Janela
Olhando pela janela do trem, me lembro perfeitamente de quando era menina. Sonhos e mais sonhos cheios de fantasia. Chega meu local de embarque. Já sou uma mulher? Parte de mim acredita que sim, pelas responsabilidades do dia a dia.
E a outra parte ficou no trem, vagando entre pensamentos e fantasias, fugindo da realidade e sendo feliz. Ela está vivendo! A menina vive, penso eu. A mulher, sobrevive.
E ela trancou a porta para ele ir embora de vez... mas deixou um vão na janela pra um possível talvez...tem gente que é assim.. tem medo de ser feliz sozinha e acha que a felicidade dela depende totalmente do parceiro ... mal sabe ela que a porta se fecha e outras novas se abrirão... se já não cabe mais em sua vida deixa ir por inteiro.. se possível mude até de endereço...deixa o novo te encontrar ... deixa fluir novos ares.. que o passado fique apenas de lição.. e não de opção... se abra a possibilidades..
DEVIR {soneto}
Alvorecendo o dia, percebo a vida diferente...
Vou ate' a janela, descortinada com o ventejar.
O rebolar das flores se despindo do usual, a notar.
Flores murcham, animais morrem, igual a gente...
O som dos pássaros, o balançar das arvores...
Olhando pra fora, percebi o clarão de um recomeço.
Tudo parecia numa conspiração só, um rebuliço.
Vida desprovida, despertei-me destes horrores...
Em nada o existir, tudo num habilita-desabilita.
Não há garantias, nem estabilidade, tudo passa.
Ineficaz e' o existir, um sopro de vida que irrita.
Abraça pra sorrir, aperta pra doer, magoa pra sofrer.
Que gosto tem uma lagrima? Antes era congelada?
Agora pode chorar, a lagrima não e' nada! E' viver.
Da Janela da Casa do Outeiro -
Da Janela da Casa do Outeiro
avisto o cemitério
num doce entardecer, triste e derradeiro...
E há silêncio na aldeia, um eterno desidério!
Corre o vento, passam aves embaladas
voando ao Sol-poente...
E ao longe, na Serra da Barrada,
descansa o horizonte ...
Quando a tarde cai sobre Ela,
desperta em mim uma saudade,
uma vontade de ficar no alto da janela ...
No cemitério, movem-se os ciprestes por instantes
e até os mortos se alevantam
p'ra ver a tarde penetrante ...
(À Casa da minha Infância no Outeiro em Monsaraz)
Quinto Elementos
Hoje eu acordei e o tempo estava nublado
A árvore de frente minha janela molhada
Devido a tudo isso a chuva mudava os ruídos.
E cheio de amor no peito,
Enquanto os pingos das nuvens fortalece, os desejos lá fora tudo parece chorar...
O milagre da vida no sol e nas águas.
O ar puro e a terra o sumo pó das pedras.
Que sozinho pode ser flexível e não forte.
Essa alma composta de tantas essências,
Tem a incumbência de cuidar de você.
Não existe espiritualidade alguma nem magia;
Ser só terra, ser só sol, ser só mar ou ser só o vento...
Parece que o tormento que algo nos falta na alma...
É o mistério o que dar sentido à vida!
O caminho para ser completo e belo,
E precisa dos sabores dos perfumes
Que o ar colhe da terra...
as flores que exalam perfeição no ar.
Esse calor que aquece todos os lugares e campos.
E também lhe dei quando disse te amo.
Os pés sempre na praia e ao chão,
quando a imaginação sai a procurar-te
E a saudade arde e talvez ache seu coração.
A canção não para quando o amor sente,
A argila o barro a terra que recebe toda a semente.
Eu plantei essa força dentro de ti moça!
Que os anjos ousa o que tu sentes por mim...
E assim tudo podes florir...
Os seus olhos tão caramelados entre o marron e o dourado...
Eu digo que amo o castanho do seu olhar.
Entre pedras a semente cresce como gente,
E amor é livre para voar e ficar...
E as nuvens se dão a chorar
Emoções das estações que a alma produz.
Um mar de luz dentro do oceano
Que de alegria diz te amo.
Eu me flamo dentro do fogo do seu olhar.
E tudo fica completo o ar da sua boca,
Me ressuscita e nessa primavera
Minha terra interior
com amor lhe trás flor!
e o mar esse sentimento que arde de dentro.
És fonte onde meus olhos implora todo o fogo do seu corpo.
Esse sol que nos vigora por dentro é amor!
É o sarmento que me sustenta ao longo do tempo...
Desse sentimento fogo que me purificar,
Até chegar a perfeição de tocar seus lábios em vida!
Com a chama que transcende a esperança,
Enfim nossos olhares se tocam nas lembranças...
E que as profundezas da nossa alma se acalma,
E respire e inspire toda a arte de amar!
Seja na terra, de sol, de mar e de ar.
Que o amor seja o quinto elemento,
O destino para unificar
dois corpos que se amam,
Assim você seria eu e eu seria você!
O azul e o castanho a se olharem
Refem um do outro por amor se completam.
21.10.2022
Cada gota que cai é um pensamento que nasce. Olhar as gotas batendo na janela me faz ter a sensação de clareza,leveza e esperança!"
Mais um dia nasceu!
pensamentos voam pela janela
essa casa me conhece,
a flor da terra é respiração
.
Aqui é longe
mas tal real
toda forma de vida
aqui, são agradecidas
.
Em ritmo ordenado,
o sol faz-nos, um convite:
desperta! desperta!
vamos caminhar...
O Viajante iluminado, in hóspede da casa do lago.
A Janela da alma não precisa de alucinógenos para desfocar a razão.
A imaginação por si mesma é uma droga.
Ainda tenho o hábito de levantar olhar pela janela e pensar numa música, as vezes aleatória as vezes conforme o humor, a única constante nas manhãs frias por aqui é você.
O sol de cada dia!
É de manhã! No cume da serra o sol se descortina, abrindo a janela do tempo. Seus raios luminosos, calorosos e coloridos rejubilam de alegria. O orvalho se esvai, o clarão do sol vislumbra o renascimento. É o milagre da vida. É o despertar da manhã, acordando o dia.
Um ainda dorme, outro sai afobado e atabalhoado, outros caminham silenciosamente. Como formigas, num vai e vem frenético, passos apressados, ônibus lotados, carros espremidos e encaixotados no raivoso trânsito engarrafado, o recomeço…
Espaços vazios vão sendo ocupados, o burburinho transitório diminui. Cada um, nutrido de força, vontade e fé, ergue seu olhar aos céus, agradecendo. Ali é o seu sustento, o pão de cada dia; o renascer da esperança borbulhando gotas de contentamento.
O entardecer se aproxima no filme que se repete. Trabalhadores retornam ao seu sagrado lar, após o dever cumprido. A jornada cumpriu sua rotina costumeira. Nessa caminhada provisória, refez a repetição da realização da jornada. Não há paraíso, não há Adão, não há Eva!
O sol brilha porque assim é o seu feitio, assim Deus o fizera. A vida é um descortinar de desejos, sonhos, realizações, alegrias e tristezas.
O sol, antes irradiante, vai perdendo força. Faz sua preparação para o descanso merecido. É chegada a hora de enamorar sua dama, a donzela LUA. Ela, no que lhe concerne, também nos brindará com as belezas da meia luz.
Assim se completa o milagre da criação. É a obra divina representada no teatro da vida.
Meus sentimentos
Acordo sobressaltada.
É madrugada fria...
Deixei a janela aberta
A friagem torna-me desperta.
Meus fantasmas já não me apavoram mais.
Meus medos, deixei-os pra trás.
Eles que vão outros endereços aterrorizar...
Outras casas têm eles de assombrar.
Minhas emoções a mim reveladas
agora só as uso para aprendizado...
Cada uma delas uma lição.
Meus sentimentos, já nem lembro mais de por eles sofrer... estão tão esquecidos que acabaram por se enferrujar
Ei moça! Por que choras à janela de sua vivenda?
-Pra fingir uma viagem de despedida na janela do trem em desencaixe, mesmo sabendo que nem as lágrimas me deixarão...
-Foste abandonada pra se fazer assim?
-Nunca, nem viajei e tão pouco tive um amor...
-Razão do choro e soluços!
Alguns choram por terem vivido um amor que não deu certo. Outros por nem terem viajado!!
Ontem a noite,
Um besouro entrou pela janela e disse :
- Atende a joaninha.
Abri os olhos e a vi meio turva, no início, até que ela me deu uma semente e aponta-se para o jardim .
Sai pela janela
Olhando para a lua
E de forma pagã
Plantei delicadamente
E esperei ...
Quando acordei tinha mais alegria e mais esperança
Sabia que algo bom nasceria se cuidasse bem...
juramentos a mim mesmo de madrugrada, quando olho a janela... vejo a alvorada, clara e intensa como os teus olhares...
A vida é como se assentar na janela de um ônibus. Tudo passa lindamente mas você está dentro do ônibus.
aqui, sentada na janela do ônibus
eu escuto a música que eu dediquei a você
e fico me perguntando
o quão egoísta eu fui comigo mesma