Jantar
Eu classifico São Paulo assim: O Palácio é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos.
Quando os amigos deixam de jantar com os amigos por causa da ideologia, é porque o país está maduro para a carnificina.
Desde que nos tornamos adultos, o Natal é o aconchego da presença, o jantar em família, o rezar unidos, o externar gratidão. Não ganhamos e nem damos presentes, não fazemos amigo oculto, não há nenhuma preocupação com compras de Natal, além da comida para nós e convidados especiais. Natal passou a ter um significado valioso e essencial, passou a ter a atmosfera do: te amo, gosto da sua companhia, sou grata a ti, obrigada por esse ano. Passou a ter o real significado do renascimento. Passou a ficar forte na consciência. A cada Natal um propósito, a cada Natal a certeza do pertencimento, da busca pela luz, pelo divino que nasce dentro de nós e deve ser levado ao mundo.
Feliz Natal!
A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é um insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra.
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelos próprios interesses. Apelamos não à sua humanidade, mas ao seu amor-próprio, e nunca falamos a eles das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que eles podem obter.
Eu nunca havia sido carregada nas costas por um garoto, ou gargalhado tanto na mesa de jantar que minha barriga doesse, ou escutado o tumulto de centenas de pessoas falando ao mesmo tempo. A paz é contida, isso aqui é liberdade.
(Divergente)
JANTAR A LUZ DE VELAS
Eu te chamei para jantar
Será que você vem?
Já separei os vinhos
E os queijos também
Coloquei velas na mesa
Quem sabe você chega
Já preparei o jantar
E também a sobremesa
Oh meu Deus você chegou
É como se realizasse todos os meus versos de amor
Falamos sobre o dia a dia
E depois nos entreolhamos
A mão pairou sobre o vestido e foi deslizando
Depois encontrou um rio e entradas secretas
Ardentes de amor e loucas pra serem descobertas
Sem hesitar eu fui
E pulei sobre a mesa
Te mostrei que depois do jantar
Eu era a sobremesa
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SEJA A SUA PRIORIDADE
Vá ao cinema sozinho, saia para jantar, faça aquela viagem dos sonhos, compre um sapato, uma roupa nova, um perfume, mude o seu visual, deixe a barba crescer, pinte o cabelo. Faça aquilo que te faz se sentir melhor. Se coloque em primeiro lugar, seja a sua prioridade!
Depois do jantar, Rey saiu andando pela praia. Estava cansado. Ouvia o suave rumor das ondas sobre a areia. Não havia brisa e fazia muito calor. Tirou os tênis e pisou na areia úmida, na água cálida. Tirou o short. Deixou tudo jogado na areia e entrou no mar totalmente nu. A água morna e negra o rodeava. Teve uma sensação estranha e voluptuosa. Fechou os olhos e sentiu-se abraçado pela morte. Não havia brisa nenhuma. A água quente, a escuridão infinita que o rodeava. O terror de se afogar, porque não sabia nadar. Manteve os olhos fechados e se abandonou, flutuando de bruços, com o rosto dentro da água. Sentiu-se atraído por aquela sensação deliciosa de ir embora para sempre.
Um homem verdadeiramente livre é aquele que pode recusar um convite para jantar sem apresentar qualquer desculpa.
Hoje eu não vou te convidar para ir ao cinema.
nem para jantar, e nem para passearmos,
hoje eu tenho uma proposta diferente,
sabe eu acho que deveria dizer
uma proposta indecente,
é não me leve a mal,
porque depois de muito pensar,
eu descobri que sentindo as coisas
que tenho sentindo
com relação a voce,
eu não posso fazer rodeios,
eu não posso perder tempo,
eu tenho que lhe fazer
uma proposta indecente,
vem ficar comigo,
esqueça o tempo,
a hora, e o lugar,
só pense em mim,
enquanto eu,
me entrego
completamente a voce,
aceite a minha proposta,
eu tenho certeza que
no minino nós dois,
sorriremos muito juntos,
depois que tudo isso passar,
aceite a minha proposta,
porque voce é lindo(a),
e tudo que estou
propondo a voce,
não te ofende
de forma alguma,
vem ficar comigo
eu te quero demais,
eu te desejo muito,
e ai voce aceita a minha proposta?
💜🐺💜
O jantar está pronto
Meu lobo está
Na forma humana
Vinho, carne assada
Aprendeu a gostar
O perfume das flores
A lareira soltando
Faiscas
A brasa ardendo
Preciso contar
Estou ansiosa
Sei que ele vai
Amar
Mas como será
Ele chega cheirando
A loção
Madeira adocicada
Cabelos longos molhados
Olhos brilhantes
Não resisto
Corro para seus braços e abraços
O tapete é macio e convidativo
Nesse jogo ambos ganhamos
É perfeito
Amor preciso te dizer algo
Que vai mudar nossas vidas
Ele me olha assustado
Você não vai voltar comigo
Para a floresta
Que sofrimento vejo no seu olhar
Dá pena
Não amor, não é isso
É que nossa família
Vai aumentar
Coloco sua mão
Na minha barriga
Novamente fixo
O olhar nos seus olhos
E digo
Estou grávida
Um abraço louco
Um uivo ensurdecedor
Lobo novamente
Sai em disparada
Rumo a floresta
Cantar seu canto
Avisando a família
Da novidade
Passou horas
Aluando
Voltou feliz
Me beija e abraça
Sim nossa família
Está aumentando
Obrigada
Meu amor
Arte não é apenas uma outra pintura bonita que combine com o chão da sua sala de jantar. A arte tem que ser perturbadora, a arte tem que fazer uma pergunta, a arte tem que prever o futuro.
A BICICLETA
Me lembro, me lembro
foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa:
- Guilherme, vou tapar seus olhos,
venha cá.
Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda
ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo:
- Abre os olhos, Guilherme!
Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor,
como uma santa irradiando, num altar,
como uma coroa na cabeça de um rei,
a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro,
tudo.
Me lembrei hoje da minha bicicleta
quando chegou a minha geladeira.
Mas faltou qualquer coisa à minha alegria,
talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,
– abre os olhos, Guilherme!
Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!