Janela
A chuva escorrendo na janela, quase toco minha face crendo serem minhas lágrimas a derramarem de saudades.
A vida é uma vela acesa perto da janela e a morte é o vento que tenta encontrar uma fresta para passar e logo apagá-la.
A minha casa não tem portas nem janelas mas tem o espaço o suficiente para caber o mundo dentro dela.
No século XIV, Leonardo da Vinci dizia:"o olho é a janela da alma".
No século XXI, com a COVID 19,o olho tem sido:
a janela da alma
a expressão do sorriso escondido pela máscara,da dor velada,do sim,
do não,do talvez e da esperança.
Deitado em minha cama, silêncio...
A chuva batendo na janela.
O verde das folhas num leve balançar.
Sol, dois milagres da vida em um frio e apático vidro.
Nostálgica tarde, envolvente.
Único, singular eu, raso, visível...
Cru, desnudo de pretensões.
Cascas caídas, como se as máscaras fossem guardadas.
Exposto, frágil, verdadeiro.
Em folhas e gotas, protegido.
Moldura, rara pintura.
Eu.
Tenho impulsos terríveis (...) de jogar coisas fora. Um dia, senti o impulso de jogar tudo o que eu tenho pela janela, a televisão, as crianças, tudo.
Abra!
Abra a mente, a porta e a janela
Abra um livro, um sorriso
Abra as pernas, uma garrafa de vinho
Abra um pote de nutella.
Só na abra sua alma pra pessoas cegas de sentimento!
Feche!
Feche sua mente pra influencias nefastas.
Feche a porta do seu quarto e a janela se achar melhor.
Feche o livro e até abandone a leitura se ele não te prender,
Feche esse sorriso de vez em quando, Frejat já dizia que rir de tudo é desespero.
Feche as pernas, principalmente se tiver de saia.
Feche a garrafa com aqueles dois dedinhos de vinho.
Feche o pote de nutella, guarde pra proxima TPM.
Só não feche sua alma para o amor.
Por (Ro Alves) Facebook
De ma fenêtre - Da minha janela
Da minha janela, eu via o ir e vir de pessoas sempre apressadas, como o Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas. Dentro de seus carros, em suas motos, bicicletas ou mesmo com passos acelerados, suas expressões gritavam “Estou atrasada, estou atrasado! Olha a hora, olha a hora!”
Alguns dias eu observava atentamente e algumas coisas se destacavam. Como os carros, verde limão, amarelo e o rosa que passavam quase sempre no mesmo horário, também havia um simpático casal de ciclistas e um grupo de pessoas barulhentas que caminhavam em direção ao ponto de ônibus. Não conheço, nenhuma dessas pessoas, mas não as vejo mais, suas histórias e seus caminhos, mudaram.
Da minha janela, agora eu vejo a rua vazia, tranquila. E apesar de estar em uma região central de uma capital, é como se fosse um bairro de uma cidade pequena, onde crianças poderiam sem medo, estar correndo, rindo, se divertindo (como eu fazia na minha infância), mas não existem crianças na minha rua.
Da minha janela, alguns dias, eu posso aproveitar os tímidos raios solares, me fascino e tenho medo das tempestades e algumas vezes, vejo a Lua e as estrelas (pois aqui quase sempre o céu está nublado).
Da minha janela, as coisas que mais gosto de ver são aquelas que meus pensamentos trazem, enquanto tomo meu café, meu chimarrão ou minha taça de vinho (depende do momento), e olho para o céu, para as árvores ou para o nada, sem fixar o olhar
Da minha janela eu vejo o meu ontem e planejo o amanhã.
Eu gosto da minha janela!
Luana Kaminski
Em um momento do dia, quando tudo se acalma, a poesia floresce. É assim. Quando a noite vem pela janela.
Você pode ver a vida de várias maneiras, pode olhar pela janela e senti-la como a tranquilidade do vento ou pode senti-la como uma ventania.
"Com a janela aberta, vejo o horizonte com a sensação de que apesar de noites escuras e chuvosas, em poucas horas, o sol brilhará e trará junto de si a esperança renovada de um novo dia!"
Minha janela
As vezes aberta
outras vezes fechada
busco dentro de mim
o brilho das estrelas
as vezes a escuridão
das trevas
todas as manhãs
os pássaros cantam
as flores exalam perfumes
o mar tranborda amor.
Faço minhas escolhas
vivencio experimentos
que refletem na minha janela
no meu olhar de mundo
lá fora
a beleza permanece
e a vida segue
uma janela
sempre aberta
@zeni.poeta
Quando me reconstruir
quero ter janelas enormes
Pra que nenhum canto em mim permaneça tanto tempo no escuro
Pra que algo consiga ser maior que minha solidão
Mas não cobrirei minhas rachaduras
Nem disfarçarei minhas angústias
Carrego comigo cada mulher que eu já fui nas minhas frestas
Usarei esses vazios como respiro e não como ruínas
A janela da paz
Olho da janela dos meus olhos fechados, vejo deslumbrantes paissagens, mas como?? Perguntam aqueles cegos de lembranças e de criatividade emocional, mas eu respondo, meu mundo, hoje, tem as paissagens que quero ver, os lugares por onde andei e por outros tantos que nunca passei, mas que com certeza estão lá a me esperar, mesmo que eu nunca, fisicamente, vá, mas posso vê-los, pela janela central do meu quarto de imaginar, lá, só entra o que permito, só quem permito, lá a paz é minha companhia constante, minha amante confidente, minha amiga sempre pronta a me consolar, lá sou rei, sem reinado, sou imperador sem império, sou eu, simplesmente eu.
Numa noite dessas, estava chovendo,
decidi ir até a janela para observar o céu e fiquei o observando por alguns instantes, então, você apareceu nos meus pensamentos, um devaneio da minha mente, estava linda, excitante, sorridente, estávamos exultantes
por estarmos juntos até que, repentinamente,
senti uma brisa suave tocar o meu rosto e os meus lábios
como se fossem os seus beijos enviados pelo meu audacioso desejo,
uma afronta à realidade.
Não queria despertar, entretanto,
fui contrariado quando uma densa neblina tomou conta,
ocultando assim a sua presença,
a chuva ficou mais forte,
logo, despertei e fechei a janela.
JANELA DO CORAÇÃO
Do meu coração eu abri a janela
Vi meu jardim florido
Vi que já era primavera
Tempo de florescer , tempo de renovar !
Fui como uma andorinha
Com as asas quebradas
Que insistente a voar ...
Vejo-me através da janela da vida
Cicatrizes e feridas
De um amor que se foi dizendo: não volto mais
Ficando em meu canto escondida
Curando das asas tais feridas
Curando sozinha meus ais ...
Não sou um papel, Pra minhas asas rabiscar,
Sou minhas próprias asas ;
Me preparo para voar ...
...e surfando entre as nuvens
No espaço a navegar,
Contemplando as estrelas,
O brilho do sol entre a luz do luar !
Vi através da janela de meu coração
Que embora na solidão vazio,
Tem espaço de sobra para amar !
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Fico tranquilo quando eu tô do lado dela
Faz mó questão de vir da pista pra favela
Ficou encantada com a vista da minha janela
E trocou o petit gâteau pelo meu pão com mortadela
UMA JANELA DE TEMPO
"Mostrem bondade, justiça, igualdade de direitos em tudo que fazem. Lembrem-se que o Senhor voltará brevemente" - Fil. 4:5
Sei que muitos de nós gostaria de estar sossegados. Vivendo tranquilamente e ao nosso bel-prazer. Postando fotos no face e Instagram. Sem nos importar com o que está acontecendo lá fora.
Muitos até usam a famosa frase "Não sou desse mundo. Aqui sou apenas peregrino. Breve vou pra minha pátria". Todos queremos ir pra casa. Mas estamos esquecendo de que enquanto estivermos aqui temos que ser luz. Temos que ser luzeiros em uma terra que anda na escuridão. Ignorar não tornará isso irreal.
Temos apenas uma janela de tempo. Não dá pra ficar parado olhando para o nada. Temos que "mostrar" o que somos em tudo que fazemos.
Não dá pra sentar na praça e ficar dando milho aos pombos enquanto as pessoas transitam, tateando, procurando algo firme para se apoiarem. Temos que levar a cruz ao alcance de suas mãos. Temos que levar a justiça ao alcance de suas mãos.
Estamos (nós, que nos consideramos pessoas de bem e boa conduta moral) desacreditados tanto quanto os políticos. Eles roubam, cometem injustiça, tem o poder sob controle, por isso sempre são beneficiados. E nós?
"O que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons" (Martin Luther King).
Nosso silêncio é mais violento do que o estupro de um bebê recém-nascido. É mais violento do que uma mãe que aborta e joga o feto no lixo. É mais violento do que um louco que lança uma bomba em uma escola.
Até quando vamos nos comportar como covardes? Loucos, maníacos, assassinos, em busca de "paz".
Mentirosos e injustos que bradam em alta voz que somos portadores da verdade e da justiça.
Nosso tempo está se acabando.
(Van feller- 07/2017)