Janela
A gente abre a janela na esperança de ter um belo dia e se depara com um mar de fantasias destruídas.
Sentada sobre sua cama, observando seu reflexo na janela, percebeu então morreria de qualquer forma. De causas naturais, de saudade, ou pior, só. Decidida a não ceder a ameaça, levantou rumo ao seu amor.
(adaptação. Além do céu.)
...
A garoa molha o vidro da pequena janela,
Onde vejo um chão de nuvens brancas
Brancas como tua pele, brancas como tua alma
Olho La fora e não te vejo...
Por onde andas? ...Aqui, ali?!
Porem quando olho aqui dentro
Te encontro em cada esquina
te vejo em todo lugar...
te sinto, te quero
Posso sentir seu cheiro, e infelizmente não tocar...
E por coincidência ou não, neste instante
Enquanto escrevo palavras que de mim saem
Numa tentativa frenética de cuspir frases quem nos descrevam
Cai neve la fora “ branquinha “
Caem num ritmo descompassadamente delicados...
... e sei que neste exato momento podes me sentir,
Pois estou ai contigo...
E como se fossemos uma, nos completamos,
Numa sintonia que vai muito alem de nós...
Algo me assombra, e não é o vento na janela, nem a tempestade que se formou em meu coração.Sinto- me como se estivesse à beira de um precipício, ou como se estivesse em fundo poço.Estou submersa, e não há ninguém para me ajudar, esta solidão me invade, atormenta, machuca.Tua ausência, minha morte,a morte de minha alma.
Nuances
Eu vejo mais sua cara
Enquanto durmo
Pela janela dos sonhos
Pelos quadros surreais
Que vem das telas multicores
Que o consciente não vê
Pelas mágicas nuances que aparecem
desenhadas na parede da emoção
E quando vejo seus olhos
Eu perco o rumo
E não consigo entender
Quase sempre
Sua imagem se dissipa lentamente
do foco dessa ilusão
Seus pedaços coloridos se espalham
Como fogo do artifício da razão
E eu acordo sem voce meio espantado
Lavo a cara...
E a coragem de seguir pro meu trabalho?
Viajante solitário...
Não há mais tempo pra sonhos
Só preciso ser feliz
Hoje, da janela de um ônibus me deparei com coisas muito interessantes.
Nós simplesmente não reparamos nas coisas à nossa volta. São lugares pelos quais você passa todos
os dias, mas é como se fossem desconhecidos. Nós não olhamos para as pessoas que estão ao nosso redor.
Não fomos educados para cumprimentar as pessoas, para lhes dar um sorriso gentil, para lhes ceder o lugar,
ou ajudar em alguma necessidade. Nós fomos educados para sermos CEGOS, SURDOS e MUDOS.
Nós crescemos e aprendemos a olhar para o próprio umbigo.
Nós também deixamos de aproveitar simples momentos, que têm um enorme significado. Sou do tipo de pessoa
que preza muito um céu estrelado com uma bela lua. um pôr do sol...
Mas ao me dar conta de tudo isso, eu também percebi que o problema é esperar...
Esperar tudo cair do céu, esperar um passe de mágica, ou que alguém faça por você ou para você.
Enxergue-se mais! Olhe o mundo a sua volta. Perceba o que de belo te cerca, pois a sua felicidade não depende dos outros!
Não mais perecer...
Do alto da janela
entre núvens e canções
preso em palavras ou grilhões
via o tempo passar.
Cordões em meus braços
mar, rio, espaço ou lago
água zul, barrenta amarelada
brilha sobre a luz dos olhos meus.
Onde o sol se punha
uma luz cintilante escurecia
mostrava-me que o dia jazia
sem os aplausos de quem o mais usufrui.
Na colina sagrada
onde os sonhos não dormem
já não soavam mais as mesmas notas,
não mais perdia-se o sono.
E assim, como o sol que partia e a noite que nascia,
cultivei o tempo...
desejando a todo momento
não mais perecer.
Ela: Acabei de abrir a janela da minha saudade, não consigo controlar o vento da sua falta... está doendo...
Ele: As portas do meu pensamento estão abertas, sentindo a falta das suas palavras... e muita.
Rebeca e Jota Cê
-
Tudo começou naquela tarde fria, onde a chuva batia fortemente na janela. Eu ficava observando atentamente a dança sombria dos galhos das árvores, o desespero das nuvens cinzentas, o berrar dos raios...
Sozinha fiquei naquele quarto escuro, acompanhada somente dos meus pensamentos pessimistas e sarcásticos... Ouvi uma voz. Quando me dei conta, estava conversando com o meu inconsciente.
- Onde estão todos os outros? - perguntou-me.
- Outros? Não há outros nesse mundo, apenas eu. - respondi.
Aquela voz perturbou-me durante toda à noite, fazendo-me perguntas nas quais nunca parei de fato para pensar.
- Em que mundo é esse onde tu vives?
- Vivo em um mundo onde só eu tenho acesso, onde só eu possuo as chaves de todas as portas.
- Por qual razão revolveu isolar-se dos demais?
- Por qual razão eu viveria junto aos demais? - retruquei.
- Há pessoas lá fora que se preocupam contigo.
- Não, não há. Todas aquelas pessoas estranhas que habitam aquele outro mundo querem apenas iludir-me com palavras já antes ensaiadas.
- Não deixe o pessimismo abalar-te.
- Está querendo iludir-me também com esse discurso positivista?
- Quero apenas ajudar-te a ver o mundo de uma outra maneira.
- Acho melhor eu tentar te ajudar a abrir os olhos para a realidade e parar de fantasiar as coisas, achar que tudo e que todos são seres decentes e humanos.
- Mas todos são humanos como você.
- NÃO! Jamais volte a dizer isso. Odeio ser comparada aos demais. Se todos aqueles seres estranhos forem realmente humanos, considero-me desde já uma "coisa" perdida na imensidão.
- Mas você também pisa no mesmo chão que eles.
- Não piso! Pare de uma vez por todas com isso! Pare de comparar-me àqueles seres anormais, nos quais são movidos através de máquinas e de uma inteligência artificial, que não têm coração e não sabem o significado dos sentimentos!
- Realmente você é uma pessoa diferente e enxerga o mundo de outra forma...
- Foi tão difícil assim chegar nessa conclusão totalmente previsível?
Silêncio...
Longe do meu lado
Ele caminhou até a janela e chacoalhou as mandalas. Olhou as fotos no mural com sentimento e saiu dedilhando o violão em cima da escrivaninha, sem perceber a minha presença na cama, ainda sonolenta. Essa foi à última vez que o vi. Saiu do quarto, dizendo adeus as fotos, letras, e tocando suavemente em todos os objetos, como quem não quer se despedir jamais. Cheio de dúvidas na cabeça e aperto no coração.
Corações levianos são repletos de dúvidas quando se trata de encarar a verdade. Tantos sentimentos hiperbólicos podem ser mal interpretados e isso me deixa um pouco com medo. Afinal, não é difícil de notar exageros repentinos nas minhas falas, gestos e ações. E, isto soa como loucura. Mas quem é adepto da paixão, sabe bem o que é isso. Sabe o que é gritar ao mundo que ama e não ouvir ecos. O problema é que quem vive de extremos, acaba pedindo atenção e liberdade demasiadamente. E, mesmo com toda a força de uma paixão, se não houver o conforto de um porto seguro, perde-se o foco daquele desequilibro intenso, como um barco em meio à tempestade de nossos pensamentos, acalmados por palavras de outro alguém. E pior, tudo isso acontece sem deixar de sentir e querer o bem-amado, e na incerteza, perde-se quem se gosta por mero descuido de ambos, que acharam que tudo não passava de um sonho. Difícil de entender pessoas hiperbólicas, eu sei! Porém, se comparadas aos conservadores, é difícil resistir à sensibilidade escancarada dos exagerados a flor da pele. Assim como não é difícil optar pela liberdade ao invés da prisão.
Hoje o sol foi gentil comigo,ao abrir minha janela ele entrou e tocara meu rosto com ternura,sua luz aquetara meu coração e transformara em paz toda a dor que ontem eu sintira. A tristeza é inevitável,mas a lágrima é e pode ser controlada,pelo simples fato de voce abrir sua janela e ver o sol .
Outro dia me apaixonei
por uma janela velha, mas muito velha.
Lhe faltavam pedaços...
Não deixei de me apaixonar por conta disso.
No meio da noite, ou mais precisamente numa madrugada quente , uma janela de conversação surge involuntariamente na tela do meu computador.Logo, uma frase inesperada surge com letras pretas e de uma fonte comum e uma exclamação no final : eu te amo !
Meus olhos não acreditavam no que estavam enxergando,mais em imediato o meu coração sentiu , e como sentiu ! Quase, por pouco mais muito pouco ele não saltou pela boca de tanta aceleração, mais ainda não era o suficiente para que me corpo por inteiro viesse acreditar naquilo que meu olhos estavam vendo e meu coração sentindo.
Ao ler e sentir aquela frase,eu precisava ouvir da sua boca aquelas palavras, exatamente aquelas palavras . Era como se fosse uma necessidade incontrolável.
Esperei o celular tocar,e nada.Esperei mais um pouco afinal, não é uma coisa tão simples de se dizer quando é de coração aberto.Mais o telefone não tocava e a angustia aumentava , mais a vontade e o querer era tão grande que a esperança permanecia , firme e forte !
Mais não,o celular não tocou ! Ela , a decepção rapidamente chegou e me pegou de frente ao computador , com inúmeras e incalculáveis lagrimas caindo e escorrendo em meu rosto. Eu me peguei em frente a uma frase tão curta e simples , com um significado completamente complexo e gigantesco , exatamente nesse momento eu me vejo sem saber se foi verdade ou apenas um fruto da minha imaginação mais uma vez a falhar, porém pela ultima vez…ultima vez.