Janela
A vida é uma vela acesa perto da janela e a morte é o vento que tenta encontrar uma fresta para passar e logo apagá-la.
A minha casa não tem portas nem janelas mas tem o espaço o suficiente para caber o mundo dentro dela.
Gosto de agosto porque gosto
E quando gosto, gosto mesmo
Gosto de verdade
Gosto de você e gosto
do meu bom gosto
Se te agrada meu gosto
Gosto mais ainda
Gosto de agosto.
Tenho impulsos terríveis (...) de jogar coisas fora. Um dia, senti o impulso de jogar tudo o que eu tenho pela janela, a televisão, as crianças, tudo.
Minha janela
As vezes aberta
outras vezes fechada
busco dentro de mim
o brilho das estrelas
as vezes a escuridão
das trevas
todas as manhãs
os pássaros cantam
as flores exalam perfumes
o mar tranborda amor.
Faço minhas escolhas
vivencio experimentos
que refletem na minha janela
no meu olhar de mundo
lá fora
a beleza permanece
e a vida segue
uma janela
sempre aberta
@zeni.poeta
NUM DIA DE CHUVA
Céu cinza, telhados molhados
As gotas de chuva no vidro da minha janela
Escorrem feito lágrimas
Bate àquela saudade
Do abraço que não aperta mais
De quem só restou um retrato amarelecido
E a presença que insistiu em ficar dentro de mim
Dos olhos que não se cruzarão mais com os meus
De sentimentos fugidios que moram no ontem
Saudade daquilo que não tomou forma
As gotas de chuva choram na minha janela
Enquanto a saudade chove em meus olhos.
✨Ela
na janela
do dia a dia,
apreciando a paisagem
e seu pensamento absorto em alguém,
que fez do seu coração
um doce jardim de primavera...🌹
***
✨
"Na passagem
Do tempo
uma paisagem
descreve meus sOnHoS."
💖...*(FLS*)
E ela
APENAS olha a janela
do tempo e DIZ:
num tom
radiante e FELIZ,
mesmo que demore
estarei a espera de dias melhores 🌷
***
____Francisca Lucas___
🌷💖🌷
Quando me reconstruir
quero ter janelas enormes
Pra que nenhum canto em mim permaneça tanto tempo no escuro
Pra que algo consiga ser maior que minha solidão
Mas não cobrirei minhas rachaduras
Nem disfarçarei minhas angústias
Carrego comigo cada mulher que eu já fui nas minhas frestas
Usarei esses vazios como respiro e não como ruínas
A janela da paz
Olho da janela dos meus olhos fechados, vejo deslumbrantes paissagens, mas como?? Perguntam aqueles cegos de lembranças e de criatividade emocional, mas eu respondo, meu mundo, hoje, tem as paissagens que quero ver, os lugares por onde andei e por outros tantos que nunca passei, mas que com certeza estão lá a me esperar, mesmo que eu nunca, fisicamente, vá, mas posso vê-los, pela janela central do meu quarto de imaginar, lá, só entra o que permito, só quem permito, lá a paz é minha companhia constante, minha amante confidente, minha amiga sempre pronta a me consolar, lá sou rei, sem reinado, sou imperador sem império, sou eu, simplesmente eu.
É pela fresta da janela que abrimos no tempo para às escondidas espiar o passado que nos escapa o presente.
Numa noite dessas, estava chovendo,
decidi ir até a janela para observar o céu e fiquei o observando por alguns instantes, então, você apareceu nos meus pensamentos, um devaneio da minha mente, estava linda, excitante, sorridente, estávamos exultantes
por estarmos juntos até que, repentinamente,
senti uma brisa suave tocar o meu rosto e os meus lábios
como se fossem os seus beijos enviados pelo meu audacioso desejo,
uma afronta à realidade.
Não queria despertar, entretanto,
fui contrariado quando uma densa neblina tomou conta,
ocultando assim a sua presença,
a chuva ficou mais forte,
logo, despertei e fechei a janela.
"" Sentir o gosto da rima perfeita
E perder a eleita
Pra um pensamento efusivo
Que viajou demais...""
“” Que venham os novos dias
E suas novas cores
Que tragam também, novos amores.
Pois o que para, adoece
E se saudade é estrela
Luar é noite que acontece...””
A JANELA E A LUA (soneto)
Já de ti - dizia a lua - me despeço
Pra janela, no cerrado com sorriso
Deixo-te com os sonhos. Preciso
ir... O sol já está no seu ingresso
No horizonte me embaço no paraíso
De tua fresta vê-me no meu avesso
Diz a lua no clarão no céu disperso
E eu, noturna, indecisa, me diviso
E, escancarada, alegre, a ti expresso
Até mais logo! Vá com lotado juízo
Diz a janela pra lua, breve regresso!
E está, que já dormia, de sobreaviso
Inteirou a janela deste seu recesso
Até a noite, quando volta no improviso
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
O SOL
Para que curvaste
no beiral da ventana
e pelo chão se arraste?
É por seres luz soberana
querendo luzir meu verso?
O meu poetar está sem gana
A alegria na alegria submerso
E estou quieto, de carraspana
Deixe-me a sós, no breu inconfesso
Fica-te por aí na ilusão mundana...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
“A beleza á passageira, por isso que o casamento é temporário, mas quem se casa pela janela da alma sabe o que é a eternidade”.