Que nem sempre
A gente enxerga na franqueza
As pessoas não gostam muito
do sabor da sinceridade
Preferem viver à toa
Uma vida vã
Pra amanhã
Já deixei aqui separado
Vou plantar
Um monte de mentiras
Com sementes
da pior qualidade
que encontrei
Vai nascer felicidade
Com aroma de canela
e sabor acentuado
de Glória vermelha
As abelhas virão ajudar
E então vai dar
Favos
Com gostinho de ilusão
Daqueles que a gente
tanto quer
e sonha
Um dia mastigar no pão
O triste pão da vergonha.
O jardim do meu vizinho é mais florido e perfumado do que o meu, foi aí que percebi que o meu estava abandonado e com falta de cuidado.
Na leitura de teus escritos, chego a vagar, em um jardim encantado onde posso sonhar, o doce desta viagem é o vento a cantar, trazendo aroma das flores para me despertar, sussurrando ao meu ouvido para me lembrar de um adorável amigo com amizade singular.
Mãe
Nem tudo são rosas, em meu jardim
Nem tudo são flores, em minha vida
Nem tudo é poesia, em minhas palavras
Nem tudo é amor, em meu coração
Há um pouco de ódio, em meus olhos
Há um pouco de dor, em minha alma
Há um pouco de sorriso, em minha face
Há um pouco de tristeza, em minhas lágrimas
Insanidade nenhuma, pura solidão...
Alucinação nenhuma, pura loucura sua falta... Mãe!
Quando eu era criança
inocente havia um jardim
lindo e florindo hoje em dia
meu céus com um lindo sol e pássaros
ficaram cobertos de sonbras negras
e solitarias
Queria ser o jardim
Para suas flores cultivar,
Para colher, para plantar
Encontrar a todos
E a todos amar.
Queria se o jardim
E ver você se jogar
Um mar de pétalas,
Onde eu possa te amar
Queria ser o jardim apenas.
Que ama você e sempre amará.
O dia e o beija-flor
O dia raiou
Voa, sobre o jardim Sutilmente
O beija-flor parece cortejar as flores
Do néctar,o beija-flor se alimentou
A flor tão bela dedicou seu licor,
A semente, momentos antes sobre o solo, caída,
Dá-lhe uma nova vida....
"JARDIM DOCE"
Os versos que te fiz meu doce amor
São os silêncios do nosso amor
Que enquanto as flores não crescem
Dormem os poetas nos sonhos merecidos
Por vezes escrevem, sem escrever
Palavras retidas a jogar com as letras escondidas
São frases surdas talvez mudas
Cegas de tanto amor, feitas de alegria
É tão cedo para me despedir das solarentas manhãs
De tentar esquecer a eterna magia das tardes
Só de lembrar-me do tempo e das noites tão vividas
Tudo o que sinto do que não foi esquecido
Está junto à porta, um vaso de orquídeas
Onde tocam uma melodia de violino divinamente.
No jardim as folhas das árvores, dançam como bailarinas
Dou-te os meus pés descalços, das minhas doces manhãs
De flores perfumadas, sabores da nossa cozinha
Risos doce das crianças, pedaços da nossa felicidade.