Janela
Hoje eu abri a janela
E enxerguei longe, lá no Céu
Algo que parecia
Um casal de andorinhas
Voando alegremente
Não sei se estavam mesmo lá
Ou se era ilusão da minha mente
Com o tempo a gente percebe
Que não é certo
E nem inteligente
Sempre crer
Naquilo que se vê de longe
Nem naquilo que se vê de perto
Mas as andorinhas
Pra sempre estarão voando
Acreditando nelas
Ou não
O difícil não é sabê-las
Pois é pra isso que existem janelas
Triste
É viver sem nenhuma ilusão.
Edson Ricardo Paiva.
O silencio total do meu quarto é a minha desolação, os pássaros cantando por detrás da janela fechada é como os gritos das almas que vagam no inferno, é isso, esse é o meu inferno, esse é o meu próprio destino, apenas um ser vivo tentando sobreviver, sem ninguém, sem nada, sem palavras e sem pessoas.
O caótico ciclo da vida nos leva a lugares inusitados, tipo, dentro de si mesmo, vendo tudo e não vendo nada, a solidão é sólida como um bloco de tijolos, fria como um edredom molhado do vinho que você derrubou enquanto tentava esquecer que estava vivo, enfim, não é tristeza, é apenas, metamorfose.
►Na Escadaria de Pedra
E pela janela do meu quarto eu vejo a lua
Durmo no aconchego de sua ternura
Toda a dor do dia se vai, encontro minha paz
E pela janela antiga eu observo minha amiga,
Aquela que tanto citei em minhas tentativas poéticas
Escrevo agora admirando-a, e imaginando
E, em devaneios noturnos eu me pego sonhando
Um sonho bom, caloroso, que faz bem ao meu coração
Escrevo não só para ela, escrevo para remediar as dores
Dores de uma antiga donzela, de uma amizade outrora bela
Dores de um romance desfeito, de uma traição do peito
Escrevo para sarar, para me recuperar, me alegrar.
Momentos que outrora me deixavam sereno,
Hoje se revoltaram, se tornaram um tormento
E, como passatempo, eu caminho no relento,
Procurando, buscando um sorriso meigo.
Não sei dizer o que sinto quando me encontro despedindo
De sentimentos que não foram ouvidos,
E que foram grosseiramente omitidos
Não sei o que pensar quando estou sozinho,
Sendo assombrado pelos meus medos reprimidos
E também desconheço o que é ser verdadeiramente amado
Eu gostaria de experimentar, degustar de um sentimento tão bem falado
Faço então uma tentativa escrita, um texto fraco.
Sentado em uma escadaria de várias pedras, eu penso
Estou sozinho, refletindo sentimentos
Lento, talvez seja a melhor definição para o momento
Eu penso, logo existo, em um tempo que me sinto um inquilino
Sem moradia, sem uma casinha só minha, sem nada
Reflito sim, pois o que me resta é pensar no meu fim
Estarei lamentando os arrependimentos?
Estarei sozinho? Sem uma família ou amigos?
Se eu de fato existo, logo, posso tentar pensar
Se posso pensar, por que então não posso tentar amar?
Mas amar quem? Quem me deseja ao seu lado?
Estou enlouquecendo com pensamentos insaciáveis
Eu quero amar, assim como o meu avô amou sua esposa
Eu quero acreditar, que a solidão, com a minha vontade, irá passar
Então escrevo, na escuridão das ruas do meu peito
Medo? Sempre, afinal já escrevi inspirando-me nele
Talvez a palavra que está faltando em mim é serenidade
Talvez a coloque daqui a alguns poucos meses
Escrevo junto a minha necessidade e amizade perante a caneta
Escrevo, sem dia ou hora, a minha já exposta incerteza.
Daqui a pouco se vai o dia; a noite vem. O sono faz barulho, bate na porta, na janela e a nossa única vontade é abraçá-lo, é nos entregarmos ao cansaço, àquele vai e vem gostoso dos sonhos nos roubando a consciência.
Na penumbra deste quarto abro a janela a saudade que sinto se perde na vastidão do tempo , minha alma e levada com os ventos. Era uma noite quente de verão, minha alma mais uma vez encontrou com a solidão ela olhou para aquele céu tão escuro procurando uma resposta para sua partida. Mais a lua se apresenta e me diz:. Tenha calma, Se o dia trás consigo uma chibata a noite carrega uma varinha de condão para conduzir-te a um tempo que eras feliz. Boa noite.
Como já diziam e digo de forma diferente: se tens janela de vidro não atire pedra na janela do seu vizinho.
Zombar da cara feia de alguém que toma remédio amargo, é fácil.
Agora tomar o remédio é difícil.
"Tire a trave do teu olho".
Não é sobre ter coragem, é sobre ter força. Fechar a porta e pular a janela. Buscar respostas dentro de si e reponde-las para o mundo. Originalidade. Ser voz em silêncio e a voz da verdade, da sua verdade, da sua força e da força daqueles que, as vezes, precisam de apenas um empurrãozinho.
Janela no tempo ao universo
Deus ,os Deuses ,etc...o ser humano dá nomes diversificados ao que nos regi conforme seus costumes locais ,por que uma mente é formada por aquilo que esta ao seu entorno e a forma de como isto possa se desenvolver será influenciada pela essência de seu espirito
Os Deuses nos proporciona de tempos em tempos aquilo
no qual nos é sagrado :
_Uma outra vida a nos acompanhar
_A um cantor ,canções lindas e de tão belas que nos reviam por dentro ,que acabam por encontrar nossa alma
_Canções que não temos como negar que são mensagens
dos Deuses
_Vidas que nos surge ,nos vem ,nos cruzam que são tão
somente a nos abençoar
_Vidas que nos pedem socorro ,e quando nos damos conta
foram elas que nos socorreram .
Por toda parte vejo a janela no tempo se abrir à diversas
obras dos Deuses neste planeta ,o planeta inteiro trata-se
de obra divina ,pena que a maioria das mentes humanas
não consigam reconhecer isso e insistentemente a
destrua por estarem sempre municiados com centenas
de justificativas insensatas dentro de suas próprias
verdades ,mas que não condizem com a verdade do planeta e com a verdade de Deus.
A janela no tempo é renovatória e nos põe a momentos
únicos ao universo ,pena que enfiamos a nossa mente
num imbróglio tão grande que fizemos destes momentos
um cardápio ao qual temos muita dificuldade de escolher
à qual deles possamos viver ,mas os momentos são
únicos e não voltam ,meu conselho :_quando você se
deparar com um belo momento viva ele cada segundo
sem pressa por que são eles que lhe dão forças a
continuar a viver, é !.... pode parecer um conselho
irresponsável é por que é mesmo ; o excesso de nossa
responsabilidade faz com que coloquemos os belos
momentos todos num cardápio e empilhemos esses
diversos cardápios da tal forma que nunca consigamos
vive-los ; bem eu não vou entrar no mérito dos maus
momentos mas os merecemos por "magoar" tanto
os Deuses ,e só o fato de recusarmos os bons
momentos já nos cabe os maus .
Todos nós temos escolhas e escolher bem ou mau
só depende de nós à quando assumimos nós mesmo
e nossa vida e não a jogamos "nas costas do outro" .
Todos nós em um dado momento nos vemos de joelhos
e neste momento mesmo que queiramos fica difícil
carregar o outro e é justamente neste momento que
rezamos e pedimos para que Deus nos ajude.
E dá janela do meu quarto,
que eu via teu sorriso.
Enquanto o meu escondia-se na decepção.
Fui Saber com O meu Coração que você era muito Pouco Para ele.
Raiane Oliveira,.
Existem pessoas que sofrem tanto para abrir uma janela light,que vivem em uma extensa escuridão em sua forma killer de ser,contaminando o existencialismo alheio e punindo sua própria existência ao não buscar compreender-se a si próprio.
Abriu a veneziana da janela e interrogou o Céu. O céu não lhe respondeu nada; esse imenso taciturno tem olhos para ver, mas não tem ouvidos para ouvir. A noite era clara e serena; os milhões de estrelas que cintilavam pareciam rir dos milhões de angústias da Terra.
... o céu um pouco cinza, ela abriu as cortinas da sua janela e avistou um vôo azul metálico, ela o seguiu, trilhou a montanha e o beija flor a ensinou voar, então ela soube que era ela mesma extraindo o néctar da liberdade, alçando vôo para o amor próprio, sentindo no seu rosto o vento de novos ares...
A CASA SEM JANELAS
Naquele vento brando e fresco que vem da janela
Uma verdadeira brisa que passa pelos poros entre as folhas da mangueira ao lado da cidadela
Quando contigo estou a minha alma transborda de anseio de me tornar em te
Me sentir dentro de te
Sentir-me duro no interior dela
Sair entrar, entrar e sair
Arvorar no seu sublimar, apear no seu desmontar
Para te fazer sentir a aspereza dela quando este frio penetra nos osso dele quando entra e sai
Ele torna-se nela com furror e fúria
Como se não amasse ou se lhe fosse amado
Nela ele colado, colado ele nela
Não era para tu me tocares eu disse
Tu disseste-me nao era para te preparar
Escrevo o seu nome com a fusão do suor que jaz do calor entre os nossos corpos
E tu com a descrição do meu olhar
Deixo me levar com musica dos seus gemidos
Fortaleço-lhe com seus lambidos
Verdura seca
ACIPOL 2018- 13-12
Minha alma está cansada de olhar pela janela dos meus olhos e ver tudo escuro, sem graça. Ela se entristece com o barulho agonizante que entra pelos meus ouvidos e ecoam dentro do vazio que há em mim. Ela quer fugir
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro