Janela
O QUE A CHUVA TEM PARA LHE DIZER
Sem sono, noite fria, luzes apagas, vou até a janela e vejo a chuva que cai, chuva calma, chuva fina.
Como um acender de luz, lembranças me invadem enquanto aprecio as gotas a tudo molharem. Fecho os olhos e este som me toca mais profundamente, agora é tarde para voltar, já estou revivendo, relembrando. É tão ruim querer você e ter apenas a mim, me resta a orquestra da chuva.
Já amei outras vezes, e tenho bons momentos vividos para serem lembrados, mas, ensinei meu coração por quem bater e por quem doer de tanto gostar, ensinei a ele que existem categorias no gostar. Algumas pessoas, a gente não gosta, algumas apenas gostamos, outras queremos bem, por outras nos preocupamos, cuidamos de algumas, nos apaixonamos por vezes, acreditando que tal paixão é o inicio do amor, decepções aqui se apresentam, nos sentimos atraidos e beijos acontecem, agora, arrebatar, sentir o coração doer por gostar, pensar somente em uma pessoa, sonhar com ela, planejar os dias ao lado desta pessoa, isto não acontece assim, toda hora, assim facilmente, aqueles olhares que falam tudo, aquele sorriso que alegra o seu mundo, aquele abraço que de tão bom não da vontade de soltar, aquele beijo que leva a outra dimensão, isto é amar de alma e coração.
Imagina então quão forte é o meu amor por você, te amo em silêncio, o máximo que ganhei de você até hoje foi aquele abraço, que como tatuagem ficou em mim. Sonho, desejo o teu beijo. Quando meu olhar cruza o seu, o meu mundo para, meus ouvidos são capazes de reconhecer seu timbre de longe, e este seu timbre consegue fazer meu coração palpitar, desde que te vi, com o tempo lhe conheci por completo, sonho, sonho com o dia que vou te dar meu amor e viver para te amar.
O que sustenta este querer é o que teu olhar tem para me dizer. Quando eu te olho sei que você tenta disfarçar, mas o sentimento contraria sua vontade e seus olhos falam aos meus, quanta coisa este teu olhar me fala em segundos. Quando estamos perto, você faz de tudo para me agradar. Nunca esqueço aquela noite que me chamou para ir a sua casa e pediu sem medo que eu ali ficasse. Estava triste, e me falou que se sentia bem comigo, por fim, nos meus braços dormiu. Mal sabe você que aquela noite eu não dormi, eu apenas zelei teu sono, meus olhos na pelumbra do quarto seguiam admirando seus traços. A vida é tão ironica as vezes, lhe tinha nos braços, tinha certeza que nossos corações também tinham um ao outro, e ao mesmo tempo, não tinha nada além daquele momento.
O que está chuva tem para me dizer?
Olhando a grama molhada, pergunto para chuva por que te amo tanto, te quero tanto, e não te tenho?
Aos poucos ela vai me falando, que os amores que já tive, não passaram de tentativas em vão de não olhar para dentro do coração. A chuva me fala que você faz o mesmo, que hoje você tem outro alguém, mas é no meu olhar que você entende o amar, que é em meu abraço que você se renova, e que também não quer olhar para dentro do seu coração, prefere viver a ilusão.
O medo, isto nos separa, o medo de falar desta emoção que traduz em simples gestos o que sentimos. Não somos crianças, sabemos muito bem o que aquele olhar diz, quem vem a nossa mente quando beijamos outra pessoa, a quem corremos quando a noite se torna longa, com quem temos as melhores lembranças da nossa história, com quem nos sentimos seguros, quem nos faz feliz com o timbre, quem sempre se coloca ao lado quando precisamos, você sabe quem, quem eu amo, e eu sei quem você ama.
É, deixamos o medo vencer, o nosso maior medo, hoje é nossa pior realidade. Não me entreguei a este amor, por medo, medo de que ele morasse apenas dentro de mim, por mais que tudo gritasse que em ti ele também estava, por mais que eu tivesse a certeza, frente a frente com você as palavras não saiam, o medo que nossa linda amizade se acabasse me fez sofrer calado, calado é como meu amor está, calado, não morto.
Pedi a chuva se neste mesmo segundo seu pensamento sou eu, se você ainda espera o dia que eu bata sua porta e fale do meu amor, o dia que eu deixe de ser covarde, o dia que eu não tenha medo da felicidade, assim como tudo que mais quero agora é ouvir seu timbre chamando por meu nome, e o tão sonhado beijo entre nós matar este medo. Mas as dúvidas, elas me corroem, me matam aos poucos, não entendo, tenho tanta certeza que também me ama, ao mesmo tempo duvido se é da mesma forma que eu te amo...
Ensinei ao coração por quem doer de amar, mas ainda não quis aprender com ele como parar de chorar.
Quanto tempo não te vejo, não falo com você, mas o tempo, ah ele nem existiu entre nós, o que ainda existe é o medo, que nos afasta...
Sei que te amo, sei que me ama, e que ainda vai existir o tempo para nós dois, acredito que o que é nosso sempre arranja um jeito de chegar até nós, e haverá o dia que a chuva será a trilha sonhora do amar, amar você.
Ouça, você também, o que a chuva tem para lhe dizer.
PORTA FECHADA, JANELA ABERTA.
Tenho que me desfazer dessa minha mania de deixar a porta aberta, para entrar a saudade, sair a alegria e todo esse entra e sai de emoções e nostalgia. Não agüento mais esse meu jeito de ser durona e mole ao mesmo tempo, é que eu não consigo ser ruim na mesma proporção que eu falo, então, as pessoas entram de um jeito, saem de outro e ficam ilesas a todo mal que me fizeram. E me deixam aqui, machucada, sem cura, sem nada. Outras gostam tanto que permanecem intactas do começo ao fim, me curando com sorrisos, me esquentando com abraços e juntando todos os meus pedaços.
Descobri que deixar a porta fechada é melhor, quando algo quiser entrar, que bata, que insista, isso é prova que o que tem pelo lado de fora vale a pena. Vou fechar com cadeado, com sete chaves que é para ter certeza de que ninguém irá arrombar, derrubar, me roubar aquilo que eu mais prezo, o meu sentimento. Mas vou deixar a janela aberta, para que tudo continue claro e evidente na hora das minhas escolhas. Também preciso de ar, do vento, da brisa que entra pela janela e espanta todos os meus medos, levam todos os meus desassossegos e me deixa em paz com meus erros.
Eu vou continuar aqui, com os meus pensamentos gritando para que eu faça algo. Até que eu reaja na luta contra mim mesma, até que acabe essa guerra de sentimentos, de momentos que se foram e me encontrar em momentos que estão por vir. Continuarei sempre aqui, apesar dos apesares, na espera de algo que me faça acreditar que a sinceridade realmente exista. Continuarei a mesma, mesmo com a distância, mesmo mudando de rumo para chegar aonde eu definitivamente me encontre de verdade: dentro de mim.
E da janela do quarto, vendo uma vida de estrelas passarem por seus olhos, algo lhe dizia:
- Tá vendo aquele mundo lá fora? É seu, vai pegar.
Da janela
Da janela do meu quarto
Corre água sem chover
Corre água dos meus olhos
Quando penso em você
E de repente como se não houvesse amanhã, ela se atirou da janela... Como se não houvesse uma vida inteira pela frente, e pessoas que há amavam. Ela via tudo de uma maneira diferente, via a vida como um jogo que entre ganhar e perder o melhor à se optar, era morrer. Doía dentro de si a solidão, a amargura, doía a cada segundo que se passava sozinha. Chorar já não lhe adiantaria mais de nada, se machucar também não. O que ela faria diante da situação? Iria voar...
A dor da minha solidão
Da janela do ônibus
Percebendo que estava sozinho
No impacto do silêncio
refletida no caótico dia
O chocalho do meu raciocínio
foi tudo por um fio
que não cai em desalento,
aquilo tudo me iludia.
Em casa me sentia sólido,
sem sentimentos,
muito menos pensamentos.
Na solidão já estava acolhido
Deitei-me na cama
Tive um leve sono
e me toquei
que era tudo um sonho
Eu pressuponho!
Olhe através da janela e veja o sol brilhar...olhe como brilha...
Mesmo em dias nublados você sabe que ele está lá...
Então não se apegue as nuvens...elas passam...já o sol...ah, ele sempre continua a brilhar...
Olhe para dentro, para seu interior através do silêncio...
A Luz está aí..
Esperando na Janela
Quando me perdi
Você apareceu
Me fazendo rir do que aconteceu
E de medo olhei, tudo ao meu redor
Só assim enxerguei que agora estou melhor
Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos no amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor
E a dor saiu
foi você quem me curou
Quando o mal partiu
vi que algo em mim mudou
No momento em que quis,
ficar junto de ti
E agora sou feliz,
pois lhe tenho bem aqui
Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos no amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor
Quando me perdi
Você Apareceu
Me fazendo rir do que aconteceu
E de medo olhei, tudo ao meu redor
Só assim enxerguei que agora estou melhor
Você é a escada da minha subida
Você é o amor da minha vida
É o meu abrir de olhos no amanhecer
Verdade que me leva a viver
Você é a espera na janela
A ave que vem de longe tão bela
A esperança que arde em calor
Você é a tradução do que é o amor
Olhar: janela da alma, espelho do mundo.
Em análise romântica, o olhar tem o poder de traduzir palavras que os lábios não são capazes de dizer precocemente, isto alimenta uma metáfora mirabolante entre os amantes. Entretanto, na amizade ele serve como alavanca de conhecimento recíproco e, às vezes, como comunicação. Além disso, os olhos revelam o que uma pessoa tem no mais íntimo de seu ser, desde suas virtudes e alegrias, até mesmo seus maiores defeitos e tristezas.
Nos amantes, o primeiro palpitar enamorado acontece quando os olhos se encontram numa perfeita simetria, isso tem como conseqüência de fazer a pupila se dilatar, causando quase um eclipse nas córneas (meninas dos olhos). Cria-se um ligamento afetivo inexplicável. Eles refletem o tremeluzir céu da esperança de quem olha com profunda paixão. Os gestos podem recobrir com o manto do engano o sentimento, mas o olhar denuncia com extrema transparência o amor oculto. Os olhos se tornam fãs da pessoa amada, um perfeito par que se doa, às vezes, através de lágrimas que podem irrigar tanto o amor quanto a uma utopia. Entender os olhares da pessoa querida é mais que uma virtude: é uma necessidade, pois, não compreendê-los é sinal de que algo não está configurado em harmonia.
Contudo, a amizade é um meio de encontrar, através do outro, a felicidade, compreensão, equilíbrio emocional e companheirismo. Os amigos, geralmente, se entendem nos pensamentos e comportamentos em comum, mas o que sustenta com relevância esse sentimento é a forma com a qual eles se olham. O olhar entre amigos proporciona um acorrentamento íntimo que viabiliza o conhecimento primordial entre eles. Na amizade, raramente há mentiras, pois um amigo deduz a intenção do outro, muitas vezes, através da forma com a qual ele o olha. Também os olhares numa amizade servem como comunicação, eles conseguem passar com encanto as necessidades e alegrias de uma pessoa que tem uma amizade fortemente empregada na sua vida.
Num contexto psicológico, o ser humano sente a necessidade de ser observado, isso se realiza através do olhar que pode revelar diversos comportamentos de uma pessoa. A “alma” de um indivíduo pode ser percebida bem nas profundezas de seus olhos. Eles se entregam ao mais astuto observador, possibilitando o conhecimento amplo do ser humano.
Em suma, a porta que permite que os seres humanos não percam a sua humanidade é a forma com a qual eles se olham, pois cada pessoa carrega no olhar o reflexo do seu semelhante.
O teu direito de janela – o teu dever de árvore. Homens
e mulheres criativos, tens o direito de enfeitar a teu gosto, e tão longe quanto teu braço alcance, a tua janela ou fachada exterior
Já olhei pela janela e vi o caos,
já olhei pela mesma janela,
e vi calmaria. Não está fora,
está dentro!
''A Utopia Dispersa''
Ao decorrer da estrada,
olho mundo através da janela do carro,
bate uma brisa fria,
o tempo passa,
e eu continuo na estrada,
vejo pessoas felizes,
vejo outros carros e casas.
Sem querer cochilo,
e quando me dou conta já está a noite
e ainda não cheguei em casa,
der repente começa a chover
e um vento forte vem e minha cara,
fecho a janela,
e abro meus olhos,
tudo aquilo foi um sonho,
apenas um sonho e mais nada.
ponto de transição
da minha janela
observo uma árvore
e por ela sigo as estações.
não pelo Sol
ou pelos casacos.
é a árvore
que entrega todo o seu corpo
ao tempo
sem receio
segura de que a vida
é movimento.
Porque eu gosto de acordar com os raios solares invadindo a janela do meu quarto;
Porque eu amo ouvir os pássaros a cantarolar de tanto apreciar o céu azul igual a cor do mar;
Porque eu amo ver as cores a encantar as borboletas que passam a me visitar e eu as acompanho para admirar sua cor colorida de amar;
Porque a vida boa vivida é apreciar as cores que a vida nos dar.
Hoje eu abri a janela
E enxerguei longe, lá no Céu
Algo que parecia
Um casal de andorinhas
Voando alegremente
Não sei se estavam mesmo lá
Ou se era ilusão da minha mente
Com o tempo a gente percebe
Que não é certo
E nem inteligente
Sempre crer
Naquilo que se vê de longe
Nem naquilo que se vê de perto
Mas as andorinhas
Pra sempre estarão voando
Acreditando nelas
Ou não
O difícil não é sabê-las
Pois é pra isso que existem janelas
Triste
É viver sem nenhuma ilusão.
Edson Ricardo Paiva.