Janela
De madrugada a noite chora e o vento soluça. O cheiro da dama-da-noite invade a janela e me sufoca. Preciso falar, mas palavras não dizem tudo, não dizem nada. (dudy)
Seu dia, ou, a vida é uma quimera. (Poeta Brasileiro Sidarta Martins)
Abrimos a janela e olhamos para o novo dia
Dia a dia fazemos a mesma coisa, sempre a mesma coisa
Faça sol ou faça chuva
Cada dia em nossas vidas tem sido mais do mesmo
“Olhar para o novo dia”
Mudemos!
Olhemos para o outro lado
O lado desconhecido que a janela nos apresenta
De outra forma, com outro olhar
Façamos valer o novo!
Acreditemos no novo!
Construamos o novo!
A mudança é possível!
O novo é uma realidade construída a cada novo dia
E só depende de nós, de mais ninguém
Por mais que queiramos passar a responsabilidade a outrem
Depende, única e exclusivamente, de nós
De cada um de nós
O novo está à porta, nos convidando
Nos chamando, pedindo para entrar
Adentrar nossas portas e janelas e fazer parte de nosso ser...
Pois que assim seja!
Que se renovem nossas esperanças, auê se renovem nossos atos
Que se renovem nossos passos na direção da luz
Que, apesar das tantas e quantas surpresas da existência
Possamos olhar para fora, e para dentro, de nossas janelas
De forma diferente, com um olhar diferente, com a alma diferente
Com disposição para aceitarmos o novo em nossas vidas
E fazermos, assim, valer o novo, de fato e de direito
- NÃO BASTA QUERERMOS O NOVO, É PRECISO RENOVARMOS, DE FATO
NOSSOS CONCEITOS, NOS LIVRARMOS DE NOSSAS MAZELAS E
PICUINHAS...
A vida é uma quimera!
Ao entrarmos no avião, não sabemos como sairemos dele...
Então que prevaleça o amor, a compreensão...
Um novo dia, cada novo dia, depende de nós, somente de nós mesmos.
Abra as janelas, da casa e da alma, deixa entrar a luz do novo dia....
Uma pedra
A janela do tempo chamou
a atenção da vida...
que aos poucos estava indo.
À beira do riacho, pensativa,
queria dizer qualquer coisa,
contar
que a menina que havia,
e que corria depois pelos caminhos,
sorrindo, quando as flores azuis
pequeninas colhia...
e as amava,
elas lhe causava estranha alegria,
porém a menina, não estava mais.
A descoberta aconteceu
no descer as escadas da casa,
no topo da serra, por onde
destemida atravessava o riacho,
envolvia-se com o barulho
das fontes, incessante feito
os pensamentos que ferviam.
De fundo, o verde.
Inconfundível, chamando,
cantava o sabiá-laranjeira...
ela escutava,
entre outros cantos.
De volta à realidade,
sentia a brisa
refrescante, sob o sol brando.
Pés de caminho livre, pedras variadas
de cores, algumas delas
escorregadias por força do limo.
Um sonho fugindo,
sequer aparecia.
O encanto era só da natureza,
e não da sua alma,
por dentro morriam as fantasias.
Precisava voltar para um lugar
que já não era refúgio,
enfrentaria o evidente agora!
Sem lágrimas ou desgostos,
sem desejos de nada mais percorrer...
De nada mais precisava e,
sem pedras nas mãos, delas
apenas uma, e precisava,
para pôr no lugar do coração,
aos poucos estava à morrer.
RENASCER
De João Batista do Lago
Ao abrir a janela
o velho jardineiro desfaleceu:
o jardim fora assaltado
as flores e as rosas eram murchas,
sem vida e esquálidas.
Os olhos do velho jardineiro,
cansados, choraram a dor do mundo:
nenhuma flor, sequer uma rosa
para beijar; nem mesmo um só buquê para dar.
O cheiro da rosa, e da flor, ficaram apenas na memória.
[…]
Antes que o dia finde,
o velho jardineiro tornará à luta;
e mesmo com olhos marejados
e com mãos calejadas
renascerá flores e rosas: toda vida sorrirá.
Medo Exasperado
Um som requintado
O castor reverbera na janela
Empurrando e batendo, chamando atenção
Sempre ouço, mas o desprezo.
Num dia, estava lá novamente
Soava rítmico, como água corrente
Decido estudá-lo. Parece aflito
Mas afoito com o inexplorado
Tentando adentrar à casa
Noutro dia, abrir-lhe entrada
Soa mais interessante conquanto observá-lo
Sua entrada, estupenda
Sua estadia, demorada.
O crepitar do fogo é mais aconchegante
Do que aquele conflito incessante.
Você está exausto, cansado desse sentimento todo acumulando no seu peito, vc olha na janela e vê o Horizonte a linha infinita, Seu corpo começa a relaxar, você respira tão fundo que seus pulmões enche de ar rapidamente.
O sol atinge sua pele começando a esquentar, um conforto sem fim e quando você abre os olhos você vê aquela pessoa que tanto almeja, montanhas sem fim atrás dando um aspecto lindo de se ver. Sou um louco alucinado que apenas quer ver sua amada.
Subo no parapeito do prédio no terraço, meus pés ficam gelado pelo chão frio que logo se esquenta pelo raios solares, a chuva que caia sobre mim já não existe mais, seu corpo que estava molhado já está totalmente seco.
Já ali mesmo naquele lugar você coloca um fim na angústia sem fim, acaba deslizando do parapeito fechando seus olhos já sem brilho, soltando a última respiração que você tinha no seu pulmão. Acabando com o fim que tinha vendo a luz que tanto queria .
Estradas de Pedra.
Enquanto a chuva cai
A noite passa e vai pela janela
Pra perto da estrela distante
Na mesma velocidade
Pensamento, instante, vagam
Pedra lisa, estradas sem destino
Que se aprumam
Indiferentes, se acostumam
Vai durar uns meros séculos somente
Durante as tempestades
Quais relâmpagos colidem
Que se agridem pelos ares
Olhares idem pela escuridão que espero
Pra depois, durante as calmarias
Vir buscar-me em sonhos
Pois, durante a madrugada
Não serão jamais pisadas
Vão nascer de novo, sempre vão
No primeiro desvão, por onde invade o sol
Da primeira manhã de alguma infância
Há de ser nova
A primeira manhã de todas as manhãs
Traz consigo o gosto verdadeiro
Do primeiro sol que arde n'alma nascitura
Pensamento, instante, invade
Vai durar uns poucos séculos somente
Indiferente às estradas de pedra
Que foram feitas só pra ser pisadas.
Edson Ricardo Paiva.
Todos os dias ao amanhecer, olho pela janela e proponho-me a travar uma nova batalha, completamente alheio ao teor da noite anterior, às dificuldades que vou enfrentar e na maioria das vezes a correr contra o tempo, sem que se possa imaginar as feridas por sanar que transportamos e ignoramos, até porque no final do dia, teremos acumulado mais uma ou duas.
Este é o espírito de um guerreiro que nada teme!
08/03/2024
Seu olhar é como uma janela
Para um universo de emoções profundas e delicadas,
E eu me encontro perdido em sua beleza
Sempre que mergulho nele.
Estou deitada na cama… com a janela aberta sentido a vida.
O sol, com seus raios dourados, é mais do que uma simples estrela no céu; é uma fonte de vida, energia e vitalidade. Quando seus calorosos abraços tocam nossa pele, sentimos uma sensação única de renovação e plenitude, como se cada célula do nosso corpo acordasse para a magia da existência.
É uma dança celestial entre o sol e nosso corpo, uma troca de energia que nos conecta com a essência pulsante da vida. Podemos sentir seu calor suave acariciando nossa pele, banhando-nos em uma sensação de conforto e bem-estar. É como se o sol nos envolvesse em um abraço caloroso, lembrando-nos que somos parte integrante deste vasto e maravilhoso universo.
Quando nos permitimos absorver a energia do sol, também nos abrimos para a abundância da vida ao nosso redor. Podemos sentir a natureza vibrando ao nosso redor, os pássaros cantando, as flores desabrochando e o mundo inteiro pulsando com uma energia indomável. É uma sinfonia de cores, sons e sensações que nos envolve e nos transporta para um estado de pura gratidão e admiração.
E assim, quando nos permitimos sentir o calor do sol em nosso corpo, também nos permitimos sentir a vida em toda a sua plenitude. É uma lembrança gentil de que estamos vivos, que estamos aqui e agora, e que cada momento é uma dádiva preciosa que merece ser celebrada. Então, vamos nos permitir sentir o sol, deixar seu calor nos banhar e nos rejuvenescer, e lembrar-nos da beleza e da maravilha de simplesmente existir neste vasto e incrível cosmos.
Minha Janela
Lanços fulgurantes da minha história
Retalhos da minha infância
Guardado na memória
Quando ainda criança
Vividos com alegria
Pequeno uma doçura
Brincadeira e fantasia
Colo de mãe muita ternura
Adolescência fragilidade
Incertezas, procura e vaidade
No mundo de tanta gente
Primordial controlar a mente
O amadurecimento necessário
Colo n’outro lado do morro
Pouca roupa no armário
Sem alguém pra pedir socorro
Sementes novas lançadas regando todo dia
Renascendo a alegria
Um quadro pintado em aquarela
Suplício fechar a janela.
"Enquanto olho repetidamente pela janela do meu quarto, ainda me pergunto se há oportunidades para me tornar amigo de pessoas de todos os continentes. Mesmo estando longe de tudo, eu tento me aproximar das pessoas de alguma forma, seja através da poesia ou da arte. Todos os dias, preparo a mesa para alguém que ainda não conheci."
- Antenor Mario
Quanto mais observo da janela os outros usufruindo da alegria de viver, mais faz o abismo de tristeza e solidão crescer no meu peito.
Apesar de terem entrado na minha vida pela janela do amor nunca fizeram parte da minha vida, foram embora livres como sempre foram.
A Minha Solidão!
No silêncio do meu quarto, olho a rua
pela vidraça da janela. Ouço o barulho
do vento lá fora, aqui dentro a solidão
me apavora.
Quero te esquecer, mas não tem jeito,
saudade aperta o peito, o pensamento
voa em sua direção.
Eu queria ter o poder de voar agora, e
ir para onde está o meu coração, me
aconchegar em seus braços, e saciar
essa paixão.
Pela janela do meu carro - 2
Era próximo de 13h e o movimento na rua estava intenso. Eu seguia rodeada por carros e à frente também tinham aproximadamente seis motoqueiros.
De repente o que ia no início teve a "brilhante ideia" de realizar um "cavalo de pau".
O que aconteceu depois?
No mesmo instante todos os veículos que vinham atrás desaceleraram e os outros motoqueiros se afastaram.
Imagino o que pensaram: IMBECIL!!!!
Eu pensei: "Se ele cair, qual será o veículo que irá passar por cima do corpo?"
Sinceramente, fiquei irritada. O cara atrapalhou e atrasou o trânsito e, se tivesse acontecido o pior, alguém poderia ser acusado por homicídio sem ter culpa alguma.
Oh gente louca que não respeita o trânsito.
Pela janela do meu carro - 3
Eu seguia atrás de dois carros e observei que eles desaceleravam muito rápido, então percebi que era por causa de um ciclista que ía cambaleando logo à frente.
Pensei: "Será que ele está bêbado?"
Quando o ultrapassei, confirmei o que havia deduzido. Só que tinha mais um detalhe: Ele não só estava bêbado como continuava segurando uma latinha de cerveja com a mão direita, enquanto conduzia a bicicleta com a mão esquerda.
Então concluí: "O cara é de fato um ótimo ciclista."
Texto de 30/01/2023
Pela janela do meu carro - 4
Certo dia eu voltava para casa no intervalo do almoço e percebi que tinha um rapaz na bicicleta sendo agredido por dois meliantes, um estava de preto e branco e outro de marrom.
Eu fui me aproximando e buzinei na direção dos tratantes, que na mesma hora pararam a agressão.
O moço devia estar voltando para casa cansado e ainda teve que se estressar desse jeito.
Um esclarecimento: Um dos meliantes tinha o pelo preto e branco e outro era caramelo (indícios apontam como um dos terrores dos motoqueiros).
Que ao abrir a janela do dia, eu tenha olhos para enxergar a beleza do amanhecer, a sutileza do sol enchendo o firmamento de cores, a magia da aurora celebrando a vida.