Janela
Como o pequeno-almoço a olhar pela janela.
Hoje a madrugada fundiu-se na manhã.
Talvez dois minutos de silêncio, mas são o suficiente para um trovão cortar o ar.
Enquanto olhava pela janela,
me perguntava se eu cruzaria contigo.
Um último olhar na íris mel dela,
seria meu amuleto e abrigo.
A lembrança boa pros dias ruins,
Sensação única de sorte.
Em seus sorrisos gentis,
Riscava e rabiscava meu norte.
Mais longe o carro ia,
e os olhos marejavam.
O que eu não sabia
é que os que iam um dia voltavam.
Doce reencontro,
expectativas e surpresas.
Amargo conto,
moveram-se as correntezas.
Me diga quem falou,
Sobre águas passadas serem paradas?
Seja quem for, se enganou.
águas profundas foram desenterradas.
E essa incerteza,
indisponibilidade,
me deixa ver com clareza
que sempre foi amizade.
A Perfeição do Mundo.
Veja o mundo
Pelo vidro da janela
Recebendo a luz distante
No instante em que a luz se move
Tudo em seu lugar, tudo perfeito
No jeito que a chuva chove
Há infernos pra todos os Céus
E desertos pra tantos ventos
Milhões de lamentos futuros
Pra tantos obscuros fingimentos
Tudo no lugar, puro e perfeito
De objeto a manifestar
A cura pros teus defeitos
E passam-se os anos
Abraços distantes
Olhares despercebidos
Tão perto e jamais se cruzam
Lágrimas fogem dos olhos
Fazendo a vez da alegria
A noite a engolir o dia
No Céu a Lua
Míngua transbordantemente
E é quando a gente percebe
Que nada
Exatamente nada
Necessita ser assim
Tão gritante ou eloquente
Quanto raios de Sol
Ou malhos do martelo
Desde que a gente aprenda
Que poder ser
Que lá na frente se arrependa
Por não ter compreendido
A beleza do poema simples e singelo
Está tudo no lugar, mundo perfeito
Pois
Está tudo
Exatamente onde devia estar
Antes que a gente
Mude tudo, pra melhorar
Perceba
Desde a enorme cegueira
Causada pela luz do Sol
Até a imensidão no ruído
Aprenda a enxergar tudo isso
E a vida
Surpreendentemente
Passa a fazer sentido.
Edson Ricardo Paiva.
Todo dia eu olho pra janela e vejo
Mas um alienado assistindo
Jornal Nacional e rede globo
Deixando mas um do povo
Tolo e ignorante
Que não consegue enxergar
O quanto é tolerante
Em aceitar toda farça
sem lutar pela causa!!
Poema: Pela janela do meu quarto
"Solitário em meu quarto, deitado em minha cama, em meio à escuridão da noite, olho pela janela e nada vejo, além do tempo passando diante dos meus olhos, sem que eu nada possa fazer. Como um trem desgovernado, o tempo passa cada vez mais depressa, levando consigo cada lembrança, cada dor, cada mágoa e cada sonho idealizado, porém, não realizado. Caminho até a janela e olho para o céu estrelado. Quantas estrelas simbolizariam os sorrisos que já dei ou as lágrimas que derramei ao longo de todos esses anos? O fato é que o tempo não para! O ponteiro do relógio não cessa! Seguimos percorrendo a estrada da vida. Uma estrada de incertezas, onde nada é concreto e nem tudo é o que parece ser. O que ainda encontrarei neste caminho? Não olho para trás, pois tudo que ficou lá já não me importa mais. Será que ainda encontrarei boas surpresas? Será que ao alcançar o fim dessa estrada, terei a sensação de dever cumprido? Será que terei feito tudo que planejei e realizado pelo menos metade dos sonhos que idealizei? Tudo é uma constante incógnita. Em um mundo cheio de incertezas, vivemos cada dia como se fosse o último, correndo contra a maldição do tempo, buscando vencer os obstáculos da vida, levantando-nos mesmo quando nos sentimos quase sem forças e continuando a seguir em frente, a cada vez que caímos. E se essa força se esgotar antes que você alcance o final dessa estrada? E quando você sentir que não é mais capaz de seguir em frente? Não se preocupe. Para quem tem fé, essa energia é inesgotável. E enquanto sua força de vencer, for maior do que sua vontade de chorar, você terá mil e uma razões para seguir trilhando seu próprio caminho."
Da subjetividade da arte que brotou na composição noturna de uma janela
Fazendo florescer a poética da intuição e assombrando assim meu raciocínio vão.
Olhar que diz tudo e dispensa palavras
Fazendo do silêncio, conforto na sua voz
E o despertar mais leve, são os teus carinhos. Reflexo da noite na pele arrepiada
Jogo a dois entre quatro paredes
Jogo em vão comecei derrotado
Sugestão corpos deitados
Apegados e entrelaçados
Sorriso de beleza tão desconcertante
Que brilha com o dourado dos fios de seu cabelo
Aquilo que precede um pedido, um beijo
Sendo assim carinho, portanto silêncio
A relatividade do tempo é um açoite
Noite
Madrugada
Manhã e
Adeus
Mora em mim um bichinho ruim que rói o meu crânio em vida, quando eu olho para a janela do meu quarto o imagino sendo eu olhando pela janela do quarto. E o bichinho sente que tem um olho gigante na sua janela, o bichinho sabe que é ele sendo eu e eu sei que sou eu sendo ele. Agora sem nenhum medo eu deslizo os meus dedos no teclado como se fossem teclas de piano, eu vejo a minha maldade tão pintada se expondo dentro da casa. Ela sente o que eu sinto e sabe meus pensamentos. Roemos as unhas em um desespero arrasador. Agora com medo de uma loucura iminente eu teclo rápido nas falsas teclas de piano para dizer que eu te amo. Sem virgulas, leia depressa a loucura já deve ter chegado, daqui para frente tudo poderá, eu te amo, eu não sei se já disse, eu não quero reler, não quero ver o passado nem usar pontos, aquele ponto que chegamos ao fim, meu trauma, a felicidade de te deixar, a dor na felicidade, Odete morreu se debatendo em dores, era o ganço branco, eu morrerei me debatendo em arrependimentos, sou o ganço negro, eu não quero usar o ponto, mas agora é necessário para que me entendas. Foi uma noite conturbada, aquela em que te escrevi. Eu não estava sozinha em casa nem em mente, pensei ter um bichinho ruim que mora na minha cabeça. Uma tolice. Aqui vai algo que te escrevi com toda sinceridade que uma alma pode ter: Cuidado com o bichinho ruim, ele te ama.
Eu sentado em frente ao computador da universidade e um raio de sol entra na janela me dando uma luz, um silêncio, só ouço respirações e click de teclados, a luz clareia como um farol outra parte do meu pensamento e digo, é tão esplêndido eu me ver pensando.
►Pequena Cela
E nas paredes da pequena cela,
Onde a única paisagem que possuo é pela janela,
Estão marcados os pecados que cometi no passado
E como uma alma despedaçada,
Nesta cela eu sou julgado.
É nesta pequena cela que me lembro, todo dia, de meus erros
Feito um passarinho, preso entre espinhos de medo
Minha vida se evapora toda vez que o sol vai embora,
E a paisagem através da pequena janela é sempre a mesma
Não sei mais quanto tempo faz desde que vi um rosto de criança
Notei que estava ficando louco quando me esforcei para relembrar,
Mas me esqueci da minha infância
E a minha esperança é que a fome me enfraqueça,
Que eu morra antes que a monotonia me enlouqueça
Nesta pequena cela, onde vejo o mesmo concreto, me torno cego.
Os meus pensamentos ganharam vida própria
Eles me dizem para me enforcar, ou me corta
Não há um arco-íris para me levar para longe,
Até um pote de outro, cheio de deliciosos bolos de chocolate.
O guarda que escuto se aproximar, um dia foi pequeno
Eu me lembro dele, não há como me esquecer dele me observando,
Por entre as barras, o meu sofrimento
Hoje ele já é adulto, mas eu não sei mais quem sou
Ele se aproxima, digam-me, pensamentos, para onde vou?
JANELA DO EDIFÍCIO
Não sou pássaro...
Não tenho asas, nem sei voar
Mas aqui, no apartamento desse edifício
... Eu pairo sob alturas, e vivo sobre o ar.
Pela janela desse apartamento
meus olhos perambulam o horizonte
e se perdem, pelas ruas, prédios,
luminosos e placas de latas e voltam a vagar
sob o ar, onde o oxigênio do tempo se
mistura com a poluição de fumaça.
Aqui desse apartamento, no meu sedo...
Eu vejo o sol galopando sobre as paredes
dos prédios e o horizonte camuflando-se
sob as sombras do meu tédio...
Eu vejo pássaro vindo da sua mecânica
zumbindo em suas carenagens brancas,
transportando vidas e bombas para
estraçalhar, sua carrancas franca.
Da janela desse edifício...
Eu vejo o transito impedido
Permeando viadutos e pontes
e ao longe, um crepúsculo sob o tempo
de uma tarde sombria, aonde arranha
céus gigantes e casas se camuflam
sob horizonte.
Eu vejo a lua se esgueirando sobre os
telhados, aflorando em seu reinado,
e como se fosse espelho, ela faz
demonstração do São Jorge, dragão
espada e aquele seu cavalo branco.
Aqui de cima, eu fico observando os
mares da vida... Da para ver o semáforo
da encruzilhada assinalando os sonhos
e fazendo do pesadelo, uma parada...
Dá para sentir os pulmões da vida
embebidos pela poluição e stress...
Doentes de bronquites, pneumonia
e outras mazelas clinicas.
Da janela desse edifício...
Dá para ver... Rostos cansados disputando
lugar sob a fila do ônibus e metro, esses
rostos estão voltando do trabalho
da para ver também, rostos apressados e
enfadados correndo para seus empregos.
com medo de perder a hora e embaralhar
seus planos... Da para ver e sentir o mundo
os pergaminhos e os dogmas inventados
por esse ser humano.
Antonio Montes
DA JANELA
Tive olhando hoje
pela manhã,
pela janela
do mundo
as pessoas,
as ruas
os postes
as calçadas...
Tudo me pareceu
concreto..
não havia flores
nem jardim
nem animais
nem crianças
coisa abstrata indefinida
tudo muito frágil.
Dia chuvoso
no hemisfério sul
sem névoa ou neve
também sem sol
tudo na rua
parecia morte e medo
de tanta calma
vida concreta
gente sem alma.
A janela aberta permitia a brisa entrar!
O silêncio da noite me deixava pleno e o canto dos pássaros ao iniciar o dia me dava a paz que não sentia há muito tempo. São remédios naturais que me restauram de uma forma tão completa que nenhum outro remédio farmacêutico consegue fazer igual.
Neste Natal, decore a lareira, a árvore, a mesa, a porta, o jardim, a janela, a fachada, a casa.
E, de presente para o mundo, a mensagem: Natal é amor em ação.
Pratique Natal a qualquer hora.
"Para quem pensa que o mundo é definido como quadrado é que só o assiste pela janela, mas para aqueles que um dia já saíram à porta, um dia descobriram que, na verdade, ele sempre foi amorfo e indefinido, e por isso que há tanta gente querendo moldá-lo"
Facebook é uma janela, que você fica olhando o jardim do seu vizinho florescer enquanto esquece de regar o seu.