Janela
A moça dos correios hoje faz anos
E sempre vive à janela
Pensando que todas as cartas
São de amor e são pra ela!
Que bela, tão ela...
A moça dos correios hoje tem o dia todo e todas as cartas de amor
São todas dela!
A noite acalma a chuva que passa na janela
A madrugada é uma menina insegura que tem medo de olhar por ela
O pensamento é a alma que sussurra no coração de Rafaela
O sono é a cura que cuida todas as noites dela
Penso tanto... tanto nela.
De contínuo, mas enfim!
Olho triste pela janela...
Ah... sera que ela pensa em mim?
Ausento-me de mim mesmo.
Com o pensamento eu corro!
Alegro-me quando de súbito vejo,
Os traços inocentes do seu rosto.
Ah... mas se ela soubesse,
O quanto me dói sentir!
Ah... mas e se ela dissesse:
- Eu sinto o mesmo por ti.
Quando recomponho-me,
Julgo não saber ao certo o que vi.
E ao espelho fitando-me...
Noto, que estou a sorrir.
Penso tanto... tanto nela!
Constantemente, mas no fim;
Fecho triste a janela
E esqueço-me de mim.
Abri a janela do meu coração
Para viver feliz cercado do seu amor
Não esperava sofrer tamanha traição
De quem me dediquei na alegria e na dor
LEMBRANÇAS
Já não disputa o assento da janela
Não conta os carros que ultrapassam apressados
Não ouve atento o causo do caipira falante
Não conversa com o senhor atencioso do banco da frente.
Hoje, entra despreocupado demais com o cansaço
Fica em pé para não amassar o terno
(Olhos apenas aos obstáculos da industrialização)
Fecha a janela para não sentir o vento que traz saudades
Aos causos reserva tempo nenhum
Nada conversa com os senhores 'suspeitos'.
Pobre homem! Pobre homem!
Não sabe quão infeliz é seu apático comodismo!
Nem parece aquele menino risonho, que outrora
Acenava, cheio de vida, da janela do ônibus.
Bateu mais uma vez na porta, a porta se abriu, não entrou porque não foi convidado, viu a janela aberta tentou ver se via gente, infelizmente gente não tinha, deu meia volta e foi embora, não reparou o quanto de gente te observava pelas costas. Não era pra pedir, não erra pra matar, era apenas a oportunidade que teimava em volta.
A fé ajuda-nos a transpor montanhas, e quando uma janela se fecha, abre-se uma porta para a eternidade.
Um menino adorava andar de bicicleta, um dia ele caiu da janela, depois desse dia ele nunca mais comeu amendoim.
Olhei pela janela, vi a chuva que caia. O frio do lado de dentro arrepiava minha pele. Meu desejo era estar com você, era ter você, lhe prender nos meus braços e não soltar mais, porém, tudo que eu tinha era a solidão e a sinfonia da chuva que para mim era como uma canção. Preparei o chá e ali sentado no sofá, bebíamos, eu e a solidão.
Lembrança III
É tarde de outono,
O oceano, da janela do apartamento, se apresenta mais cinzento.
O homem nada todos os dias no mesmo lugar,
Deve ser norma do seu médico, pois água está fria.
Mergulha e, em cada braçada quando,
A cabeça vem à tona para respirar
É você a nadar no meu mar.
Corro à varanda
Fixo bem os olhos para distinguir quem realmente é,
Leva tempo para decifrar.
O cérebro está condicionado
Para enxergar o que desejo
Que deveria além do horizonte estar.
Depois de algumas horas
Com olhos a transmitir ao cérebro a real imagem,
Conscientiza a interpretação,
É outra pessoa a se exercitar e, já caminhando,
Ele sai do meio da nuance preguiçosa da estação.
Achei que seria possível ser você vindo a nado,
Mas você já cá está a nadar em outro mar.
Talvez, mesmo sendo outono,
Seja um mar mais significante e mais brilhante
Que o mar que lhe tenho a ofertar.
Abro a janela e vejo uma criança,
sentada na calçada do Centro da Cidade;
Aparência triste e de desespero
com medo do mundo e de tudo,
com medo de andar,correr
com medo de ser feliz.
Sozinha não sabia o que fazer
não conhecia ninguém,era quase invisível.
Estava perdida.
Sem rumo,sem experiência de vida.
De repente uma chama de esperança aparece,
uma criança.
Feliz,cheia de vida
convidou a criança triste a sua casa.
A mãe da criança feliz,resolve então
adotar a criança triste,
e deste modo
a tira da tristeza e a aproxíma da felicidade.
MEU PEQUENO LUGAR
Gosto do acorda
Da pureza do ar
Da Vó na janela
Da porta aberta
Gosta da vida mansinha
Das ruas serenas
Dos amigos
Das alegrias
Do café? Gosto e cheiro
Do tradicional pão-de-queijo
Gosto do doce da feira
Das rezas das freiras
Gosto do queijo curado
Do frango ensopado
Da abóbora, do quiabo
Do gado no pasto
Gosto do leite “gordo”
Da fava do coco
Do cavalo arreado
Do Vovô e seus causos
Gosto do cheiro da pinga
Do bar da esquina
Do pingo de gente
Do brinquedo inocente
Gosto do jeito festeiro
Do povo hospitaleiro
Do canto do galo
Do meu CANTAGALO
Na janela de Deschermayer
Sob na janela, bota a cara no mundo e mostra do que é você é capaz…
Sob na janela, bota a cara no mundo e grita pedindo a sua paz…
Sob na janela, bota a cara no mundo e veja o que nossa sociedade faz…
Sob na janela, bota a cara no mundo, bota a cara no mundo e bota a cara no mundo…
Subir na janela não significa somente transportar-se ou elevar-se a lugar mais alto.
Subir na janela é possibilidade que a vida te da para liberta-se, livrar-se ou isenta-se.
Subir na janela ou estar sobre a mesma, é presenciar momentos inexplicáveis.
Subir na janela ou estar sobre a mesma, é entregar-se a devaneios.
Subir na janela ao lado de amigos é ter a certeza que o mundo necessita cada vez mais, de palavras para descrever tamanhas sensações de felicidade.
Enfim, subir na janela com a senhorita Deschermayer é entender o sentido de: felicitações, congratulações, regozijo, amizade e coragem…
JANELA 707
Em um dia comum...
Em um lugar comum...
Em um caminho comum...
Um dia frio...
Soneto de uma nota só
FÁ é nota.
Caminho lento...
Meu caminho...
Olhar a frente...
Contido...
A procura da Vida.
Em meio a lembranças
Me pego a pensar...
Um coração no papel...
Quente... que bate ardente.
Na espera de vê-la.
Num segundo te encontro.
Em um quadrado de luz.
Pronto...
Passo... guardo... e arquivo.
Tive a visão mas bela.
Nesse quadrado chamado janela.
Um beijo de forma singela
Aquece todo meu ser.
Me lembro a cada momento
Do beijo jogado ao vento
Que meu coração acolheu
Da janela 707
Sua figura não sai.
Pra Vida que tanto amo.
Este poema é que vai.
Pensemos:
Dias, lugares, caminhos.
Podem ser comuns, mas podem deixar de ser.
Se neles há alguém que nos valha a pena.
Como a Vida é bela!!!