Janela
Uma janela.. tempo de renovação
Uma janela...tempo de renovação!
Hoje dia 28 de dezembro, após o natal e véspera de ano novo, fiquei pensando como se define esse período? Um período onde não há o que comemorar, lembramo-nos do natal e fazemos planos para o ano que está por vir. São as tão genuínas festas de final de ano.
Natal é não só a comemoração do nascimento de Jesus Cristo – um homem que revolucionou uma humanidade- mas também é nessa data que deixamos nossos sentimentos aflorarem. Natal é tempo de amor, de família reunida, ceia farta, de troca de presentes, de reconciliação, de perdão, de recordar, é um misto de alegria e tristeza. É tempo de exercitarmos nossas virtudes como a caridade, o perdão, o amor e a generosidade. É imbuído nesse misto de sentimentos que festejamos. Há também aqueles que não festejam que não reúne, se isola, mas mesmo assim o sentimento ainda subsiste.
Se o natal é tempo de reflexão, o ano novo é tempo de fazer planos. Contemplamos o futuro como uma oportunidade de fazer mudanças em nossa vida. Quantos propósitos não são feitos na noite de ano novo? Os mais diversos, dos mais simples ao mais elaborados. É bem verdade que muitos propósitos irrelevantes são estabelecidos e, poucos dias depois, são abandonados; porém, alguns propósitos genuínos são mantidos. Mas o mais importante é que nessa atmosfera, paramos nem que seja por um minuto, para relembrar tudo o que vivemos no passado: derrotas, vitórias, perdas, surpresas, sorrisos, saudades, etc.. .Ás vezes, as lágrimas escorrem, mas ai, enxugamos as e sorrimos de novo, pois se abre diante de nós uma nova janela e um novo horizonte se mostra, enchendo nossos corações de esperança. É emocionante ver o relógio mostrando o fim de um ano, contagem regressiva, o velho ficou para traz e tudo novo de novo.
E essa janela entre o natal e o ano novo? É tempo de que? De nada? Há uma janela no tempo, uma lacuna em nosso íntimo, onde ficamos inertes aos acontecimentos, onde protelamos todos nossos planos para o próximo ano. É como se tirássemos férias de nós mesmo, é como se nos colocássemos em “modo de espera”. É, sem sombra de dúvida, um tempo de descansar, de nos restabelecermos, de acalmar os ânimos, de trazer novamente a paz dentro de si. Mas acima de tudo é tempo de refazermos-nos, renovar nossas energias para a nova missão que nos propomos no ano novo: SER FELIZ!
"A poesia pode ser o espelho, a janela da alma ou do coração a porta.... Pode ser a fantasia ou a verdade que aflora"
Janela
Uma nuvem cinza surgiu em minha janela
Cinza de dor e sofrimento
Trazendo memórias de um tempo
Em que a vida não era tão bela
Uma fria gota de chuva respingou em minha janela
Esfriando, cessando as batidas do meu coração
Atenuando minha respiração
Agravando minha agridoce mazela*
Será que a tempestade irá passar?
Será que o tempo irá se abrir
Ou irá apenas me iludir
Não irei a ele me apegar
Como se não bastasse o temporal
O frio vem me visitar
E eu pelo calor a desejar
Padeço de forma imparcial
Um raio de sol bateu em minha janela
Porém tarde de mais era
Em vão foi minha espera
Quebrada está a janela
*mazela: chaga, ferida, doença
Numa noite calma, o vento que bate da janela me leva até você. Fecho os meus olhos, imagino mil maneiras de te ter. Viajo em pensamento, já consigo te ver.
A brisa gelada daquela noite sem lua, me aquece a alma, imaginando a figura tua.
Fico sem jeito, imaginando teu beijo, tolo, mas não posso parar, minha mente agora já cogita te amar.
Sou forçado a sanidade, e o que me resta é a solidão.
Ela dormia quietinha, com a cabeça encostada na janela. Estava encolhida por causa do frio, e abraçava os braços como se estivesse o acolhendo. De repente, ela sorriu, ainda dormindo. Parecia ser um sonho bom, daqueles que te deixa com vontade de sonhar de novo e de novo. Ela estava sonhando com ele, sem dúvida. A parada dela era próxima, o que a fez ter pouco tempo de sonho. Fiquei com pena dela. Ela parecia tão feliz! Mas logo isso mudou quando eu vi quem a estava esperando na tal parada: Era o pequeno dela, lhe dando um sorriso tão lindo! Depois que se abraçaram, ele a beijou com tanta paixão que me fez sorrir do nada. Lembrei de você, lembrei da gente. E naquele momento, uma saudade enorme me bateu. Me pus a dormir, e eu aposto que em algum momento da viagem, em pleno sono, eu sorri.
Ah! se a vida é tão bela, vista da minha janela
Imagino o quanto deve ser deslumbrante a vista plena"
Às vezes olho da minha janela e penso existir algo além daqui.
Vejo as estrelas e perco os olhos na imensidão... tem alguém aí?
Em algum lugar, qualquer lugar, qualquer planeta ou universo que eu possa encontrar para enfim dizer "está tudo certo ou será mesmo tudo deserto?"
Um dia olhando pela janela percebi que: A vida é incrivel , e que cada peça da nossa historia é a palavra-chave do nosso futuro.
Nunca aperte 'esc' na janela de alguém que gosta de você sem antes responder. Pois amanhã você que poderá levar 'esc' sem ser respondido!
TPM é patético. Queria fazer coisas sem ter vontade de jogá-las pela janela. Fica mais perigoso quando inclui pessoas.
Da janela
Jesus vem 1, do alto da colina
Observava atenta e imóvel
Com sua face cega da neblina
No seu silêncio imemoriável
Um grande lençol branco gaivota
Que Cobria a mata virgem 2
Com sua proteção devota.
Bem cedo, o sol penetra seu sossego selvagem
Espalhando seu calor
Secando o orvalho da folhagem
Iluminando e aquecendo seu interior.
É o nascimento do dia,
As borboletas bailam ao sabor do vento
Os pássaros cantam de alegria
A cigarra e seu sinal barulhento
Abelhas fazendo mel com amor
Formigas trabalhando sem parar
Colibris de flor em flor
Que dia lindo! Todos a saudar.
Eu contemplo essa linda geografia
Da casa dos meus pais, da janela,
Talvez a perpetue numa fotografia
Ou pinte numa grande tela.
Fernando Luiz Silva
14/03/2005
*1- Pedra situada no morro do Barata em Realengo.
*2- Mata situada no morro do Barata em Realengo.( que não é tão virgem assim.)
Da janela do apartamento
"O apartamento ficava no 2º andar e dava para os fundos de outro prédio. E uma das janelas do meu apê ficava de frente a do apartamento de um homem lindo. Todas as manhãs eu ficava observando os movimentos dele, para onde ele fosse o meu olhar ia junto. E como estávamos no horário de verão, 06:00 da manhã ainda eram 05:00. E me impressionava a disposição dele a essa hora. Pra quem passava o dia fora de casa, ele era bem disposto. Passei uma semana o observando, e em meados dessa semana o horário de verão já havia acabado, e eu lá, vendo suas saídas e chegadas, até o horário eu já sabia.
Chegou exatamente às 20h. O horário de verão acabara há uma semana. Quando viu, pela janela do apartamento, ele estava me olhando. Meu Deus! Ele também estava me observando, só não sei por quanto tempo ou há quanto tempo. Mas ele estava me olhando firme, e me soltou um sorriso, um mais lindo sorriso. Passamos a nos falar por olhares durante uns três dias pela janela, depois a coisa começou a ficar séria. De repente ele aparece na porta do meu apê. Como ele conseguiu subir sem ser anunciado? Se fosse um ladrão, ou um sequestrador? - Sim, eu sou dramática – e era ele, e como sempre, estava radiante. Eu o convidei para entrar e sentar, ele fez que sim com a cabeça. Me olhou firmemente por alguns segundos e se apresentou. Tomáz Aragão. Prazer, Alícia Braga. Olhou-me por mais alguns segundos e me convidou para tomar uma bebida no salão do prédio. Ao chegarmos ao salão, ele pediu dois drinks ao garçom, e começamos a conversar sobre nossas vidas. Um conhecendo o outro.
Em um impulso, decidiu dizer-me o quão linda eu era, e quão encantador era o meu sorriso. Fiquei um pouco envergonhada, mas feliz por saber que o homem do sorriso bonito me achava bonita e encantadora. Agradeci os elogios, e também o fiz. Passamos a noite olhando um para o outro e dando gargalhadas, até ele se levantar, sentar ao me lado e me beijar apaixonadamente na boca. Foi ai que eu percebi que estava pronto para viver um novo amor."
A moça dos sonhos
A moça na janela com uma flor no cabelo, moça na janela com olhar leucêmico, paisagem crua em pleno dia de sol.
Aviões de papel voando perto dos passarinhos.
No bolso a esquerdar jaziam os comprimidos que ela nunca se lembrava de tomar, na ires como um risco de carvão, outro sol, sol órfão em sacrifícios geométricos.
A língua doce e dissonante, pálida como os lençóis que aprenderam a gemer o teu nome, como as mãos que não seguram coisa alguma, como os pés que enraizarem prenhes de caminhos.
Eu vou olhar a moça, vou observar a ferrugem que cresce em sua janela, seus dedos frágeis tangendo pra longe a amargura do sol, o mesmo sol de lanternas fazendo brilhar as ligas metálicas, o lusco-fusco dos degraus.
A moça na janela tem estrela no lugar de brincos.
A moça na janela é a moça dos sonhos, a moça dos sonhos de alguém.
Olho dá janela, para a chuva que não quer passar, assistindo o ritmo dos pingos ao cair no chão, lembro da saudade que está presa no coração.
Aí vem a parte que dar medo, a tal da solidão.
Tudo tem um fim com qualquer pretexto, mas as estradas não terminam quando a janela está aberta porque você realmente quer que ela esteja assim. Eu não escolho tanta coisa, nunca encontrei tão raro valor em nada, nada que tampa meus olhos e me faz entender que sentir não e uma escolha.
A cama não precisa ser mais que seu profundo conforto, o dia não pede pra no talo porque você precisa de algo bonito, compreenda sua capacidade de não aceitar que tudo e simples de começar, e mais fácil ainda de não existir. Todas as vontades surgem da não vontade de querelas controladas.
Acordei bem antes do primeiro raio de sol...
Abri a janela... gosto de ver as casas com suas luzes semi apagadas...
Ao longe como lamparinas enfileiradas... sumindo... sumindo...
E quando olhei um pouco mais para o alto
eis que vejo a lua já tristonha se despedindo...
quase despida de cor...
mel ((*_*))