Janela
Da janela percebo a vida...
Lírios coloridos, dançam nessa tarde de sol.
As rosas explodem na sua beleza.
Pétalas se espalham pelo jardim.
O verde contrastando com o colorido...
Tudo é energia...
Tudo vibra.
O ritmo é a batida do coração.
Ventos que batem nas pedras.
Ventos que uivam.
Ventos que choram.
É a magia da natureza.
Pássaros voam no céu azul.
Pássaros cantam nas árvores...
Canários amarelos cantam no jardim.
Abençoada natureza, que vibro;
olhando da janela.
Nilto Moura
Acordo tarde, esperando a ressaca do vinho barato, sem vontade de sair da cama. Abro a janela e vejo a cidade cinzenta, cheia de gente apressada e sem rumo.
Mas eu sou diferente, não quero seguir a multidão, prefiro me perder nas ruas sujas e escuras, nas várzeas, encontrando aqueles que a sociedade entende por páreas.
Eu não me importo com as convenções sociais, não me importo com o que os outros pensam de mim.
Entre os bares e becos, eu me encontro, com meus vícios, virtudes e defeitos. Eu confronto a vida e a morte, o amor e o desamor. Eu sou um sobrevivente, um lutador incansável. Eu sou o anti-herói dos desajustados, o rebelde sem causa. Somos todos experimentos, um dia tudo isso acabará, e eu partirei deste mundo sem arrependimentos.
Acordei meio-dia
Abri a janela
E voltei a deitar
Preciso despertar
Mas vontade não há
Mesmo que eu peça
Ela não me deixa
Que dor de cabeça
Se eu adormecer pra sempre
Tudo vai melhorar?
A natureza reverenciando o criador, abrindo sua janela para o belo, feliz os olhos que se prestam a contemplacao!
Gosto
Quando podemos conversar
Quando deito em minha cama
Olho para a janela
E você está lá.
Como é linda
Toda noite de Luar.
O dia me cativa
Permite ver coisas
Há vidas
Que só podem ser vistas
Com a luz do Sol
A Luz do dia
Mas a noite...
A noite me deslumbra
Me facina
Me apaixona
É a minha vida
Sem pressa,
Sendo vivida.
O escuro
O silêncio
Não há solidão
Está cheio de vida
Meu coração
Vida noturna
Ruas escuras
Ruas vazias
E tem a sua companhia
Majestosa Lua
Minha melhor amiga.
Nem sempre eu gosto de abrir a janela da minha alma...
Porque nem todas as pessoas me trazem flores... nem todas as pessoas realmente se importam como a gente pensa que importam..
NOVO ALVORECER
Avisto de minha janela
O meu velho Jardim
Que começa a brotar,
Com flores de cores belas
perfumando a vida
e também a adornar !
Borboletas, abelhas,,
Beija-flores
Sobrevoam sobre as flores
Para o néctar colhêr,
Adoçando assim a vida
Preparando o caminho
Para um novo alvorecer!
De mãos dadas com a esperança,
Vejo os raios do sol
Que começa a despontar
De joelhos agradeço
E peço ao criador
Ao mundo abençoar !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Pendura tua alma na janela ..e deixa que o vento se encarregue de levar o que precisa ir... e trazer o que vale a pena ficar .. a vida é uma constante dança no vento... se encarregando de colocar tudo no seu devido lugar ...
‘A criança que existe em mim’
— Abro a janela pra criança que existe em mim!
— Ela é feita de histórias, cantigas,
suspiros, risos, castigos,
muitos “NÃOS” e grandes alegrias!
— Ela cresceu brincando, pulando amarelinha, fazendo cozinhadinha, ela amava uma sombrinha!
— E seu curso o rio seguiu!
— A menina, cresceu, estudou, outros idiomas aprendeu, conheceu o amor, sonhou, viajou, em outros Países morou!
— Sonhos, muito maiores que
os sonhados, realizou, porque Deus a abençoou.
— No vai e vem pela vida, foi
deixando suas marcas, suas pegadas,
às vezes profundas,
outras bem delicadas!
— Às vezes saltitante, noutras, exausta, cansada e algumas vezes foi carregada!
— Hoje ela só quer adorar, entoa hinos de louvor, em gratidão ao SENHOR,
porque foi Ele que a carregou,
quando ela não conseguia caminhar.
— Às vezes descalça caminhando a beira do mar, ela se pega com Deus a falar,
fica toda esperançada!
— Falando sobre projetos
Traçando metas, agradecendo pela família que Ele lhe deu!
— Continua deixando pegadas, na estrada da vida, que ela segue a passear!
— Vai sob a direção daquEle, que sabe onde o trajeto dela chegará!
Rosely Meirelles
Deitado no chão enxergando o céu estrelado pela janela, sinto o barulho do mar. O mar trás tanto amor quanto se pode sentir, sentindo esse amor que trás o mar eu vou para lá e para cá em meus pensamentos. Sentindo e amando intensamente quanto se pode, medir. Sinto como quem sente e amo como quem conhece o mar. Mar amor, sentindo as ondas do amor, ou mar!
Olhando pela janela do trem, me lembro perfeitamente de quando era menina. Sonhos e mais sonhos cheios de fantasia. Chega meu local de embarque. Já sou uma mulher? Parte de mim acredita que sim, pelas responsabilidades do dia a dia.
E a outra parte ficou no trem, vagando entre pensamentos e fantasias, fugindo da realidade e sendo feliz. Ela está vivendo! A menina vive, penso eu. A mulher, sobrevive.
E ela trancou a porta para ele ir embora de vez... mas deixou um vão na janela pra um possível talvez...tem gente que é assim.. tem medo de ser feliz sozinha e acha que a felicidade dela depende totalmente do parceiro ... mal sabe ela que a porta se fecha e outras novas se abrirão... se já não cabe mais em sua vida deixa ir por inteiro.. se possível mude até de endereço...deixa o novo te encontrar ... deixa fluir novos ares.. que o passado fique apenas de lição.. e não de opção... se abra a possibilidades..
DEVIR {soneto}
Alvorecendo o dia, percebo a vida diferente...
Vou ate' a janela, descortinada com o ventejar.
O rebolar das flores se despindo do usual, a notar.
Flores murcham, animais morrem, igual a gente...
O som dos pássaros, o balançar das arvores...
Olhando pra fora, percebi o clarão de um recomeço.
Tudo parecia numa conspiração só, um rebuliço.
Vida desprovida, despertei-me destes horrores...
Em nada o existir, tudo num habilita-desabilita.
Não há garantias, nem estabilidade, tudo passa.
Ineficaz e' o existir, um sopro de vida que irrita.
Abraça pra sorrir, aperta pra doer, magoa pra sofrer.
Que gosto tem uma lagrima? Antes era congelada?
Agora pode chorar, a lagrima não e' nada! E' viver.
Da Janela da Casa do Outeiro -
Da Janela da Casa do Outeiro
avisto o cemitério
num doce entardecer, triste e derradeiro...
E há silêncio na aldeia, um eterno desidério!
Corre o vento, passam aves embaladas
voando ao Sol-poente...
E ao longe, na Serra da Barrada,
descansa o horizonte ...
Quando a tarde cai sobre Ela,
desperta em mim uma saudade,
uma vontade de ficar no alto da janela ...
No cemitério, movem-se os ciprestes por instantes
e até os mortos se alevantam
p'ra ver a tarde penetrante ...
(À Casa da minha Infância no Outeiro em Monsaraz)
Quinto Elementos
Hoje eu acordei e o tempo estava nublado
A árvore de frente minha janela molhada
Devido a tudo isso a chuva mudava os ruídos.
E cheio de amor no peito,
Enquanto os pingos das nuvens fortalece, os desejos lá fora tudo parece chorar...
O milagre da vida no sol e nas águas.
O ar puro e a terra o sumo pó das pedras.
Que sozinho pode ser flexível e não forte.
Essa alma composta de tantas essências,
Tem a incumbência de cuidar de você.
Não existe espiritualidade alguma nem magia;
Ser só terra, ser só sol, ser só mar ou ser só o vento...
Parece que o tormento que algo nos falta na alma...
É o mistério o que dar sentido à vida!
O caminho para ser completo e belo,
E precisa dos sabores dos perfumes
Que o ar colhe da terra...
as flores que exalam perfeição no ar.
Esse calor que aquece todos os lugares e campos.
E também lhe dei quando disse te amo.
Os pés sempre na praia e ao chão,
quando a imaginação sai a procurar-te
E a saudade arde e talvez ache seu coração.
A canção não para quando o amor sente,
A argila o barro a terra que recebe toda a semente.
Eu plantei essa força dentro de ti moça!
Que os anjos ousa o que tu sentes por mim...
E assim tudo podes florir...
Os seus olhos tão caramelados entre o marron e o dourado...
Eu digo que amo o castanho do seu olhar.
Entre pedras a semente cresce como gente,
E amor é livre para voar e ficar...
E as nuvens se dão a chorar
Emoções das estações que a alma produz.
Um mar de luz dentro do oceano
Que de alegria diz te amo.
Eu me flamo dentro do fogo do seu olhar.
E tudo fica completo o ar da sua boca,
Me ressuscita e nessa primavera
Minha terra interior
com amor lhe trás flor!
e o mar esse sentimento que arde de dentro.
És fonte onde meus olhos implora todo o fogo do seu corpo.
Esse sol que nos vigora por dentro é amor!
É o sarmento que me sustenta ao longo do tempo...
Desse sentimento fogo que me purificar,
Até chegar a perfeição de tocar seus lábios em vida!
Com a chama que transcende a esperança,
Enfim nossos olhares se tocam nas lembranças...
E que as profundezas da nossa alma se acalma,
E respire e inspire toda a arte de amar!
Seja na terra, de sol, de mar e de ar.
Que o amor seja o quinto elemento,
O destino para unificar
dois corpos que se amam,
Assim você seria eu e eu seria você!
O azul e o castanho a se olharem
Refem um do outro por amor se completam.
21.10.2022