Janela
Vento forte
Bate na janela
Barulho estranho
Vem lá de fora
Desperta o sono
De madrugada
De olhos abertos
Pensando em nada
Um vazio
Se instaurou
Dentro de mim
Não tenho medo
Nem desilusão
Meu coração
Tem proteção
Meu amor
Está em mim
@zeni.poeta
Direitos autorais reservados
Lei 9610/98
Saudade!
Quando a saudade aperta,
Minha alma se liberta
E uma janela mágica fica aberta.
Sou um canário e canto para encantar,
Sou um gato manhoso para confortar
Sou até uma formiguinha na mesa de jantar.
Já fui água de cachoeira,
Já fui até resto de poeira,
O beija-flor na roseira,
Aquele sabiá na bananeira.
Um gafanhoto pra ler pensamento,
Um olhar perdido em algum momento,
Um segundo em pensamento.
Quando a saudade é certa,
Minha alma fica alerta,
E uma porta mágica fica aberta.
Sou um detalhe no caminho,
Sou um estranho no ninho,
Sou um toque de carinho.
Já fui um arrepio sem motivo,
Já fui a dúvida de um objetivo,
O desejo intuitivo.
Aquele medo de estar errado,
A sensação do tempo parado,
A certeza de estar apaixonado.
Marcio Lopes
O VÔO
Lívida. No parapeito da janela.
Do filme reavaliou o roteiro.
Entregou-se...
Aos instantes da inércia.
Observante
Espio pela janela,
Coberta pela cortina telada
E vejo ao longe, pés enormes de figo.
Por entre eles desce uma
Pequena estrada em forma de meia lua.
À direita segue uma tira de mato
Como um satélite que se alonga.
Ah, antes que eu esqueça.
Acima. Muito acima.
Está o céu, parcialmente nublado.
O INFINITO
A janela fechada abre o meu espírito.
O que existe além, após a janela?
O que existe além?
O
Que
Existe
além?
∞ ?
Caxias do Sul, 15-12-10
Você escorada na janela
devagar chego por trás
você acha graça
te beijo de leve no pescoço
o vidro embaça
Salto os olhos pela janela
cheio de amores
para assistir a menina que passa
na rua das flores
esquina com a primavera
...e o sorriso nada mais é que o coração abrindo a janela pra espiar quem lhe fez dar uns pulinhos à mais!
JANELA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se me dou aos teus olhos deste jeito;
se meus olhos te caçam, como vês,
não é caso de ausência do respeito
nem de ser dominado pela tez...
Tenho plena ciência dessas leis
que me vetam de todo e qualquer pleito,
conto sempre até quatro, cinco, seis,
depois levo meu sonho para o leito...
Eu te quero faz tempo; desde o dia
em que vi teu olhar que só me via
como alguém que pros olhos pouco importa...
Sei do quanto é só minha esta novela,
como sei te querer pela janela;
nunca hei de forçar a tua porta...
Acordei assustada: batia insistentemente na janela, metálica, insólita. 3 da manhã. Abri a cortina e descobri um cavalo de grande proporções castanho e brilhante, melhor: luminoso. Percebi lá fora uma luminosidade de luz fria, azulada como a que ilumina o interior dos supermecados, e que de algum modo amanava do cavalo. Fiquei parada, apenas olhando, buscando algum sentido, e o animal procurava acomodar o corpanzil na estreita borda da janela, e olhava bem dentro dos meus olhos, como se pedisse para entrar. Antes fosse uma mariposa, não teria hesitado, não tenho aflições, mas aquilo era muito pra mim. Começou a se arrastar para trás, impaciente, apoiando no vidro. Não sei como não caiu aqui dentro, movia-se lentamente, algo indeciso, e acabou perdendo o equilíbrio. Quando deu conta que era inevitável, pulou mesmo, abri a vidraça e percebi no rosto um sopro do gélito ar azul, temperatura incomum, e o cavalo ia planando já dois andares abaixo, em espirais, um vôo leve como de uma gaivota, e foi descendo e planando em rumo ao playground. Um minuto ou meia hora depois, pousou lentamente sobre as águas paradas da piscina, foi afundando e iluminando tudo por ali, até que afundou completamente. Então a estranha luz se foi, e o céu escuro e poluído da cidade grande tinha poucas estrelas e uma lua cheia, e o ar voltou a ser pesado e quente. Na piscina, apenas reflexos brancos sobre uma águas agitadas.
É de manhã..
Abro a janela e vejo lua
Branca,cristalina e bela
emoldurando minha janela
Fico ali a contemplá-la
no silêncio da manhã
Lua que ilumina
minha rua, meu quintal
Lua boêmia, lua companheira
Cúmplice dos sobreviventes
amantes da madrugada
Lua nova, lua cheia
parece uma sentinela
Atenta a me vigiar
Enquanto espera que o sol
venha com seu brilho
sua beleza ofuscar
Lua que me ensina
que sempre é possível brilhar
apenas que se respeite
Tempo, hora e lugar
edite
Crepúsculo
Abro a janela
Vejo o crepúsculo
Radiante
Neste instante
Entre nuvens a passar
Em combate
Ao meu olhar
Que vê
Que sente
Um mundo diferente
Vejo a beleza de um ser ausente, de uma janela aberta, de um cigarro pela metade, o whiskey suado, de um carnaval sem musica, de um amanhecer sem um sorriso.
A janela das flores...
Janela das flores, dos sonhos,
da casa das fadas, do paraíso.
Janela de um coração repleto de luz
que envia para o mundo,
desejos de paz, de amor, de perdão.
Janela da alma serena
que enxerga o universo
tão diverso, como parte
de um eterno aprendizado.
Janela da meditação,
da descoberta de si mesmo.
Janela da contemplação,
da oração, da gratidão.
by/erotildes vittoria
Parado na janela, olhando as lagrimas celestes caindo em gotículas bem a minha frente...
Noite nova com aspecto retro demais, algo que ha muito nao acontece, resolve desabrochar novamente...
Observando continuamente a chuva que cai, quase vendo o reflexo dela diante mim, entorpecido pelo sono, mas desperto pela alegria influenciável, de uma conversa que ha muito nao tinha...
Algo inexplicável, que vem e fica, como se fosse imã... e eu... de ferro...
Quem me dera, observar ao longe esse vermelho que reflete de ti, vendo-o se perder em meio ao verde de uma relva... densa e fria... fria como a noite que me engole e me torna quase imortal... mas só por hoje...
Que sempre em November Rain eu te ouço cantar observando a chuva fria que bate em minha janela como Knockin' on Heaven Door e Don't cry tenha Patience para ver Sweet Child O' Mine que tem dentro de mim e te mostrar como é bom ser Welcome to the Jungle.
Se é nessa janela que terei de te esperar, que seja a única que vou olhar, mais linda que a lua, só o seu olhar