Janela
Muro de lágrimas
Renato Nova– 05/12/2007
Não vejo mais a beleza do luar pela janela
O coração já não bate mais contente
Tudo esta frio, insano, frágil, diferente!
A chuva molha o concreto da parede
Muro de minha prisão, minha única visão.
Momentos belos estão sendo esquecidos
Apenas sombras estão ao meu lado,
Sinto-me só, triste, vazio, abandonado.
Mesmo não havendo mais motivo
Neste quarto escuro, pela janela, só o muro...
Tento ser forte, escondo minha dor.
Uso falsas máscaras de felicidade
Porém este sofrimento não tem piedade...
Olho pela janela, não há luar, apenas um muro!
Molhado pela chuva e por minhas lágrimas.......
Renato Nova
Um dia a gente cansa de bater na porta que não quer abrir, e prefere pular uma janela que já estava aberta.
Não se iluda pequena, não fique esperando na janela o passado voltar. Se foi é porque teve de ir. Se foi, é porque não era pra ficar.
Quando o mundo fecha uma porta, Deus abre uma janela. Quando o mundo fecha as portas e as janelas, Deus derruba as paredes.
Os Benefícios da Lua
A lua, que é a própria imagem do capricho, olhou pela janela enquanto dormias em teu berço, e disse consigo, mesma: - "Esta criança me agrada."
E desceu maciamente a sua escada de nuvens, e deslizou sem ruído através das vidraças. E pousou sobre ti com um suave carinho de mãe, e depôs as suas cores em tuas faces. Então, tuas pupilas se tornaram verdes, e tuas faces extraordinariamente pálidas. Foi contemplando essa visitante que os teus olhos se dilataram de modo tão estranho; e ela com tão viva ternura te apertou a garganta que ficaste, para sempre, com o desejo de chorar.
Entretanto, na expansão da sua alegria, a lua invadia todo o quarto, como uma atmosfera fosfórica, como um peixe luminoso; e toda esta luz viva pensava e dizia:
- Tu sofrerás eternamente a influência do meu beijo.
Serás bela à minha maneira. Amarás o que eu amo e o que me ama: a água, as nuvens, o silêncio e a noite; o mar imenso e verde; a água informe e multiforme; o lugar onde não estiveres; o amante que não conheceres; as flores monstruosas; os perfumes que fazem delirar; os gatos que desmaiam sobre os pianos e gemem que nem as mulheres, com uma doce voz enrouquecida!
E tu serás amada pelos meus amantes, cortejada pelos meus cortejadores. Serás a rainha dos homens de olhos verdes a quem também estreitei a garganta em minhas carícias noturnas; daqueles que amam o mar, o mar imenso, tumultuoso e verde, a água informe e multiforme, o lugar onde não estão, a mulher que não conhecem, as flores sinistras que sugerem incensórios de alguma religião ignota, os perfumes que turbam a vontade, e os animais selvagens e voluptuosos que são os emblemas da sua loucura.
E é por isso, maldita e querida criança mimada, que estou agora prosternado a teus pés, buscando em toda a tua pessoa o reflexo da terrível Divindade, da fatídica madrinha, da ama-de-leite envenenadora de todos os lunáticos.
Apague a luz do teu quarto, abra a janela, sinta o silêncio da noite, escute o riso das estrelas e sinta no teu rosto o beijo que a lua te dá em meu nome. Boa Noite!
Quantas noites sem dormir olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem.
Sol Indesejado
" Este sol que brilha pela minha janela, ilude-me dos meus sentimentos. Engana-me maliciosamente, como um balde de tinta cobre as fendas de uma parede velha. Mesmo a própria parede encontra dificuldade em se revelar a ela própria.
Assim me sinto eu com o sol...astro maldito e sedutor, cria miragens em tudo que ilumina. És belo, és acolhedor, mas mentes com quantos raios tens. Se te pudesse amar... talvez entendesse a tua felicidade, mas a minha alma não tolera mais ilusões, além das que eu já vivo. Aguardo... de persianas fechadas pelo esplendoroso escurecer e pela palpitante chegada da minha doce e fiel lua... "
Sim, tenho vontade de me jogar pela janela, mas nunca foi possível abri-la. Não, não sei o que gostaria que você me dissesse. Dorme, quem sabe, ou está tudo bem, ou mesmo esquece, esquece.
O amor é uma libélula que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás da sua libélula, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance.
O fato é que ela possuía uma graça especial, talvez o modo como se debruçava à janela, ou mesmo o jeito oblíquo de sorrir apertando os lábios, como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior.
Era um alívio ficar sozinha, sem ter que sorrir e ficar satisfeita; um alívio olhar pela janela a chuva entristecendo tudo e até deixar algumas lágrimas caírem.
Em vez de olhar pela janela e procurar o culpado, olhe para o espelho e procure ver onde errou. O que está de fora pode até ser muito importante, mas você não pode controlar.